quarta-feira, dezembro 31, 2008

FESTAS FELIZES





A MinervaCoimbra deseja a todos os clientes, autores, fornecedores e amigos
Boas Festas e Feliz 2009

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Lançamento em Lisboa: A BELA E O MONSTRO de RUTH GREGÓRIO





A Bela e O Monstro: Estudo Comparativo das Representações da Sociedade da Informação na Publicidade Televisiva é um livro que divulga, com as devidas adaptações, uma recente investigação de doutoramento em sociologia da comunicação, cujo objectivo foi a análise comparativa da tematização publicitária da sociedade da informação em Portugal e na Irlanda.

Trata-se de uma investigação única onde se analisa de uma forma articulada dois temas significativos no espaço público actual que se encontram profundamente interligados, mas que tendem a ser estudados em separado: a Publicidade e a Sociedade da Informação.

Este livro explora os papéis que a publicidade, tanto de novas tecnologias como de outros produtos, desempenha na definição, formação e promoção da sociedade da informação, aplicando-se originalmente o conceito de tematização ao estudo da publiciade e recorrendo-se tanto a metodologias quantitativas como qualitativas. Os resultados empíricos obtidos decorrem de questões sociológicas mais vastas no âmbito do construtivismo social e da ideia de influência negociada dos media, reflectindo-se nomeadamente sobre o papel sócio-cultural da publicidade, a ideia de representação e construção da realidade, as dinâmicas de legitimação e a recuperação dos conceitos de ideologia e de espaço público.

Fica ao critério do leitor decidir quem é afinal a Bela e quem é o Monstro – tanto a Publicidade como a Sociedade da Informação têm sido rotuladas com um ou outro papel. Uma certeza fica porém: estamos perante um livro que se recomenda tanto ao leitor que procura reflectir sobre conceitos teóricos como ao leitor que procura metodologias empíricas para aplicar a estas duas temáticas de actualidade que suscitam tanta apreensão quanto fascínio.

Ruth Gregório nasceu a 15 de Dezembro de 1972, no mesmo dia em que foi criado por Decreto Lei o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, instituição onde iniciou o seu percurso académico. Foi no ISCTE que obteve uma licenciatura em Sociologia, seguindo-se um mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação, com passagem pela Université des Sciences et Technologies de Lille, França (programa Erasmus), terminando com um Doutoramento em Sociologia da Comunicação, conferido pelo ISCTE e com trabalho empírico na University College Dublin, Irlanda.

As suas actividades de investigação foram financiadas por bolsas de investigação de mestrado (1998/99) e de doutoramento (2000/04) da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Foi também bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (1989/94).

Entre 1995 e 1997 fez parte de um grupo de investigação do ISCTE coordenado por Paquete de Oliveira, tendo participado em diversos projectos de âmbito nacional e internacional, nomeadamente, DG VII e DG XIII da Comissão Europeia.

Tem artigos publicados na Trajectos - Revista de Comunicação, Cultura e Educação (ISCTE) e na Portuguese Journal of Social Sciences. Faz parte do CESC/ISCTE e da comissão científica da revista Comunicação Pública (ESCS).
Em 2006 acrescentou ao seu nome o apelido de Shevlin, residindo actualmente em Londres, onde trabalha como investigadora na DoubleClick, empresa de serviços e tecnologias para publicidade digital.

sábado, dezembro 27, 2008

DESCONTOS ESPECIAIS

No âmbito das comemorações do seu 10.º aniversário, a Livraria Minerva Galeria, na rua de Macau 52 (Bairro Norton de Matos), oferece descontos especiais em livros até final do ano.

domingo, dezembro 21, 2008

Encontrar os homens. Pisar a terra. Desvendar o vinho.



A Livraria Minerva acolheu o lançamento do livro "Imagens que os vinhos Dão", com fotografia de José Maria Pimentel e edição Confraria dos Enófilos do Dão e Comissão Vitivinícola Regional do Dão, numa sessão regada com vinhos da Quinta do Cerrado, Região Demarcada dos Vinhos do Dão.

Estiveram presentes, entre muitos outros, Cristina Cunha Martins, produtora da Quinta do Cerrado, e João Paulo Gouveia da Confraria dos Enófilos do Dão, que leu o texto que a seguir reproduzimos:


Encontrar os homens. Pisar a terra. Desvendar o vinho.

No Dão, o vinho resulta do amor entre os homens e a terra. Por isso, chegamos e ficamos com a alma agitada. Talvez porque a terra se estende em relevos afagados, raramente agressivos, como é próprio da condição feminina. Não é por acaso que a terra é Mãe na língua portuguesa. Os homens, esses, são viris e têm a solidez do granito onde aprenderam a vida.

