Livros sobre jornalismo (pela segunda vez na lista das “coisas boas”). Repito: “A edição de livros e revistas sobre comunicação está de vento em popa. Para além da Trajectos e Media e Jornalismo, as colecções "Media e Sociedade" da Editorial Notícias e "Comunicação" da Minerva tem dado origem a trabalhos interessantes que revelam como, à distância, os estudos académicos demonstram muito daquilo que os jornalistas não querem admitir mais em cima dos acontecimentos: bias, distorções e manipulações, militância política. O papel de alguns professores, como Mário Mesquita, é fundamental nesta reflexão.”
José Pacheco Pereira em BOAS COISAS NA COMUNICAÇÃO SOCIAL PORTUGUESA EM 2005, VISTAS POR UM GRANDE (EM QUANTIDADE) CONSUMIDOR (alfa) no Abrupto
quinta-feira, dezembro 29, 2005
terça-feira, dezembro 27, 2005
O nome pelo som...
São estórias deliciosas e divertidas construídas através de “papelinhos” reunidos ao longo de quase três décadas pela autora, técnica numa farmácia de Côja. Mas é sobretudo um espelho do país interior, o que Manuela Sinde Filipe nos mostra no seu livro.
Paula Alexandra Almeida
“Senhor Dotor mandava-me ai da Farmasia um remédio para as lambrigas deitei uma aqui à dias pela bôca e nunca na minha vida me a conteseu uma coisa destas agora são pequeninas não durmo nada de noute com élas apicarem no rábo e na via por onde ourino e eu não posso asim andar quando eu queriei os meus filhos avia ums comprimidos grandes que até traziam o retrato déla por fora no papél agora com 74 anos e andar com este probelema e que não posso aturar esto faça me o favor de me desqulpar muito obrigada”.
São assim as “Estórias que fazem a história de uma farmácia”, da autoria de Manuela Sinde Filipe, recentemente lançado pela MinervaCoimbra. Estórias que retratam muito do interior do país e que representam um documento etnográfico de grande valor. Tal como se refere no prefácio, este é um livro que nos leva, numa época de mundialização, de novas tecnologias e da vivência da “aldeia global”, à vivência da “aldeia real”.
Saber de tudo
Durante quase 30 anos, Manuela Sinde Filipe trabalhou numa farmácia, em Côja, onde foi recolhendo “papelinhos”, “bilhetinhos”, onde em dias de mercado, os habitantes das aldeias vizinhas traziam as encomendas escritas. “Talvez poucos saibam que, antes destas novas, modernas e bonitas farmácias informatizadas, já existiu um espaço familiar que, além de aviar as receitas médicas - na sua maioria manipuladas, na altura -, era o local preferido para a actualização das conversas que hoje se vulgarizaram nos cafés”, refere a autora. “Era na farmácia que tínhamos a certeza de encontrar aquela pessoa que sabia tudo, ou quase tudo...”.
De mezinhas a bruxedos, de veterinária às vindimas, das lombrigas ao hemorroidal e “outras comichões”, tudo o farmacêutico tinha que conhecer e saber ajudar.
“Amigo Dr.... Agradeço envie aquela lavagem para o pénis pois só arde na ponta e retem a urina”, ou ainda descubra alguma solução mágica para “tomates nos jatos, játos nos tomates”.
Adivinhar também era exigido: “5 sacos para a sonda, uma bisnaga para lhe butar nas brilhas para não cecortar é cão a risca azul custa 7:00 e cualquer coisa, depois pago” ou ainda “uma embalagem de empelástros para pôre em sima de uma dóre, tem 10 i é deste tamanho, é janponêz ô Engeles não sai bem, antigamente costava 50$00 agora não sai”.
Espelho da realidade
Um livro que tem a sua parte engraçada, como reconhece Manuela Sinde Filipe, mas que espelha apenas a realidade, “a nossa realidade”. E o livro, sublinha, “não foi feito com intenção de fazer pouco das pessoas. Pelo contrário, tentei apenas mostrar às pessoas da cidade o que é o nosso interior que muitas delas desconhecem por completo. As dificuldades que as pessoas têm a vários níveis. Muitas das pessoas de quem provêm estes bilhetinhos nem a 4.ª classe têm. Escrevem em função do som das palavras”. E a obra de Manuela Sinde Filipe espelha precisamente a sensibilidade que um técnico de farmácia tem que ter para atender os pedidos, algumas vezes desesperados, de todos os seus clientes. E não só.
