quinta-feira, outubro 15, 2015

«AS TRADUÇÕES DE ILSE LOSA NO PERIODO DO ESTADO NOVO» DE ANA ISABEL MARQUES APRESENTADO EM ESPOSENDE



Com a presença da autora, ANA ISABEL MARQUES decorreu em Esposende, no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio a apresentação do livro As Traduções de Ilse Losa no Período do Estado Novo - Mediação Cultural e Projecção Identitária.
A sessão aberta por Isabel de Carvalho Garcia (editora), foi presidida por Benjamim Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Esposende, que encerrou a sessão. A apresentação coube a José Manuel Mendes, Presidente da Associação Portuguesa de Escritores. Com intervenções da Autora, de Rogério Madeira, Coordenador Científico do Centro de Investigação em Estudos Germanísticos (CIEG), de Manuela Delille, Diretora da Colecção Minerva/CIEG, a apresentação foi feita pelo Presidente da Associação Portuguesa de Escritores, Professor José Manuel Mendes.

                                      


                                 


terça-feira, outubro 13, 2015

«AS TRADUÇÕES DE ILSE LOSA NO PERÍODO DO ESTADO NOVO - MEDIAÇÃO CULTURAL E PROJECÇÃO IDENTITÁRIA» DE ANA ISABEL MARQUES [APRESENTAÇÃO DIA 23 DE OUTUBRO, 15H00] FÓRUM MUNICIPAL RODRIGUES SAMPAIO [ESPOSENDE]






CONVITE

O presidente da Câmara Municipal de Esposende, 
Arq. Benjamim Pereira, 
o Coordenador Científico do Centro de Investigação 
em Estudos Germanísticos (CIEG), 
Prof. Doutor Rogério Madeira, 
a Diretora da Colecção Minerva/CIEG, 
Prof. Doutora Manuela Delille 
e a Directora Editorial da MinervaCoimbra, 
Dra Isabel Garcia, têm a honra de convidar V. Exa 
para a sessão de lançamento do livro

As Traduções de Ilse Losa no Período do Estado Novo 
Mediação Cultural e Projecção Identitária 

de Ana Isabel Marques.

A apresentação será feita pelo Presidente 
da Associação Portuguesa 
de Escritores, Professor José Manuel Mendes, 
e realiza-se no dia 23 de Outubro de 2015, pelas 18h00,
no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, em Esposende.

Este livro é o nº 19 da colecção Minerva/CIEG. 


O livro
Muito associada à escrita para os mais novos,Ilse Losa (1913-2006) tem uma obra literária diversificada, que compreende o romance, o conto, a crónica, o ensaio ou mesmo a poesia. Além disso, durante quase um quartel de século (com intermitências) verteu para português obras representativas da literatura alemã e mundial e, em sentido inverso, traduziu para alemão textos de autores portugueses. O acto de traduzir é a expressão mais genuína de mediação cultural. Todavia, a tradução funcionou, para Ilse Losa, também como uma forma de iludir a Censura e de fazer soar, através da voz de um Outro, mensagens proibidas durante o Estado Novo. Foi o que fez com obras de Bertolt Brecht, Max Frisch, Erich Kästner e Anna Seghers. Além disso, serviu-lhe também muitas vezes, para projectar a sua identidade através da apropriação da palavra de alguns escritores de língua alemã. A sua versão da narrativa segheriana «DerAusflug der toten Mädchen» (1944), «O Passeio das Raparigas Mortas» (1954), é disso o melhor exemplo, uma vez que se trata de um texto que aborda questões com particular impacto na obra da escritora-tradutora Ilse Losa, como são as perseguições do período nazi, o exílio ou as guerras mundiais.

A autora
Ana Isabel Marques
É doutorada em Línguas e Literaturas Modernas, especialidade de Ciências da Tradução, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É Mestre em Literatura Alemã e Comparada pela FLUC e autora de Paisagens da Memória. Identidade e Alteridade na Escrita de Ilse Losa (2001).
É actualmente Professora-Adjunta do Departamento de Ciências da Linguagem da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, onde exerce funções docentes desde 1994. Os seus interesses científicos são, fundamentalmente, a tradução e os  estudos interculturais.