Dão é nome de rio e da Região que se espalha por vertentes de suave ondulação, de cor verde e dourado por vontade do Sol e onde o vinho, como nos amores antigos, nasce há muito tempo. Por exemplo, o Infante Dom Henrique levou-o nas caravelas para Ceuta, em 1415. Com ele celebravam a vitória.

No Dão, o vinho corre nas veias da terra e a terra corre no coração dos homens. A sua nobreza resulta da dedicação apaixonada do seu povo, que vai do lagar de pedra aos computadores. Sem essa relação profunda, não há vinho. E é tão forte, que irmana o fidalgo com o modesto camponês na mesma linguagem e na mesma sabedoria.

A Região Demarcada dos Vinhos do Dão merece ser visitada com atenção. Não é nenhuma modernice: foi instituída em 1908.

Primeiro, porque as vinhas estão escondidas pelos pinheiros, pelas giestas, pelos silvados, atrás de um muro. Sentados num automóvel, ficamos a cerca de um metro do solo. Vemos muito pouco ou nada. Há que partir à descoberta: encontrar os homens, pisar a terra e respirar a magia de uma adega.

Depois, não há duas quintas iguais e cada uma é um universo definido.

A Região Demarcada do Dão é maior que a geografia: gente determinada, paisagem irresistível, tradição e modernidade, culturas milenares, gastronomia soberba, a identidade portuguesa, um coração aberto do tamanho do Mundo e um vinho com uma personalidade única no mundo. Enfim, a alegria de viver.

Valdemar Freitas
Presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão

Pedro de Mello de Vasconcellos e Souza
Grão Mestre da Confraria dos Enófilos do Dão


Intervenientes na sessão: José Alberto Garcia, João Paulo Gouveia, Cristina Cunha Martins,
José Maria Pimentel e Isabel de Carvalho Garcia


sábado, dezembro 20, 2008

Fernão de Magalhães visto por Stefan Zweig




As Edições MinervaCoimbra e o Centro Interuniversitário de Estudos Germanísticos (CIEG)lançaram mais um volume da colecção Minerva/CIEG — “Uma Biografia «Moderna» dos Anos 30 - ‘Magellan. Der Mann und seine Tat’ de Stefan Zweig” (‘Magalhães, o homem e o seu feito’), da autoria de Maria de Fátima Gil.

Apresentada por Gabriela Fragoso, docente da Universidade Nova de Lisboa, a obra, referiu, “culmina vários anos de investigação e entrega da autora” que, ao longo desse tempo criou uma “grande empatia com Stefan Zweig.
Isabel de Carvalho Garcia, Gabriela Fragoso,
Maria de Fátima Gil e Maria Manuela Gouveia DelilleDe facto, a descrição da vida e obra do escritor austríaco, bem com da época e da sociedade em que este viveu, “surge de forma clara e escorreita” no livro de Maria de Fátima Gil, que Gabriela Fragoso, também ela especialista em Zweig, considera de “uma grande humildade científica”.

Maria Manuela Gouveia Delille, directora da colecção em que a obra se insere, referiu por sua vez que este tipo de trabalhos “merecem e devem ultrapassar as fronteiras da universidade”. Os textos que constituem os volumes da colecção Minerva/CIEG são, afirmou, “fruto de reflexão conjunta sobre as relações literárias e culturais luso-alemãs”.

O trabalho agora publicado e que se baseou na tese de doutoramento de Maria de Fátima Gil, analisa a obra Magalhães à luz da série literária em que se insere, estudando a relação dialógica desta biografia com a situação histórica e cultural dos anos 30 e mostrando que o texto afirmava a fé na eficácia da acção individual, exortava à tolerância e à coexistência entre os povos, defendia os valores humanistas da civilização europeia e sustentava que mesmo as épocas mais conturbadas podiam ser conjunções de mudança e oportunidades de avanço para a Humanidade.