No final, a autora dedica um capítulo ao receituário médico, inteligível, claro está. E desde um medicamento chamado “Arganil 25” até “Ermelinda Encarnação uma grd”, há de tudo... como na farmácia.
n'O Primeiro de Janeiro
Paula Alexandra Almeida
“Senhor Dotor mandava-me ai da Farmasia um remédio para as lambrigas deitei uma aqui à dias pela bôca e nunca na minha vida me a conteseu uma coisa destas agora são pequeninas não durmo nada de noute com élas apicarem no rábo e na via por onde ourino e eu não posso asim andar quando eu queriei os meus filhos avia ums comprimidos grandes que até traziam o retrato déla por fora no papél agora com 74 anos e andar com este probelema e que não posso aturar esto faça me o favor de me desqulpar muito obrigada”.
São assim as “Estórias que fazem a história de uma farmácia”, da autoria de Manuela Sinde Filipe, recentemente lançado pela MinervaCoimbra. Estórias que retratam muito do interior do país e que representam um documento etnográfico de grande valor. Tal como se refere no prefácio, este é um livro que nos leva, numa época de mundialização, de novas tecnologias e da vivência da “aldeia global”, à vivência da “aldeia real”.
Saber de tudo
Durante quase 30 anos, Manuela Sinde Filipe trabalhou numa farmácia, em Côja, onde foi recolhendo “papelinhos”, “bilhetinhos”, onde em dias de mercado, os habitantes das aldeias vizinhas traziam as encomendas escritas. “Talvez poucos saibam que, antes destas novas, modernas e bonitas farmácias informatizadas, já existiu um espaço familiar que, além de aviar as receitas médicas - na sua maioria manipuladas, na altura -, era o local preferido para a actualização das conversas que hoje se vulgarizaram nos cafés”, refere a autora. “Era na farmácia que tínhamos a certeza de encontrar aquela pessoa que sabia tudo, ou quase tudo...”.
De mezinhas a bruxedos, de veterinária às vindimas, das lombrigas ao hemorroidal e “outras comichões”, tudo o farmacêutico tinha que conhecer e saber ajudar.
“Amigo Dr.... Agradeço envie aquela lavagem para o pénis pois só arde na ponta e retem a urina”, ou ainda descubra alguma solução mágica para “tomates nos jatos, játos nos tomates”.
Adivinhar também era exigido: “5 sacos para a sonda, uma bisnaga para lhe butar nas brilhas para não cecortar é cão a risca azul custa 7:00 e cualquer coisa, depois pago” ou ainda “uma embalagem de empelástros para pôre em sima de uma dóre, tem 10 i é deste tamanho, é janponêz ô Engeles não sai bem, antigamente costava 50$00 agora não sai”.
Espelho da realidade
Um livro que tem a sua parte engraçada, como reconhece Manuela Sinde Filipe, mas que espelha apenas a realidade, “a nossa realidade”. E o livro, sublinha, “não foi feito com intenção de fazer pouco das pessoas. Pelo contrário, tentei apenas mostrar às pessoas da cidade o que é o nosso interior que muitas delas desconhecem por completo. As dificuldades que as pessoas têm a vários níveis. Muitas das pessoas de quem provêm estes bilhetinhos nem a 4.ª classe têm. Escrevem em função do som das palavras”. E a obra de Manuela Sinde Filipe espelha precisamente a sensibilidade que um técnico de farmácia tem que ter para atender os pedidos, algumas vezes desesperados, de todos os seus clientes. E não só.
No final, a autora dedica um capítulo ao receituário médico, inteligível, claro está. E desde um medicamento chamado “Arganil 25” até “Ermelinda Encarnação uma grd”, há de tudo... como na farmácia.
n'O Primeiro de Janeiro
sábado, dezembro 24, 2005
O NATAL NA POESIA PORTUGUESA
Janeiras
Vitorino Nemésio
Vitorino Nemésio
Ó de casa, alta nobreza,
Mandai-nos abrir a porta,
Ponde a toalha na mesa
Com caldo quente da horta!
Teni, ferrinhos de prata,
Ao toque desta sanfona!
Trazemos ovos de prata
Fresquinhos, prá vossa dona.
