segunda-feira, dezembro 31, 2007

BOAS FESTAS




A Livraria Minerva Galeria e as Edições Minerva Coimbra 
desejam a todos um Santo Natal e um Feliz Ano Novo.


Natal

Sobre a palha loura
Dorme, a rir, Jesus:
Tudo a rir se doura
De inocente luz.
Há no olhar etéreo
Do boizinho lento
Sonhos de mistério
Num deslumbramento…
Chegam pegureiros:
Chegam-se ao redor,
Tal e qual cordeiros
Para o seu pastor.
Anhos que vêm vindo
Põem-se a meditar:
Que zagal tão lindo
Para nos guiar!

Ajoelham magos,
— Êxtase profundo!…
Com os olhos vagos
No Senhor do Mundo…
E a banhada em pranto
Mãe se transfigura,
Por divino encanto,
Numa Virgem pura.

Guerra Junqueiro

sábado, dezembro 22, 2007

VALDEMAR PEIXOTO na Galeria Minerva





A Galeria Minerva tem patente uma exposição de pintura de VALDEMAR PEIXOTO, até ao próximo dia 16 de Janeiro, de segunda a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h00.

Durante a inauguração, Paulino da Mota Tavares falou da obra do artista e José Machado Lopes leu poemas de Valdemar Peixoto e de Paulino Mota Tavares.


Valdemar Fernando Cabral Peixoto é natural de Coimbra. Estudou desenho e pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto e contactou com artistas como Valdemar da Costa e a pintora Lúcia Maia.

Participou em várias exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro.


O grande poeta latino a quem chamamos Horácio (65.8 A.C.) afirma em seus versos, cheios de vida e beleza, que o mercador do mar agitado, “refaz as embarcações quebradas e é incapaz de sofrer a mediania”.
Assim também o pintor, que luta contra a materialidade das coisas, ele próprio refaz constantemente o mundo, tornando-se incapaz de lhe sofrer os contornos e exactidões. Mais, ele, o artista, sempre interroga as formas e as cores, tudo reconstrói e tudo redime, recusando assim a vulgaridade e a mediania.

O artista aqui, é, naturalmente, Valdemar Peixoto.
Tendo estudado desenho e pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto e contactado com artistas como Valdemar da Costa, desde cedo se deixa atrair pela aguarela, pelo jogo dos volumes, pelo exercício do esfumado, do traço rigoroso, do corpo humano, da sublimidade da cor.

Aprecia Chagall, Picasso, Cézanne, Matisse ou Vieira da Silva e não dispensa a música, compositores como Mozart, Bach, Beethoven, nem deixa de ouvir os magníficos sons da guitarra de Carlos Paredes. Gosta de pintar arquitecturas, barcos, cavalos e cavaleiros, a nudez feminina, turbulências ou figuras tão paradigmáticas como D.Quixote ou Inês de Castro. Interpreta a natureza como um espaço onde o claro-escuro se manifesta e, indefinidamente, se contraria.
Com manchas, linhas geométricas, velaturas, fogo e cinzas, o artista vai construindo ideias e propostas estéticas que nos revelam a tangencia das coisas, ou seja, o imediato sempre a acontecer, a mudar e a interrogar o Homem e a sua mesma circunstância.
Resta-nos olhar e ver os trabalhos de Valdemar Peixoto: obras como “Monumento Azul”, inspirado no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha; “D.Quixote e o seu pequeno Mundo”, “Concerto no Bar”, “O maestro”, “O caos das colunas” ou “O ensaio das coristas”.
A partir desta observação atenta poderemos avaliar liminarmente o talento do artista que interpreta tudo o que o rodeia e que tudo transforma e ilumina.
Mais uma vez, a lembrança: o artista é neste caso e nesta hora, Valdemar Peixoto, a quem agradecemos e vivamente felicitamos.