ESTUDOS GERMANÍSTICOS
     Coordenação de Maria Manuela Gouveia Delille
Esta colecção inclui uma série de publicações que visa divulgar, junto da comunidade científica e do público em geral, os resultados da investigação do Centro Internuniversitário de Estudos Germanísticos (CIEG), o qual reúne docentes e investigadores das Universidades de Coimbra, Porto, Aveiro, Trás-os-Montes e Alto Douro e Universidade Católica - Pólo de Viseu, e se encontra sediado na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

A recepção dos dramas Mutter Courage und Ihre Kinder e Leben des Galilei
Coordenação de Maria Manuela Gouveia Delille
2. CAMÕES NA ALEMANHA
A figura do poeta em obras de Ludwig Tieck e Günter Eich
Estudos de Catarina Martins e Júlia Garraio
Coordenação de Maria Manuela Gouveia Delille
 3. A MULHER E O ADULTÉRIO NOS ROMANCES O PRIMO BASÍLIO DE EÇA DE QUEIRÓS E EFFI BRIEST DE THEODOR FONTANE
Maria Teresa Martins de Oliveira
 4. OS CONTOS DE GRIMM EM PORTUGAL
A Recepção dos Kinder- und Hausmärchen entre 1837 e 1910
Maria Teresa Cortez
 5. PAISAGENS DA MEMÓRIA
Identidade e alteridade na escrita de Ilse Losa
Ana Isabel Marques
 6. ALCÁCER QUIBIR E D. SEBASTIÃO NA ALEMANHA
Representações historiográficas e literárias (1578- CA. 1800)
Ana Maria Pinhão Ramalheira
Inclui CD-ROM com 49 apêndices documentais
 7. O IMAGINÁRIO DE LISBOA NOS ROMANCES BEKENNTNISS DES HOCHSTAPLERS FELIX KRULL DE THOMAS MANN E SCHWERENÖTER DE HANNS-JOSEF ORTHEIL
Rogério Paulo Madeira
Os romances Bekenntnisse des Hochstaplers Felix Krull (1987), de Hanns-Josef Ortheil, partilham da visibilidade e do papel indeterminante concedidos à capital portuguesa num dado momento da vida dos respectivos heróis-artistas. Após uma introdução à imagem de Lisboa na literatura de expressão alemã do século XX, o presente estudo mostra como nem Félix Krull, por altura do reinado de D. Carlos, nem Johannes, que assiste ao 25 de Abril de 1974 e ao período pós-revolucionário, passam incólumes numa cidade que é mais do que um espaço-cenário.
8. AUTOBIOGRAFIA E MITO NO ROMANCE MEINE SCHWESTER ANTIGONE DE GRETE WEIL
Maria Palmira Roque da Silva
Meine Schwester Antigone (1980) é um romance autobiográfico que, graças a uma sábia técnica de montagem, se desenvolve em torno de três tempos e de três lugares. A sua autora, Grete Weil (1906-99), uma judia alemã sobrevivente do Holocausto, cria uma narradora-protagonista que se recrimina por não ter agido como Antígona, aquela que disse Não e que pagou com a vida a desobediência ao rei.
 9. O MARQUÊS DE POMBAL EM OBRAS DE REINHOLD SCHEIDER E ALFRED DÖBLIN
Dois retratos ficcionais alemães do século XX
Maria de Lurdes das Neves Godinho
