terça-feira, janeiro 31, 2006

Rota das Artes



A próxima Terça-Feira de Minerva conta com a presença da Associação dos Antigos Alunos da ARCA|EUAC (Escola Universitária das Artes de Coimbra) que irão promover o lançamento do livro “Rota das Artes”.

A sessão decorre no dia 7 de Fevereiro, pelas 18h30, na Livraria Minerva, em Coimbra, e a obra será apresentada por António Pedro Pita, Delegado Regional da Cultura do Centro, e por Armando Azevedo, artista e docente na Escola Universitária das Artes de Coimbra.

O projecto que agora se encerra revelou-se “uma aventura extremamente interessante e enriquecedora, proporcionando contactos com pessoas de diferentes formações e convicções que de certa forma contribuíram para a evolução do próprio projecto”, realçando “a receptividade e empenho das autarquias”. “Esta actividade contribuiu para abrir novos horizontes àqueles que nela participaram (crianças, pais, professores e educadores) não só quanto à forma como se olha a arte, mas também aos aspectos relacionados com a sua produção, criatividade e sentido critico... Em suma temos a convicção que este projecto e a sua continuidade servirá como um meio de promover novas produções culturais para uma produção pouco habituada às artes contemporâneas, favorecendo assim o crescimento da opinião critica necessária a um ambiente cultural estimulante e contribuindo para um enriquecimento intelectual e artístico”. - António Azenha, Presidente da Associação dos Antigos Alunos da Arca-Euac na Introdução

segunda-feira, janeiro 30, 2006

sexta-feira, janeiro 27, 2006

A Galeria Minerva vai promover a partir do próximo mês de Fevereiro AULAS DE PINTURA, ministradas pelo artista plástico Rui Cunha.

Para inscrições e mais informações contactar Livraria Minerva Galeria (Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos), ou através do telefone 239 716204 ou do email livrariaminerva@mail.telepac.pt.

As aulas serão dadas em dia e hora a combinar, pelo que solicitamos que quando fizer a sua inscrição diga qual o horário da sua preferência.

Coimbra está em crise


“Coimbra: caldo de cultura ou cultura do caldo?” foi o título escolhido pelo historiador Paulino Mota Tavares para a última sessão das Terças-Feiras de Minerva.
“Coimbra está a atravessar uma crisezinha que passa pela cultura”, afirmou Mota Tavares. “Sentimo-nos tristes e expectantes pelo que se está a passar em Coimbra em termos culturais”, referiu ainda, “e penso que Coimbra tem-nos tratado mal, aos cidadãos”. E já que, até agora, “não nos temos prevenido”, será aconselhável “prevenirmo-nos no futuro”.




Paulino Mota Tavares recordou o desaparecimento do eléctrico, “meio de comunicação histórico e bonito”, o desaparecimento dos laranjais do Mondego, o desaparecimento do antigo Teatro Avenida, ou a adulteração do edifício do Banco de Portugal, um acto que Mota Tavares considera “criminoso” e que “serviu para destruir um edifício cheio de carácter”.
Para o historiador, Coimbra está a viver uma “época de ouro, mas no cimento armado”. E o exemplo é Santa Clara que “está a perder o seu verde tão belo”.



Tudo isto é o “caldo de cultura” que caracteriza a cidade, que Paulino Mota Tavares considera a cidade do velho. É “a velha Universidade, a velha Alta”, tudo numa linguagem ambígua que “é perigosa”. Por isso mesmo, Mota Tavares desafiou os cidadãos de Coimbra a fazer com que um verdadeiro caldo de cultura “aqueça e se reformule”.



Quanto à segunda parte da interrogação que serviu de título à palestra, Paulino Mota Tavares fez o elogio da sopa, enquanto alimento equilibrado e tradicionalmente português. “A sopa”, afirmou, “deveria ser aproveitada a nível turístico”, enquanto iguaria muito apreciada pelos estrangeiros que visitam o país.