Senhora dona de casa,
À ilharga do seu Joaquim,
Vermelha como uma brasa
E alva como um jasmim!
Vimos honrar a Jesus
Numas palhinhas deitado:
O candeio está sem luz
Numa arribana de gado.
Mas uma estrela dianteira
Arde no céu, que regala!
A palha ficou trigueira,
Os pastorinhos sem fala.
Dá-lhe calorzinho a vaca,
O carvoeiro uma murra,
A velha o que traz na saca,
Seus olho mansos a burra.
Já as janeiras vieram,
Os Reis estão a chegar,
Os anos amadurecem:
Estamos para durar!
Já lá vem Dom Melchior
Sentado no seu camelo
Cantar as loas de cor
Ao cair do caramelo.
O incenso, mirra e oiro,
Que cheirais e luzis tanto,
Não valeis aquele tesoiro
Do nosso Menino santo!
Abride a porta ao peregrino,
Que vem de num longe, à neve,
De ver nascer o Menino
Nas palhinhas do preseve.
Acabou-se esta cantiga,
Vamos agora à chacota:
Já enchemos a barriga,
Sigamos nossa derrota!
Rico vinho, santa broa
Calça o fraco, veste os nus!
Voltaremos a Lisboa
Pró ano, querendo Jesus
Mandai-nos abrir a porta,
Ponde a toalha na mesa
Com caldo quente da horta!
Teni, ferrinhos de prata,
Ao toque desta sanfona!
Trazemos ovos de prata
Fresquinhos, prá vossa dona.
Senhora dona de casa,
À ilharga do seu Joaquim,
Vermelha como uma brasa
E alva como um jasmim!
Vimos honrar a Jesus
Numas palhinhas deitado:
O candeio está sem luz
Numa arribana de gado.
Mas uma estrela dianteira
Arde no céu, que regala!
A palha ficou trigueira,
Os pastorinhos sem fala.
Dá-lhe calorzinho a vaca,
O carvoeiro uma murra,
A velha o que traz na saca,
Seus olho mansos a burra.
Já as janeiras vieram,
Os Reis estão a chegar,
Os anos amadurecem:
Estamos para durar!
Já lá vem Dom Melchior
Sentado no seu camelo
Cantar as loas de cor
Ao cair do caramelo.
O incenso, mirra e oiro,
Que cheirais e luzis tanto,
Não valeis aquele tesoiro
Do nosso Menino santo!
Abride a porta ao peregrino,
Que vem de num longe, à neve,
De ver nascer o Menino
Nas palhinhas do preseve.
Acabou-se esta cantiga,
Vamos agora à chacota:
Já enchemos a barriga,
Sigamos nossa derrota!
Rico vinho, santa broa
Calça o fraco, veste os nus!
Voltaremos a Lisboa
Pró ano, querendo Jesus
O NATAL NA POESIA PORTUGUESAfoi o título escolhido para mais uma sessão de leitura de poemas por elementos do Grupo Thíasos e vários autores das Edições MinervaCoimbra, num serão que encerrou as Terças-Feiras de Minerva de 2005.
Foram lidos poemas de David Mourão-Ferreira, Miguel Torga, José Régio, Sofia de Mello Breyner e Vitorino Nemésio, bem como de autores da Colecção Poesia Minerva. José Ribeiro Ferreira, Júlio Correia e Maria Lucília Mercês de Mello leram poemas de sua autoria e Helena Rainha leu poemas de Isabel Rainha.
Pelo Thíasos estiveram a Amélia, o Rodrigo e a Patrícia, e a sessão contou ainda com a participação de Dalila Pinho Dinis.
As Terças-Feiras de Minerva regressam em 2006.
sexta-feira, dezembro 23, 2005
Estórias do dia a dia de uma farmácia reunidas em livro
As Edições MinervaCoimbra apresentaram recentemente o livro “Estórias que fazem a história de uma farmácia”, da autoria de Manuela Sinde Filipe, com ilustrações de José Maria Pimentel. A sessão decorreu na Casa da Cultura, perante uma sala que foi pequena para acolher todos os que quiseram acompanhar a autora, e na apresentação da obra participaram Paula Inês Dinis, Paulo Monteiro, ambos farmacêuticos, e Ana Maria Botelho.