 10. UM LUGAR PARA A POESIA
Günter Eich e a construção da imagem do poeta entre 1927 e 1959
Júlia Garraio
Günther Eich (1907-1972) ganhou renome no meio literário alemão depois de 1945 como poeta lírico e autor de peças radiofónicas. A sua carreira literária iniciara-se, porém, duas décadas antes, nos turbulentos últimos anos da República de Weimar. Durante o Nacional-Socialismo o escritor vive das peças de entretenimento que produz para um eficaz meio de propaganda do regime, a rádio. Nesse período marcado por cedências, começa a questionar as possibilidades e os limites da Poesia num mundo dominado por violentas forças políticas, interesses económicos e uma imparável modernização tecnológica.
A obra de Eich, caracterizada pela constante procura de novos caminhos, não só reflecte o empenho do poeta na conquista de um espaço para a Poesia, mas também nos permite acompanhar momentos essenciais do desenvolvimento político-cultural da Alemanha no século XX.
 12. CAMÕES E D. SEBASTIÃO NA OBRA DE REINHOLD SCHNEIDER
Maria Cristina Carrington
Inclui CD-Rom
 13. UMA IDENTIDADE EM (DES)CONSTRUÇÃO. A FIGURA DE JASÃO NO ROMANCE MEDEA. STIMMEN DE CHRISTA WOLF E NO DRAMA MANHATTAN MEDEA DE DEA LOHER
Maria Ângela Moreira Limas
 14. O ESPAÇO NO ROMANCE FASERLAND DE CHRISTIAN KRACHT
João Filipe Medeira Rodrigues
Após a apresentação das características gerais da Popliteraturdos anos 90 no contexto da literatura de expressão alemã, o estudo centra-se na análise dos diversos tipos de espaços configurados num dos textos mais emblemáticos dessa corrente literária – o romnce Faserland (1995) do suíço Christian Kracht, uma road story que nos transporta de Sylt, no extremo norte da Alemanha, até ao Lago de Zurique.
 15. UMA BIOGRAFIA “MODERNA” DOS ANOS 30.MAGELLAN. DER MANN UND SEINE TAT DE STEFAN ZWEIG
Quando, em 1937, publicou a biografia MagellanDer Mann und seine Tat, o escritor austríaco Stefan Zweig estava exilado em Londres, olhando com apreensão o rumo da Europa desde que Hitler chegara ao poder. O tributo ao navegador Fernão de Magalhães, escrito no estilo vivo e plástico que o caracterizava, permitia-lhe exprimir-se de forma indirecta sobre o seu tempo e apontar um caminho de esperança aos seus contemporâneos.
 16. A RECEPÇÃO PORTUGUESA DE DIE LEIDEN DES JUNGEN WERTHERS
(de 1784 até finais do Primeiro Romantismo)
Maria Antónia Gaspar Teixeira
 18. FICÇÃO E HISTÓRIA - A FIGURA DE URIEL DA COSTA NA OBRA DE KARL GUTZKOW
Rogério Paulo Madeira
Primeiro estudo abrangente sobre a figura de Uriel  da Costa (de origem portuguesa) na literatura alemã.
19.As Traduções de Ilse Losa no Período do Estado Novo 
Mediação Cultural e Projecção Identitária 
de Ana Isabel Marques.