Paulino Mota Tavares


sexta-feira, dezembro 21, 2007

MIL VEZES MIL BEIJOS. O LIVRO DOS BEIJOS de JEAN EVERAERTS



As Edições MinervaCoimbra lançaram mais um volume da Colecção Poesia Minerva, dirigida por José Ribeiro Ferreira, desta vez o livro “Mil Vezes Mil Beijos. O livro dos beijos”, de Jean Everaerts, com introdução, tradução do latim e notas de Carlos Jesus.

“No início do século XVI, período caracterizado por um forte fascínio pelos textos clássicos, houve um poeta que, mais do que qualquer outro, dedicou ao tema do beijo grande parte da sua musa”, refere Carlos Jesus. Efectivamente, “colhendo inspiração no latino Catulo, Jean Everaerts compôs todo um livro a que se deu, após a sua morte, o sugestivo nome de Basorium Liber (O Livro dos Beijos)”.

Neste livro, explica ainda Carlos Jesus, o seu tradutor, “cada poema elegíaco representa, intencionalmente, um beijo, uma modalidade de beijar, uma reflexão diferente sobre o tocar mais ou menos apaixonado, mais ou menos violento de dois lábios ardentes de paixão”.

Em Jean Everaerts “o beijo é o veículo para a paixão e para o amor, para o prazer sexual ou para a simples contemplação da amada. Ele está presente em todos os poemas, sendo ora um ponto de partida, ora um fim, ora mesmo algo que a início é negado para aumentar o prazer quando, finalmente, tal beijo for consumado”.

José Ribeiro Ferreira, que apresentou a obra, recorda que Everaerts utiliza vários termos para designar o beijo. “Usa os termos basium “beijo”, suaviolum “beijinho”, mais terno, e ainda osculum o beijo mais inocente”. Depois há ainda o beijo platónico e o beijo enquanto sopro de vida. O poeta chega mesmo a dissertar sobre “o número de beijos que devem ser trocados entre os amantes, uma vez que já se deram bis mille basia (duas vezes mil beijos)”, refere ainda o professor de Estudos Clássicos.

Para José Ribeiro Ferreira, Jean Everaerts é um “exímio poeta erótico”, opinião partilhada por Carlos Jesus, que considera o seu erotismo “sugestivo, tantas vezes sinestésico”. Mas Everaerts distingue-se ainda pela expressividade, pela ousadia e pela qualidade do verso latino, de que é um exímio cultor.

No final da sessão, Amélia Campos e Miguel Sena, do grupo Thíasos da FLUC, leram alguns dos poemas de “Mil Vezes Mil Beijos”.

Carlos Jesus está neste momento a realizar um doutoramento em literatura grega na Universidade de Coimbra e tem já cerca de duas dezenas de trabalhos publicados. Tem também desenvolvido trabalho no âmbito do teatro clássico, sendo actor e encenador do grupo Thíasos da FLUC.






DANIEL E O BICHO DA LANTERNA de NOEMIA MALVA NOVAIS inaugura Colecção Letras Pequenas



As Edições MinervaCoimbra lançaram uma nova colecção, intitulada “Letras Pequenas”, cujo primeiro volume foi recentemente apresentado pelo psicólogo Eduardo Sá. Trata-se da história “Daniel e o bicho da lanterna”, da autoria de Noémia Malva Novais, com ilustrações de Inês Massano. Segundo Isabel de Carvalho Garcia, esta pretende ser uma “colecção de histórias breves e de fácil leitura, com ilustrações coloridas e belas”.

Quanto ao primeiro volume, agora editado, Eduardo Sá considera-o ternurento. “É um livro que nos abre para exercícios de ternura por parte dos pais em relação aos filhos”, afirmou, acrescentando que “os mimos são a vitamina do crescimento”.