Recordando a colher de pau e as velhas terrinas, dos quais fez questão de mostrar um exemplar, Paulino Mota Tavares partilhou ainda com os presentes a história da sopa, utilizando para tal várias referências da autoria de alguns dos maiores escritores portugueses, como Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco.


quinta-feira, janeiro 26, 2006

Coimbra está a perder identidade

Historiador Paulino da Mota Tavares considera que a cidade está a tratar mal os cidadãos

A Livraria Minerva tem vindo a organizar todas as terças-feiras encontros-debates com personalidades das artes e letras, num ambiente de tertúlia que já se impôs como um caso ímpar na vida cultural da cidade. Esta semana coube a vez a Paulino da Mota Tavares abordar o tema "Coimbra caldo de cultura ou cultura do caldo?". Uma interrogação que despertou a atenção de uma plateia disposta a ouvir o conferencista, conhecido historiador, para quem a gastronomia é uma vertente incontornável do nosso passado (e presente) cultural.
Num momento em que a cidade atravessa um período conturbado nas relações entre alguns agentes culturais e a autarquia, que reduziu a verba para a Cultura, Paulino da Mota Tavares considerou que "Coimbra está a atravessar uma crisezinha, que também passa pela cultura". Considerou mesmo que "Coimbra tem tratado mal os cidadãos", pelo que importa "prevenirmo-nos no futuro". E apontou alguns exemplos o desaparecimento dos eléctricos, quando "as cidades da Europa os recuperam"; a destruição dos laranjais, "uma marca da cidade" e o "absurdo das construções", com a invasão do cimento.
Urge, portanto, "aquecer este caldo, reformulá-lo" para que a urbe não perca a sua identidade, construída ao longo de séculos de história. Esta "entrada" serviu de mote para o "prato principal", que o historiador iria servir uma "sopa" suculenta de dados históricos. Co-fundador do Festival da Sopa de Tomar, este defensor da gastronomia tradicional lusa elogiou esse manjar das mesas portuguesas, que está a cair em desuso.
"Sopa entornada, boca lavada", disse, ao citar um poeta medieval, considerando que "a sopa atravessa a cultura portuguesa", um bem da "nossa portugalidade", por vezes bem mais apreciado pelos turistas, em contraste com as novas gerações de portugueses.
Defendeu que os roteiros turísticos devem apostar mais na gastronomia, sem esquecer as ricas e variadas sopas da nossa cozinha tradicional. Para ele é fundamental "restaurar a gastronomia portuguesa, que nos distingue dos outros".
Hoje, ultrapassada por menus importados, que nada têm a ver com a nossa cultura, com a nossa história.

Américo Mascarenhas | JN

Entre Mondego e Cubango

As Edições MinervaCoimbra convidam para o lançamento do livro “ENTRE MONDEGO E CUBANGO”, de Isabel Rainha.
A apresentação será feita pela Dra. Isabel Faria de Albuquerque.
Dia 31 de Janeiro, na FNAC-CHIADO, em Lisboa, a partir das 18h30.


A história de uma família da burguesia rural do distrito de Coimbra que nos anos vinte e, mais tarde, na década de cinquenta, procura em Angola a realização dos seus sonhos e a solução para os seus problemas.
Passada entre o ano de 1900 e o de 2000, esta obra de ficção reflecte alguns dos problemas do país ao longo do século XX. No decurso da história, vão-se sucedendo os conflitos sociais, os amores, os preconceitos, as doenças e a maneira de as tratar, que revelam o modo de encarar a vida em cada época e em dois espaços diferentes, numa pacata vila nos arredores de Coimbra e na maior colónia da República.
As personagens principais são Leonor e o filho, Henrique, ambos vítimas do preconceito de uma sociedade hipócrita.
A história da família é contada por uma das filhas de Henrique que se interessa pela história da avó materna quando descobre algumas cartas e diários no sótão da casa de família. Não tendo conhecido a avó, da qual pouco sabe porque todos fazem questão de a deixar envolta num conveniente mistério, é através daquele pequeno espólio que vai reconstituindo a história da família que habitou a Quinta dos Loureiros.
Juntando à história construída as suas memórias de uma África mítica, sem minas, sem fome, a África de todos os sonhos, a filha de Henrique e Sara vai-nos retratando o Portugal do século XX.
Não pretendendo fazer juízos de valor, as relações entre as personagens e o seu modo de ver o mundo pretendem ajustar-se ao estilo de pensamento local e contemporâneo de cada acção.


ISABEL RAINHA é natural de Soure e professora do Ensino Secundário na área das Ciências Biológicas. É autora dos livros de poesia “O Cerco da Quimera” (1997) e “Canto em Tom Maior” (2001), também das Edições MinervaCoimbra.

domingo, janeiro 15, 2006

Coimbra: caldo de cultura ou cultura do caldo?