No início da sessão, a editora, Isabel de Carvalho Garcia, salientou que “contrariamente aquilo que se pode pensar, ao pegar neste livro, de que é somente algo para nos divertirmos, dadas as estórias curiosas que aqui se transcrevem, este livro é sobretudo um documento etnográfico”.
Um registo do discurso do interior do país, já que Manuel Sinde Filipe trabalhou quase 28 anos numa farmácia em Côja, Arganil, mas que também inclui o meio citadino onde finalizou a carreira de técnica farmacêutica. “É um trabalho sério”, referiu ainda Isabel de Carvalho Garcia, “já que a nossa história se faz destas pequenas estórias”.
Aspecto curioso, destacou ainda, é o facto da autora apresentar na obra exemplos de algumas receitas médicas, muitas delas ilegíveis, um pouco para demonstrar a grande dificuldade que muitas vezes os profissionais de farmácia enfrentam para atender correctamente os clientes.
Para Paula Inês Dinis, esta é uma obra que retrata de forma exemplar a dificuldade de estar ao balcão de uma farmácia, pela diversidade de público com que se contacta diariamente. Para esta profissional, a memória da farmácia de oficina enriquecida fica mais enriquecida com este livro de valor etnográfico, “que reflecte palavras, pensamentos e modos de estar que com o evoluir da sociedade vão desaparecendo”.
As estórias contadas a partir de papéis que a autora foi reunindo ao longo dos anos, torna-se ainda mais rica dado que muitos destes papéis, “pela sua antiguidade, já têm um valor redobrado”, referiu ainda Paula Inês Dinis.
“Com o desejo de perpetuar no presente estórias que, talvez, possam vir a ter algum valor etnográfico, ilustrando os usos e costumes, o espírito e a cor do nosso povo”, Manuela Sinde Filipe mostra nesta obra uma outra faceta das farmácias.
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Campanha de Natal
Para assinalar o Natal, as Livrarias Minerva estão a promover uma campanha de desconto na aquisição de livros em qualquer dos três estabelecimentos.
A campanha decorre até final de Janeiro.
Livrarias Minerva
. Rua de Macau, 52 (Bairro Norton de Matos)
. Rua dos Gatos, 10 (junto à Portagem)
. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (piso 3)
A campanha decorre até final de Janeiro.
Livrarias Minerva
. Rua de Macau, 52 (Bairro Norton de Matos)
. Rua dos Gatos, 10 (junto à Portagem)
. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (piso 3)
quarta-feira, dezembro 21, 2005
terça-feira, dezembro 20, 2005
domingo, dezembro 18, 2005
Saldos Privados na Galeria Minerva
sexta-feira, dezembro 16, 2005
São Tomé e Príncipe, um paraíso esquecido
Livro é “testemunho para a sedimentação do conhecimento de uma época”
São Tomé e Príncipe, um paraíso esquecido
«Escravos do Paraíso» não é um romance e, apesar de contar a história de São Tomé e Príncipe, não deve ser confundido com o «Equador».
A mais recente obra do jornalista António Bondoso foi apresentada ontem ao Porto, no Palácio da Bolsa.
António Bondoso tem uma ligação muito especial a São Tomé e Príncipe, as ilhas que considera terem sido “inventadas por Deus e abençoadas pela natureza africana mas que, por razões históricas, não terão sido tão bem tratadas quanto mereciam”. Foi aos três anos que o jornalista viu pela primeira vez este paraíso perdido, foi lá que cresceu, estudou e casou. Em 1974 regressou a Portugal e entre 1994 e 2000 viveu em Macau. No entanto, nunca esqueceu a terra africana com a qual mantém até hoje uma ligação muito forte. António Bondoso considera que “São Tomé e Príncipe foi sempre a mais esquecida de todas as colónias portuguesas”. E acrescenta: “Até 1995, ano em que houve o golpe, quase ninguém falava das ilhas e eu era quase a única excepção ao nível do jornalismo português”. É por isso que agora, António Bondoso dedica «Escravos do Paraíso» a São Tomé e a todos os santomenses, considerando esta homenagem uma das suas inúmeras tentativas de “remar contra a maré” - do esquecimento e do desconhecimento.