De acordo com o psicólogo, “as crianças são o melhor de nós, adultos” que, assegurou, “se tornam iguais ao rezingão”, o famoso anão da história da Branca de Neve e os 7 anões. “Os adultos que são capazes de imaginar o que as crianças sentem premeiam-nos com livros como este”, referiu ainda Eduardo Sá.

O livro conta a história de um menino, o Daniel, que sonhou que tinha uma lanterna onde estava um bicho. “Os pais ficam muito assustados com os pesadelos das crianças, como se crianças saudáveis não tivessem legitimidade para estarem zangados e não pudessem encenar a sua zanga em pesadelos”.

Este primeiro volume da Colecção Letras Pequenas foi apoiado pela REN – Rede Eléctrica Nacional, que comprou mil exemplares para distribuir neste Natal por crianças carenciadas.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

«SEGREDOS DO SUB MUNDO» DE JÚLIA DURAND



As Edições MinervaCoimbra lançaram recentemente, em Braga, o livro SEGREDOS DO SUB-MUNDO, de Júlia Durand, cuja apresentação esteve a cargo de António Costa Santos.

SEGREDOS DO SUB-MUNDO é o n.º 2 da Colecção Geração21 e Júlia Durand é, actualmente, a mais jovem autora das Edições MinervaCoimbra, com apenas 13 anos.

terça-feira, dezembro 18, 2007

“Mil Vezes Mil Beijos. O livro dos beijos”, de Jean Everaerts. Tradução do latim de Carlos Jesus


Mil Vezes Mil Beijos. O livro dos beijos”, de Jean Everaerts, com introdução, tradução do latim e notas de Carlos Jesus. Colecção Minerva Poesia dirigida pelo Prof. José Ribeiro Ferreira

Carlos A. Martins de Jesus é licenciado em Línguas e Literaturas Clássicas e Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2005), mestre pela mesma Faculdade, com a tradução e estudo da comédia As Vespas de Aristófanes (2007), e iniciou já a investigação com vista ao doutoramento em letras, na especialidade de literatura grega.

Com cerca de duas dezenas de trabalhos publicados, entre livros, notícias, comunicações e artigos em revistas da especialidade, tem desenvolvido estudos sobre literatura grega, com destaque para a poesia arcaica e, em especial, Arquíloco de Paros (séc. VII a.C.), autor cuja tradução dos fragmentos poéticos tem no prelo. Traduziu o Manual de Epicteto (Arte de Viver, ed. Sílabo, 2007) e, como colaborador do projecto de tradução completa do teatro clássico, tem para sair As Vespas de Aristófanes e As Suplicantes de Ésquilo. É membro da SoPlutarco e da International Plutarch Society. A par da literatura grega, também a poesia erótica latina (e a nela inspirada) tem merecido a sua atenção, facto de que o presente livro é talvez a maior prova.

Tem ainda desenvolvido um trabalho contínuo no âmbito do teatro de tema clássico, integrando o grupo Thiasos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra como actor e encenador.


Miguel Torga e a Pide

Apresentação da obra
MIGUEL TORGA E A PIDE, de Renato Nunes
Com a presença do Prof. Dr. Luís Reis Torgal da Universidade de Coimbra
Data: 19 de Dezembro, 18h00
Local: Casa da Cultura de Paranhos, Largo do Campo Lindo, 7 (junto à PSP)

Renato Nunes tem 27 anos, vive em Vila Franca da Beira (Oliveira do Hospital), é professor de História e "aprendiz de Historiador", como gosta de se auto-designar. Está a lançar este seu primeiro trabalho de investigação historiográfica, precisamente no ano em que se comemora o primeiro centenário do nascimento de Miguel Torga.

O livro refere os quatro processos de Torga na polícia política, datados de entre 1939 e 1973 e dos quais um foi processo-crime e os restantes "processos de agregação de informações sobre o Miguel Torga homem, médico e autor", explica Renato Nunes.