A Livraria Minerva promove no próximo dia 24 mais uma sessão das Terças-Feiras de Minerva, desta feita com a presença de Paulino Mota Tavares que irá abordar o tema: "Coimbra: caldo de cultura ou cultura do caldo?".

Esta sessão conta com o apoio do restaurante A Taberna.

As Terças-Feiras de Minerva são abertas ao público e têm início às 18.30, na Livraria Minerva (Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos), em Coimbra.

sábado, janeiro 14, 2006

Tentando em vão decifrar


Poesia é desenrolar a Vida

Sonhando, sem inventar,
Penetrar a Natureza,
Humanizando o caminho,

Tentando, em vão,
Decifrar...


As Edições MinervaCoimbra apresentaram o mais recente volume da Colecção Ítaca, de poesia, dirigida por José Ribeiro Ferreira. Trata-se do livro "Tentando em vão decifrar", da autoria de Ana Maria Coelho de Carvalho Azevedo Gomes.




A apresentação decorreu na Livraria Minerva, numa sessão que contou a participação de Emília Celestino da Costa Passanha, que apresentou a autora, e de Isabel de Carvalho Garcia e José Ribeiro Ferreira que leram poemas do livro.



Este é o primeiro livro de Ana Maria Coelho de Carvalho Azevedo Gomes, fruto de escolha feita, ao folhear por acaso o que tinha escrito desde muito jovem. Ao reunir estes versos, a autora tentou partilhar emoções, sentimentos, dúvidas e inquietações.



Ana Maria Coelho de Carvalho Azevedo Gomes nasceu em Lisboa a 19 de Outubro de 1932. Licenciada em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico em 1957, trabalhou durante os dois anos seguintes na Junta de Energia Nuclear. De 1960 até à reforma foi professora do Ensino Secundário, primeiro em Lisboa, depois em Coimbra, onde reside desde 1973.
Casou em 1959, tem quatro filhos e doze netos.




Outono

O Sol descendo a pique
Numa chama laranja,
A flor murcha
Caída no regaço,
A nuvem sonolenta
Cinzenta e fria,
Meu corpo envolvido
Num tépido cansaço

Foi Verão no mar azul,
No abraço quente,
Terno, envolvente
Das noites de luar;
Mas a folha secou,
Algo em nós acabou,
Meu Deus
Que irá restar?

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Um lugar para a poesia de Günter Eich

DA ESQUERDA PARA A DIREITA: Isabel de Carvalho Garcia, Gonçalo Vilas-Boas,
Júlia Garraio, Maria Manuela Delille e Peter Hanenberg



As Edições MinervaCoimbra e o Centro Interuniversitário de Estudos Germanísticos (CIEG) lançaram recentemente a obra “Um lugar para a poesia . Günter EIch e a construção da imagem do poeta entre 1927 e 1959”, da autoria de Júlia Garraio. Fruto da tese de doutoramento da autora, o livro é o número 10 da colecção Minerva/CIEG, coordenada por Maria Manuela Gouveia Delille, que também dirige o centro.

A apresentação da obra esteve a cargo de Gonçalo Vilas-Boas, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, seguindo-se uma leitura de poemas de Eich, em alemão por Peter Hanenberg, e em português por Júlia Garraio.

Günter Eich é um autor pouco conhecido em Portugal, e mesmo no mundo alemão não é dos mais divulgados, “ainda que seja um dos nomes mais importantes da literatura que se seguiu à segunda guerra mundial”, referiu Gonçalo Vilas-Boas.


A obra de Eich é uma importante reflexão sobre a literatura e o mundo, através da poesia, das peças radiofónicas, da prosa ficcional e de textos estético-críticos. A sua carreira literária iniciara-se, porém, duas décadas antes, nos turbulentos últimos anos da República de Weimar.
“É precisamente esse trajecto que Júlia Garraio nos traça de modo exemplar, tornando a leitura muito agradável”, afirmou. “Isto torna o volume num imprescindível instrumento de trabalho, não só para os estudiosos do autor em questão, mas para todos os que se interessam pela literatura alemã”.

E mesmo quem não sabe alemão, “não se preocupe”, assegurou Gonçalo Vilas-Boas, já que poderá seguir o percurso eichiano visto que Júlia Garraio traduz cuidadosamente todas as citações.