Fora de Colecção

MISCELÂNEA DE ESTUDOS EM HOMENAGEM A MARIA MANUELA GOUVEIA DELILLE
Coordenação de Maria Teresa Delgado Mingocho, Maria de Fátima Gil e Maria Esmeralda Castendo.


Obra em dois volumes, com o contributo de 103 autores.

quinta-feira, outubro 01, 2015

«POSSO SER? » NO DIA INTERNACIONAL DO IDOSO



No âmbito do Dia Internacional do Idoso aconselhamos o livro «POSSO SER? Dinâmicas grupais em torno da personalidade e do envelhecimento» de Margarida Pedroso de Lima e Abi Gail. 


A propósito deste livro deixamos aqui o testemunho do Prof. Doutor Manuel Viegas de Abreu:

« Este livro é um trabalho a duas vozes. Um trabalho com dois timbres diferentes: um timbre mais  científico, embora com incursões  na prática psico-social, a cargo de Margarida Pedroso de Lima e um timbre mais reflexivo, com pendor poético, a cargo de Abi Gail. Um livro que aborda  desde o nascimento até à velhice... (...) um livro original com ciência, poesia, ficção: um livro de  pendor científico-pedagógico que defende algumas teses.  
A primeira: para compreendermos o comportamento de qualquer pessoa precisamos de conhecer a personalidade. O estudo e a compreensão da personalidade é fundamental.
A segunda: a personalidade desenvolve-se ao longo da vida. Há possibilidade de transformação. As pessoas nascem com um conjunto de personalidades mas somos também muito feitos por um conjunto de circunstâncias. Ortega Y Gasset dizia que “nós somos nós, cada um de nós é ele próprio e as suas circunstâncias”.  Mas a nossa personalidade desenvolve-se e esse desenvolvimento faz-se ao longo da vida.
Terceira: há quem diga que os idosos estão acabados, que as suas potencialidades estão em declínio. O que esta tese pretende mostrar, com base em conhecimentos científicos, é que o desenvolvimento nunca acaba.
Há uma perspectiva temporal, a pessoa sabe que não tem muito tempo de vida mas tem projectos.  Este livro não é um manual mas é um livro que serve aos estudantes no sentido do conhecimento da complexidade da personalidade. Somos seres sociais por natureza, seres políticos por natureza, sonhamos com a beleza, a poesia, a arte. Temos o valor do belo  da verdade, da justiça. Este livro pode ser lido como um livro de divulgação. A linguagem é acessível, é uma obra aberta porque é um livro estimulante.»
O livro
Posso ser? Permitem-me ser? Sou aceite? O desafio deste livro prende-se com uma das questões
fundamentais a que a nossa sociedade tem forçosamente de responder: permitimos aos nossos mais velhos ser?
In Prefácio:
"A nossa personalidade é a nossa prisão? É aquilo que nos limita ou aquilo que nos possibilita aproveitar o mundo e usufruir?
Conforme vamos envelhecendo, a nossa personalidade funciona como o ninho protector que nos permite arriscar com segurança ou como a madrasta inquinada que nos obriga a varrer a vida sempre da mesma forma? É aquilo que somos e a que podemos retornar ou aquilo que levamos sempre connosco? É aquilo que nos permite viver bem as diferentes fases da vida ou lamentar que o sol se ponha todos os dias?..."

ÍNDICE:
Prefácio; I. Enquadramento teórico; Introdução; O que é a personalidade; Breve história da Psicologia da Personalidade
II. Ciclo de Vida; Nascimento ou "Foi você que não pediu um novo bébé?"; Infância ou Amor; Adolescência ou Eu no Plural; Juventude ou Azimute; Maturidade ou Arbítrio; Velhice ou Antecipação; Morte-em-Vida

As autoras
Margarida Pedroso de Lima
Psicóloga, Mestre em psicologia da Educação e Doutorada em Psicologia do Desenvolvimento, exerce funções de Professora Associada na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, onde lecciona disciplinas de psicologia do desenvolvimento na idade adulta. As suas áreas de interesse vão para a intervenção desenvolvimental e terapêutica com grupos e para a investigação sobre os factores promotores de bem-estar na idade adulta avançada.

Abi Gail
Escolheu para si este nome híbrido, que lhe soa a ele e a ela, ao divino e ao profano, ao ocidente e ao oriente e às rezas entoadas pelas multidões, como murmúrios ou cânticos de descentração, destinados a fazer esquecer, a cada um, a sua identidade. Já fez algumas coisas na vida e conta fazer umas quantas mais. Gosta de mudar e também de permanecer, tudo depende do estado em que se encontra. Se fosse bicho, seria um animal metamórfico: de vez em quando com asas, outras vezes rastejante. Se fosse intelectual, entreter-se-ia na variedade e pensaria, disciplinadamente, em miscelâneas. Agradam-lhe as imagens com palavras dentro e mais ainda aquelas que habitam o silêncio. Quanto mais conhece a ciência, mais gosta da literatura, mas toma frequentemente café com as duas, sentadas à mesma mesa. A despesa é sempre por sua conta, a não ser que consiga enganar uma e outra.

http://minervacoimbra.blogspot.pt/search?q=posso+ser?