A obra divide-se em cinco grandes capítulos: "I. A literatura e o Estado Novo: Como contribuía a literatura para os desígnios do Estado Novo e da oposição?"; "II. «O quarto dia» do romance autobiográfico «A Criação do Mundo» (1939) "; "III. O escritor e as acções oposicionistas (1945-1958) "; " IV. O Volume VIII do «Diário» e a candidatura ao Prémio Nobel da Literatura (1959-1960) ", com uma parte dedicada ao período dos anos 60 e a resposta à pergunta: diminuiu ou aumentou a vigilância e repressão sobre Miguel Torga, após 1950, como consta em alguns estudos? e, finalmente, "V. As últimas informações recolhidas pela DGS, já no período do marcelismo (1969-1974)".

segunda-feira, dezembro 17, 2007

MinervaCoimbra no Diário As Beiras

Isabel de Carvalho Garcia

A paixão pelos livros

A MinervaCoimbra começou pela área universitária, mas neste momento é líder em Portugal no sector da comunicação.

Isabel Garcia partilha com o marido, José Alberto Garcia, o destino das Edições MinervaCoimbra. O gosto pelos livros foi sempre a paixão de ambos. Começaram com uma livraria na baixa, na Rua dos Gatos, que ainda mantêm.
No entanto, sempre quiseram montar uma livraria diferente. Da ideia inicial, surgiu a primeira livraria alfarrabista de porta aberta na cidade de Coimbra.
Daí à edição foi um saltinho. Começaram a surgir propostas e o primeiro livro que editaram consistiu numas actas de arte. Depois, começaram a publicar bastante o tema Coimbra e a partir daí foi sempre a evoluir.
Neste momento, Isabel Garcia acompanha a edição e a produção dos livros. A empresária referiu que “a escolha é feita sempre a dois. Conversamos, há uma partilha muito grande dentro da própria empresa”, confessa.
Como factores importantes nos destinos da  editora, Isabel Garcia destaca a ética e a deontologia. “Aparecem-nos muitas propostas de publicação, mas há temas a que não consigo dar o aval”, revela. Não é censura, como refere. “Podem ser textos muito bem escritos, mas há os facciosos, que falam de pessoas, que identificam pessoas pondo a descoberto algumas fragilidades. O caminho da editora Minerva é diferente, é próprio”, explica.
A editora começou pela área universitária, mas neste momento é na área de comunicação que se destaca, como líder em Portugal, o que, segundo Isabel Garcia, “também nos cria muita responsabilidade. Temos autores de nome na área do jornalismo em Portugal e temos também autores estrangeiros. Tudo isto dá uma responsabilidade acrescida. O autor participa em toda a fabricação do livro. Somos uma grande família e sinto-me orgulhosa disso”.
Como é uma pequena editora, é-lhe permitido fazer as coisas de uma forma mais familiar, mais sentimental, mais sensível. É, acima de tudo, uma empresária que trabalha com o coração, nunca descurando a razão, porque, admite, “gosto do que faço”.
Isabel Garcia salienta a importância dos recursos humanos da empresa. “Temos pessoas quase há 20 anos. Há uma formação contínua, porque nós conversamos, reunimo-nos, discutimos os problemas”, argumenta.
Para a empresária, a responsabilidade social das empresas começa logo dentro delas próprias, com os próprios funcionários. Valoriza a formação dos funcionários e sempre que pode concilia a actividade empresarial com a actividade associativa.
Quando confrontada com a pergunta “é difícil ser-se empresária mulher?”, afirma convictamente que “hoje em dia é mais fácil, mas as mentalidades conservadoras ainda não foram ultrapassadas. Costumo dizer que, à partida, os homens nascem com os direitos adquiridos. Nós temos de lutar por eles, e vai continuar a ser assim”.
Isabel Garcia refere que uma das suas características é ser uma pessoa interveniente. E pode permitir-se sê-lo, porque não está filiada em nenhum partido, apesar de ter sido várias vezes convidada para o fazer. “Neste momento, não há um partido em Portugal que me consiga convencer que estão a ser salvaguardados os direitos”, afirmou.
Preocupa-se com o futuro porque, segundo a própria, “tudo está muito incerto”. Neste momento, a empresária diz existir “uma teoria que não está a ser utilizada, não está posta em prática”. E remata referindo que “reformas têm de ser feitas, mas questiono-me se esta será a melhor forma de levá-las a cabo”.