Maria Manuela Delille sublinhou a importância de Günter Eich na literatura alemã e europeia, lamentando o facto de este não ser divulgado em Portugal, ao contrário do que acontece noutros países. Em Espanha, por exemplo, acaba de ser editado um volume da poesia completa de Eich.


Júlia Garraio licenciou-se em 1992 em Línguas e Literaturas Modernas, na variante de Estudos Ingleses e Alemães, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Frequentou, na mesma universidade, o curso de mestrado em Literatura Alemã e Comparada, que concluiu em 1997. De 1994 a 1998 foi Leitora de Português na Universidade de Würzburg (República Federal da Alemanha). Em 2003 prestou provas de doutoramento em Literatura Alemã na Universidade de Coimbra, com a dissertação que se publica no presente volume.

domingo, janeiro 01, 2006

Tentando em vão decifrar


As Edições MinervaCoimbra e o Director da Colecção Ítaca,
Prof. Doutor José Ribeiro Ferreira, têm o prazer de convidar
para o lançamento do livro de poesia

TENTANDO EM VÃO DECIFRAR
de Ana Maria Coelho de Carvalho Azevedo Gomes

A apresentação será feita por Emília Celestino da Costa Passanha

A sessão realizar-se-á no próximo dia 14 de Janeiro de 2006 (sábado), pelas 18 horas, na Livraria Minerva
(Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos), em Coimbra

Terça-Feira de Minerva

A Coordenadora Científica do Centro Interuniversitário de Estudos Germanísticos (CIEG), Prof. Doutora Maria Manuela Gouveia Delille, e as Edições MinervaCoimbra têm o prazer de convidar para o lançamento do livro

UM LUGAR PARA A POESIA
GÜNTHER EICH E A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DO POETA ENTRE 1927 E 1959

de Júlia Garraio

A apresentação será feita pelo Prof. Doutor Gonçalo Vilas-Boas
(Faculdade de Letras da Universidade do Porto)

A sessão realizar-se-á no próximo dia 10 de Janeiro de 2006, pelas 18 horas, na Livraria Minerva (Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos), em Coimbra

Leitura de poemas de Günther Eich, em alemão pelo Prof. Doutor Peter Hanenberg, e em português pela Autora.

Esta obra é uma edição conjunta MinervaCoimbra / Centro Interuniversitário de Estudos Germanísticos, com direcção da Doutora Maria Manuela Delille.


Günther Eich (1907-1972) ganhou renome no meio literário alemão depois de 1945 como poeta lírico e autor de peças radiofónicas. A sua carreira literária iniciara-se, porém, duas décadas antes, nos turbulentos últimos anos da República de Weimar. Durante o Nacional-Socialismo o escritor vive das peças de entretenimento que produz para um eficaz meio de propaganda do regime, a rádio. Nesse período marcado por cedências, começa a questionar as possibilidades e os limites da Poesia num mundo dominado por violentas forças políticas, interesses económicos e uma imparável modernização tecnológica.
A obra de Eich, caracterizada pela constante procura de novos caminhos, não só reflecte o empenho do poeta na conquista de um espaço para a Poesia, mas também nos permite acompanhar momentos essenciais do desenvolvimento político-cultural da Alemanha no século XX.


JÚLIA GARRAIO, equiparada a Professora-Adjunta na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, licenciou-se em 1992 em Línguas e Literaturas Modernas, na variante de Estudos Ingleses e Alemães, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Frequentou, na mesma universidade, o curso de Mestrado em Literatura Alemã e Comparada, que concluiu em 1997. De 1994 a 1998 foi Leitora de Português na Universidade de Würzburg (República Federal da Alemanha). Em 2003 prestou provas de Doutoramento em Literatura Alemã na Universidade de Coimbra, com a dissertação que se publica no presente volume.



À esquerda, em cima, na capa, o rio Oder no parque natural Unteres Odertal, no Leste da Alemanha. Fotografia de Júlia Garraio, © 2005

À direita, em baixo, Günther Eich em Geisenhausen, em 1951. Fotografia de Gabriele von Arnim, © Deutsches Literaturarchiv Marbach





Saldos Privados na Galeria Minerva


A exposição SALDOS PRIVADOS, de Marília Abreu, poderá ser visitada até ao próximo dia 17 de Janeiro, de segunda a sábado, das 10 às 13 e das 14.30 às 20 horas, na Galeria Minerva (Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos), em Coimbra.