Maria de Fátima Gil é professora auxiliar da Universidade de Coimbra e investigadora do CIEG.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Lançamento : UMA BIOGRAFIA "MODERNA" DOS ANOS 30 - Magellan. Der Mann und seine Tat de Stefan Zweig

Lançamento: IMAGENS QUE OS VINHOS DÃO


A propósito das “Imagens que os vinhos Dão”
Começo a escrever e a primeira coisa que me ocorre é uma interrogação: - O que haverá de comum entre vinho e fotografia?
E de facto há.
Um bom vinho e uma boa fotografia são ambos consequência de paixão pelo ofício.
De saber esperar também.
De estar atento a sinais e pormenores que outros não vêem.
De intervir no momento certo.
De cuidar de muitos detalhes até ao produto acabado.
Por uma boa fotografia poderá haver uma longa espera mas, para chegar a um bom vinho, a espera são anos.
Merece portanto respeito.
Em ambos o apreciador decidirá do que mais, ou menos, gosta.
No entanto, se existir qualidade, ela será inquestionável independentemente das afinidades de cada um.
Um novo projecto fotográfico, como um novo vinho, são sempre um percurso de sensações novas, de descoberta.
Assim foi, para mim, este desafio lançado pela Confraria dos Enófilos do Dão.
Embora decorrendo numa região do pais que me é familiar por se estender até à vila onde nasci, levou-me a redescobri-la, e a vivê-la, em múltiplos detalhes e recantos por onde já antes passara sem “ver”. A descobrir muito de novo também.
Levou-me a olhar com outros olhos uma actividade apaixonante e as gentes que dela cuidam.
O projecto fotográfico desde a sua definição inicial tinha como objectivo conseguir, através de imagens, fazer viajar o espectador pela belíssima região do Dão, conduzido pela mão da actividade vitivinícola.
Creio que o título “Imagens que os vinhos Dão” traduz essa intenção da melhor forma.
Concretizar em imagens essa vontade foi o que procurei fazer neste trabalho. Julgo que o consegui, mas esta é a eterna dúvida do autor.

José Maria Pimentel
Costa Nova do Prado – Ílhavo, 03/07/2008


José Maria Pimentel nasceu em Coja em 1953. Trabalha como fotógrafo freelancer. Dedica-se desde a juventude à pintura e escultura.A partir de 1972 estuda fotografia em Paris no Centre d’Enseignement et Perfectionnement Photographique Professionel. Regressa a Portugal em 1974 e, até 1982, trabalha no cinema profissional português como assistente de produção e realização e como fotógrafo de cena, integrando nesse ano o projecto de uma cerâmica decorativa em Coja, como responsável técnico e artístico.A fotografia não pára entretanto e as imagens vão-se juntando em arquivo. Mantém, porém, a sua actividade de pintura e escultura, executando nomeadamente um painel-escultura para o Banco Pinto & Sotto Mayor (hoje exposto nos Paços do Concelho de Oliveira do Hospital).Em 1999 regressa à fotografia como actividade principal, iniciando nesse ano uma foto-reportagem sobre a vida de Monsenhor Nunes Pereira, padre e artista, que fora seu mestre de gravura, trabalho editado em Setembro de 2001 pelas Edições MinervaCoimbra.Entre Maio e Julho de 2000 dá a volta ao mundo como navegador e fotógrafo da única equipa portuguesa participante num rali para carros clássicos. Desta viagem resultam duas exposições apresentadas em diversos países europeus.
Premiado pela revista Visão em 2002 e 2003, está representado na colecção de fotografia do escritório de advogados PLMJ, colecções particulares e tem diversos outros trabalhos publicados.O acervo do Museu Nacional de Machado de Castro em Coimbra inclui a sua escultura em pedra de Ançã “O Pensador”.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Papel do professor assenta na didáctica



Maria Regina Rocha foi a convidada da quinta sessão do ciclo “O Dever de Educar”, desta feita subordinada ao tema “O dever de educar para o professor”.

Segundo a professora, nos programas, nos textos curriculares, existem muitos parágrafos sobre as concepções subjacentes à perspectiva de que a criança, na escola, está essencialmente para ser socializada, mas não existe a palavra ensinar.

No entanto, referiu, “se não existir o professor, o jovem não tem a possibilidade de adquirir o conhecimento que lhe permitirá vir a ser um indivíduo com saberes que lhe permitam ser um agente de intervenção social ou um indivíduo útil à sociedade. É o conhecimento que faz a marca da diferença de indivíduo para indivíduo. O conhecimento é a base para todo e qualquer tipo de intervenção útil que as pessoas tenham. Sem conhecimento não há progresso”. Efectivamente, o conhecimento foi transmitido ao longo dos séculos porque foi ensinado.

Para Maria Regina Rocha, o papel do professor assenta essencialmente na didáctica. “O professor é a pessoa que tem a capacidade de pegar no conhecimento e de o organizar de forma a que o aluno vá, a pouco e pouco, adquirindo e formando a sua própria personalidade. O professor tem a responsabilidade do ensino formal, tem a responsabilidade de, na sua disciplina, saber qual é a forma pela qual o aluno aprende melhor aquele saber”.