Perfil

Natural de Alvaredo, concelho de Melgaço, e filha de oficial da Força Aérea Portuguesa natural do concelho de Miranda do Corvo, Distrito de Coimbra, Isabel de Carvalho Garcia radicou-se em Coimbra, em 1974, depois de passagem por várias cidades, incluindo Lourenço Marques onde viveu de 1965 a 1970. Responsável pela edição da MinervaCoimbra, Isabel Garcia é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Possui uma elevada experiência na organização de inúmeras palestras sobre os mais diversos temas, como história, economia, política, paz mundial e arte. Os projectos de animação cultural também são da sua responsabilidade.
Com um percurso composto por várias áreas de trabalho, a empresária possui formações e experiências profissionais que a caracterizam como uma profissional multifacetada. Autora de artigos de opinião e textos para catálogos e conferências, esta responsável pela edição é também autora de prefácios, essencialmente romance e poesia. Casada e mãe de três filhos, revela-se uma mulher empreendedora, trabalhadora e determinada, mas ao mesmo tempo uma mulher, que nos seus tempos livres, para além de os dedicar aos filhos, dedica-os também a várias associações das quais é elemento de direcção, tal como Associação Nacional de Apoio ao Idoso e a Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra, para além da LAHUC.
Com uma actividade profissional intensa, Isabel de Carvalho Garcia é uma mulher que se guia pela intuição e entre as suas paixões não podia deixar de estar a edição de livros. Responsável por mais de três centenas de livros a que o público pode ter acesso, a empresária desempenha também o papel de co-organizadora e co-coordenadora de várias publicações.
Embaixadora do Movimento Internacional de Solidariedade “Rainha N’Zinga”, Isabel Garcia é, desde 2001, vice-presidente da Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra, embora seja elemento da direcção desde 1996.

Empresa - Uma variedade de temáticas
Criada em 1985, por José Alberto de Amaral Garcia e Isabel de Carvalho Garcia com uma forte ligação a Coimbra e ao mundo universitário, as Edições MinervaCoimbra abrangem todo o país. Privilegiando sempre os autores portugueses e suas edições, esta editora publicou sempre em função dos interesses do seu público, que se caracteriza por ser exigente e diverso. Conhecida como uma das principais editoras de Coimbra, a MinervaCoimbra tem um papel fulcral na sociedade, porque, para além de ser editora, é também importadora, distribuidora de livros e publicações, livraria e galeria de arte.
A actividade editorial da empresa conta com livros de autores universitários, como as teses de doutoramentos e dos mestrados, obras e textos redigidos por jornalistas, políticos, entre outros conhecidos ou menos conhecidos. As temáticas são das mais variadas. Para além destas, a MinervaCoimbra organiza ainda colecções de temas expostos por professores de áreas específicas. Contudo, existem publicações fora das colecções, tal como publicações de traduções de autores estrangeiros. Com uma vasta gama de obras publicadas por esta firma, é de referir que a sua actividade foi iniciada com uma livraria alfarrabista, a Livraria Minerva, responsável, na altura, pela importação de livros técnicos e distribuição de livros escolares.
“Actas do 1.º Congresso Luso-Espanhol de História de Arte”, organizado pelo professor Pedro Dias, foi a primeira obra a ser editada nesta livraria, em 1986. Em 1988 é iniciada a colecção Minerva-História, sob a direcção do professor Luís Reis Torgal. Posteriormente, vieram outros docentes pedir a criação de colecções que permitissem colmatar as necessidades sentidas em certas áreas de estudo. Surgiam assim as colecções Minerva, das quais “Cadernos Minerva”, de Mário Mesquita (2002) e “Temas de Infecciologia”, por António Meliço Silvestre e Saraiva da Cunha, foram as últimas a completar esta lista em constante crescimento.

“Terças-feiras de Minerva”

A MinervaCoimbra foi a primeira livraria em Coimbra a começar com as tertúlias, que podiam ser semanais, quinzenais ou mensais, de acordo com os temas a expor e o interesse dos intervenientes. Intitulados “Terças-feiras de Minerva”, estes debates ocorriam normalmente à noite ou ao fim da tarde, onde eram discutidos todos os tipos de temas, desde a poesia até às ciências sociais, passando pela arte. Temáticas actuais são discutidas desde há cinco anos, em encontros que permitem a reflexão e debate de todos os cidadãos interessados pelos problemas da cidade, do país ou mesmo com os problemas que afectam o nosso mundo.
Feitas individualmente ou em ciclos, estas sessões permitem aos presentes a exposição da sua opinião e o aconselhamento mútuo para melhorar certas situações que estão ao alcance de todos. “Coimbra – Uma candidatura a património mundial da Unesco” é um dos ciclos destacados, uma vez que estiveram presentes elementos directamente ligados a esta candidatura. Esta capacidade de debate das “Terças-feiras de Minerva” tem adquirido importância ao longo dos anos, em parte pelos seus actos e temas escolhidos para debate, tal como o resultado do concurso “Os Grandes Portugueses”, que lhe permitiu unir, num só espaço, historiadores, políticos, jornalistas e cidadãos comuns.
Contudo, a livraria Minerva não proporciona tertúlias apenas para os adultos. Em conjunto com os ATL, tem organizado sessões livres de leitura e visitas pedagógicas à livraria, a fim de incutir o gosto e a importância da leitura.
Márcia Oliveira
Diário As Beiras
17.Dez.2007

sábado, dezembro 15, 2007

Daniel e o Bicho da Lanterna de Noémia Malva Novais




Lançamento do livro infantil

DANIEL E O BICHO DA LANTERNA
de Noémia Malva Novais

com ilustrações de Inês Massano

19 de Dezembro, 18h30, Atrium Solum (Coimbra)

Apresentação do livro por Eduardo Sá

Apoios: REN, Atrium Solum e 1.º Jardim Escola João de Deus

“Daniel e o Bicho da Lanterna” é o primeiro livro de literatura infantil publicado pelas Edições MinervaCoimbra no âmbito da colecção Letras Pequenas.

A autora, Noémia Malva Novais, é jornalista e investigadora na área da História e da Comunicação mas assume-se, essencialmente, como comunicadora.
A escrita, seja no domínio jornalístico, historiográfico ou da ficção, é a sua paixão. No entanto, considera que ainda é precoce considerá-la uma escritora.
O seu primeiro livro — “João Chagas. A Diplomacia e a Guerra (1914-1918)” —, igualmente editado pela MinervaCoimbra, integra, na sétima posição, a lista do Almanaque Republicano dos dez melhores livros de história contemporânea portuguesa publicados em 2006.
“Daniel e o Bicho da Lanterna” é ilustrado por Inês Massano, para quem o desenho é a grande paixão. Esta jovem ilustradora é professora de Educação Visual e já ilustrou outros dois livros infantis.
A escrita de Noémia Malva Novais e a ilustração de Inês Massano convivem harmoniosamente neste pequeno livro feito a pensar nas crianças que gostam de ouvir histórias e nos pais que têm pouco tempo para as contar.