Maria Regina Rocha é professora de Português do Ensino Secundário, estudiosa e divulgadora da Língua Portuguesa, investigadora da sua didáctica e autora de manuais escolares. O seu pensamento, apurado em mais três décadas de ensino, tem ajudado a perceber os desígnios da educação escolar.

legenda foto: Mónica Vieira, Maria Regina Rocha e Maria Helena Damião



quarta-feira, dezembro 17, 2008

Vasco Berardo na Minerva



Até 15 de Janeiro está patente na Galeria Minerva uma exposição de pintura de Vasco Berardo.

Autodidacta convicto, é difícil extrair do longo currículo de Vasco Berardo elementos que definam a sua obra por ser uma das mais extensas e variadas a nível nacional. Foram seus mestres José Contente, António Vitorino, Manuel Pereira e o arquitecto Fernandes. Fez a sua primeira exposição em 1951 com Os Novos de Coimbra. Colaborou com o CAPC e foi um dos fundadores do MAC.

Realizou até hoje exposições individuais e colectivas em todo o país e no estrangeiro. Destacou-se como medalhista contando hoje com cerca de 500 medalhas na sua vasta obra. Escultura em bronze e madeira, cerâmica, azulejaria, pintura, tapeçaria, metais e obra gráfica fazem parte do seu mundo, da sua inovação e criatividade. O seu período Neo-Realista deixou uma marca profunda na cidade de Coimbra com o mural do velho Café Mandarim, hoje MacDonald's.

A exposição pode ser visitada de segunda feira a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 20h00.




























terça-feira, dezembro 16, 2008

O dever de educar para o professor

Realiza-se a 16 de Dezembro, pelas 18h15, a quinta sessão do ciclo "O dever de educar", a decorrer no âmbito das Terças Feiras de Minerva.

Com o título "O dever de educar para o professor", a sessão terá como convidada Maria Regina Rocha.

Na sequência da sessão anterior, dedicada ao sentido que, no presente, o dever de educar ganha no contexto particular da escola, direccionamos, agora, a nossa atenção para o sentido que esse dever tem para o professor.

Maria Regina Rocha, professora de Português do Ensino Secundário, estudiosa e divulgadora da Língua Portuguesa, investigadora da sua didáctica, autora de manuais escolares... O seu pensamento, apurado em mais três décadas de ensino, ajuda-nos a perceber os desígnios da educação escolar.

A sessão decorre na Livraria Minerva (rua de Macau, n.º 52 - Bairro Norton de Matos) em Coimbra.

As sessões deste ciclo são quinzenais e estão abertas ao público (com certificado de presença).

Organização: Helena Damião, João Boavida, Isabel de Carvalho Garcia, Mónica Vieira e Aurora Viães.

[Lisboa] Lançamento: ESPAÇOS PERDIDOS - Coimbra


































No dia seguinte, o livro foi apresentado durante o jantar de Natal da Casa da Académica em Lisboa.









segunda-feira, dezembro 15, 2008

Um livro de afectos



Numa sessão informal que recriou o ambiente das antigas tertúlias conimbricenses, realizou-se no Teatro da Cerca de São Bernardo o lançamento do livro "Espaços Perdidos - Coimbra", co-editado pelas Edições MinervaCoimbra e Ideias Concertadas.

Com uma sala cheia, participaram na sessão actores da companhia de teatro A Escola da Noite, que leram alguns dos textos que compõem a obra.

Coordenado por João Figueira, "Espaços Perdidos - Coimbra" é um regresso aos velhos cafés e teatros de Coimbra e às estórias vividas nesses espaços, desaparecidos nas últimas duas décadas. Trata-se, segundo afirmou o coordenador, de "um livro de afectos".

Arcádia, Avenida, A Brasileira, Clepsidra, Mandarim, Moçambique, Sousa Bastos e a Tasca do Pratas são os cenários escolhidos para o desfiar de um belo conjunto de textos que mostram ao leitor uma Coimbra irreverente, culta, boémia e solidária.

Da autoria de Álvaro Vieira, Graça Barbosa Ribeiro, João Mesquita, Júlio Roldão, Lídia Pereira, Marco Carvalho e Paula Carmo as estórias reconstituem as ambiências de espaços emblemáticos da história da cidade, ao mesmo tempo que recriam um tempo que marcou Coimbra e as gerações que cresceram e viveram no seu seio.

Em formato de álbum, o livro apresenta, ainda, um pequeno conjunto de ilustrações da autoria de Inês Murta, especialmente concebidas para esta obra.