Noémia Malva Novais
Nasceu em Ançã em 1968. É licenciada em História e mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Prepara o doutoramento em Ciências da Comunicação, especialidade de Comunicação e Ciências Sociais, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
É jornalista desde 1988, contando diversas funções e/ou artigos publicados nos jornais Diário de Coimbra, As Beiras, Jornal de Coimbra, A Capital e O Comércio do Porto, bem como nas revistas Visão, Arganilia, Sábado e Invest.
A par da actividade jornalística realizou o estágio de formação educacional da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo exercido a actividade docente nas escolas de Ançã, Montemor-o-Velho, Lagares da Beira, Penacova e Carapinheira.
Na qualidade de jornalista, orientou o estágio curricular e profissional de alunos da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e da Escola Superior de Educação de Portalegre. Como investigadora, integra o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS 20).
É bolseira de doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, instituição da qual foi também bolseira de mestrado. A sua dissertação de mestrado, já publicada sob o título “João Chagas. A diplomacia e a Guerra. 1914-1918”, foi distinguida com a 1.ª Menção Especial do Prémio Aristides Sousa Mendes atribuído pela Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses.

Inês Massano
Nasceu em Coimbra a 14 de Março de 1979. Desde muito cedo, revelou interesse pelo desenho e por tudo que se relacionasse com esta arte.
Em 2002, terminou a licenciatura em Design de Comunicação, na Escola Universitária das Artes de Coimbra. Neste mesmo ano, começou a leccionar no Instituto D. João V, no Louriçal.
Actualmente é professora de Desenho e de Educação Visual.
Nos últimos anos, tem participado em diversas exposições e ilustrado livros infantis. Inês Massano dedica a maior parte do tempo a desenhar e a criar.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Descontos especiais de Natal

A Livraria Minerva (Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos) oferece descontos especiais em livros de várias editoras até ao final do ano.

Simultaneamente, até 19 de Dezembro, tem patente uma Feira do Livro na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Os Reis Magos



A Livraria Minerva promoveu mais uma sessão das Terças-Feiras de Minerva, desta feita a sua sessão comemorativa do Natal, sob o título “Os Reis Magos” e com a participação de José Ribeiro Ferreira e de elementos do grupo de teatro Thíasos que leram poesia alusiva ao tema.

Tal como recordou José Ribeiro Ferreira, a festa da Epifania — ou seja, a manifestação, e com pompa real, de Jesus Cristo ao mundo inteiro —, entrou em Roma na segunda metade do século IV, embora já antes se celebrasse no Oriente e em algumas igrejas do Ocidente, com uma importância tão grande como o 25 de Dezembro para a igreja romana.

Toda a tradição cristã viu na adoração dos Reis Magos as primícias da conversão dos gentios e dos diversos povos. A festa dos Reis Magos espalhou-se por todo o lado e entrou na tradição popular, encontrando-se, hoje, os três reis do Oriente na arte, na literatura e no folclore.



Durante a sessão foram lidos poemas de Mestre André Dias, Diogo Mendes Quintela, Gomes Leal, Diogo Bernardes, Guerra Junqueiro, João de Lemos, António Sardinha, Eugénio de Castroegipto Gonçalves e Augusto Gil.

As Terças-Feiras de Minerva regressam em Janeiro de 2008.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Terça-Feira de Minerva de Natal

A Livraria Minerva e o Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra promovem no próximo dia 11 de Dezembro, mas uma sessão das Terças-Feiras de Minerva, desta vez dedicada ao Natal.

Com o título "Os Reis Magos", a sessão terá leitura de poesia pelo Grupo Thíasos com intervenção do Prof. Doutor José Ribeiro Ferreira.

A Terça-Feira de Minerva de Natal decorre no dia 11 de Dezembro, pelas 21h30, na Livraria Minerva (Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos), em Coimbra.

A entrada é livre.

sábado, dezembro 08, 2007

Frei Domenico Celibrini, Giovani d’Amore e Stefano Nannni no Chá de Natal, do ciclo "Chá com Lágrimas" [Quinta das Lágrimas]



Frei Domenico Celibrini, Giovani d’Amore e Stefano Nanni foram os convidados da segunda edição do “Chá com Lágrimas”, que decorreu sob o título “Chá de Natal”. De novo, a Sala Jardim do Hotel foi palco da iniciativa que junta a Fundação Inês de Castro, o Hotel Quinta das Lágrimas e as Edições MinervaCoimbra.
Utilizando como tema da sua intervenção, “O Natal hoje”, o burro e a vaca que sempre marcam presença no Presépio, Frei Domenico recordou que eles salientam a vida quotidiana, carregando as penas do dia a dia e querendo mostrar que a vida não é só o Dia de Natal. E “não se pode celebrar um dia de festa sem se celebrar o quotidiano”, afirmou. Até porque “nem tudo é trabalho e nem tudo é festa”.
É importante lembrar que a fadiga dos animais faz parte do dia a dia e que aquelas duas personagens fazem sentido mesmo nos dias mais tristes, mesmo não falando. Mas, salientou Frei Domenico, o Presépio tem outra personagem muda: o Menino Jesus. “O Natal é infante. O Natal é um Deus que se mostra e não falar, às vezes, dá sentido à palavra”.
Para Frei Domenico, “o Natal, hoje, é silêncio no meio do barulho. E faz sentido porque é silêncio que dá valor até à palavra mais insignificante”.
Depois de uma bela dissertação sobre o Natal, Giovani d’Amore e Stefano Nanni interpretaram algumas músicas tradicionais desta quadra e ainda alguns temas tradicionais italianos, país de onde são oriundos, encantando todos quantos estiveram presentes em mais um “Chá com Lágrimas”.
A próxima edição está agendada para 10 de Janeiro, às 17h00, no Hotel Quinta das Lágrimas, sob o tema “Chá com Inês”.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

«SEGREDOS DO SUB-MUNDO» DE JÚLIA DURAND [ACABA DE SER PUBLICADO]




SEGREDOS DO SUB-MUNDOé o n.º 2 da Colecção Geração21e Júlia Durand é, actualmente,
a mais jovem autora
das Edições MinervaCoimbra,
com apenas 13 anos.


Do livro
O poder da música é infinito. Artemise, uma jovem de 14 anos, entra num mundo paralelo através de um clarinete e de uma pena. Rapidamente encontra a sua personagem espelho e uma amiga que conhecera muito tempo atrás, Mis. Juntas, partem para uma jornada de exploração do Sub-Mundo, à procura da irmã de Mis, Luna, uma rapariga que fora a sua melhor companheira e que desaparecera misteriosamente. Nessa aventura Artemise vai aprendendo a cultura do Sub-Mundo, mas também se depara com obstáculos difíceis de superar.



Da autora

Júlia Pereira da Cunha Durand nasceu em 1994. Grande apanhadora de framboesas e de cogumelos nas serras nortenhas e nos Alpes, toca piano e fala francês.
A última característica não custou muito, graças à colecção de BD do pai, imigrante em Portugal. O jeitinho para a música vem-lhe de alguns anos de esforço e de prazer na Escola-Conservatório Calouste Gulbenkian, em Braga, onde frequenta o oitavo ano.
Tem gosto pela leitura, incentivado desde cedo nas sessões de adormecimento na companhia da mãe, e não liga à televisão porque nunca apreciou "ficar com os olhos parados".
Das suas voltas pelo mundo, pelos livros, por velhos westerns e pela internet, traz lembranças, impressões e ideias para partilhar com as suas duas gatas, que preferem ficar em casa, e com os leitores do seu primeiro livro que convida a viajar com ela.
Desde SEGREDOS DO SUB-MUNDO lançou-se em mais duas histórias e escreve contos que vai partilhando à média de uma página por dia com colegas da turma, os quais já começaram a trabalhar com afinco para a troca.
Uma outra história sua está a ser convertida em guião para um filme.