A apresentação do livro, editado pela MinervaCoimbra, esteve a cargo do jornalista e escritor Leonel Cosme que o caracterizou como “uma grande reportagem feita em jeito de crónica que dá a fala a diversos historiadores mas também aos protagonistas da história de São Tomé”. De facto, António Bondoso também confirmou que esta obra “não é um romance” e evidenciou que “compará-la ao «Equador de Miguel Sousa Travares” seria “trair” a sua ideia. Para o jornalista este é “um livro em discurso directo em que as pessoas dizem o que pensam da sua vivência em São Tomé”.
A obra percorre os períodos mais marcantes da história das duas ilhas desde a chegada dos primeiros colonos no século XV à descolonizarão pós-25 de Abril.
Ana Sereno | O Primeiro de Janeiro
Anteontem, dia 14, o livro foi alvo de um outro lançamento, desta vez em Lisboa, com apresentação da Dra. Olinda Beja.
"Um livro de mulheres"
“Entre Mondego e Cubango” é o título do novo romance de Isabel Rainha, apresentado na última Terça-feira de Minerva por Maria Aparecida Ribeiro.
O romance dá conta da história de uma família da burguesia rural do distrito de Coimbra que nos anos vinte e, mais tarde, na década de cinquenta, procura em Angola a realização dos seus sonhos e a solução para os seus problemas.
E é exactamente “uma visão não exótica sobre África, mas uma visão de uma África como uma terra agradável e igual” que se pode encontrar nesta obra, como salientou Maria Aparecida Ribeiro.
Passada entre o ano de 1900 e o de 2000, esta obra de ficção reflecte alguns dos problemas do país ao longo do século XX. No decurso da história, vão-se sucedendo os conflitos sociais, os amores, os preconceitos, as doenças e a maneira de as tratar, que revelam o modo de encarar a vida em cada época e em dois espaços diferentes, numa pacata vila nos arredores de Coimbra e na maior colónia da República.
Mas o que mais atrai no livro, segundo Maria Aparecida Ribeiro, é que é “basicamente, um livro de mulheres”, afirmou. “É que ali se encontram muitos pontos de vista femininos, mas de mulheres fortes, que constituem as personagens centrais do livro”. E o facto de ser um livro de mulheres, faz também com que se consiga perceber, ao longo da obra, os padrões da educação feminina nas épocas retratadas.
As personagens principais são Leonor e o filho, Henrique, ambos vítimas do preconceito de uma sociedade hipócrita. A história da família é contada por uma das filhas de Henrique que se interessa pela história da avó materna quando descobre algumas cartas e diários no sótão da casa de família. Não tendo conhecido a avó, da qual pouco sabe porque todos fazem questão de a deixar envolta num conveniente mistério, é através daquele pequeno espólio que vai reconstituindo a história da família que habitou a Quinta dos Loureiros.
Isabel Rainha referiu que o livro se baseia na sua própria vivência, em Portugal e em África, e nas vivências que assimilou de conversas com os seus familiares, nomeadamente o pai.
Durante a sessão de lançamento foram lidos alguns trechos da história pela escritora Helena Rainha, Isabel de Carvalho Garcia leu dois poemas da autora, também editados pela MinervaCoimbra, e a própria Isabel Rainha leu um poema inédito de sua autoria.
quarta-feira, dezembro 14, 2005
O Natal na poesia portuguesa
A Livraria Minerva, o Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e o Director da Colecção Poesia Minerva, promovem na próxima terça-feira, dia 20, a última sessão das Terças-feiras de Minerva de 2005.
O NATAL NA POESIA PORTUGUESA foi o título escolhido para mais uma sessão de leitura de poemas por elementos do Grupo Thíasos e todos quantos queiram participar.
Além dos autores da MinervaCoimbra, serão também lidos poemas de David Mourão-Ferreira, Miguel Torga, José Régio, Sofia de Mello Breyner e Vitorino Nemésio.
A sessão, de ENTRADA LIVRE, tem início marcado para as 21h30 horas, na Livraria Minerva (Rua de Macau 52, ao Bairro Norton de Matos), em Coimbra.
O NATAL NA POESIA PORTUGUESA foi o título escolhido para mais uma sessão de leitura de poemas por elementos do Grupo Thíasos e todos quantos queiram participar.
Além dos autores da MinervaCoimbra, serão também lidos poemas de David Mourão-Ferreira, Miguel Torga, José Régio, Sofia de Mello Breyner e Vitorino Nemésio.
A sessão, de ENTRADA LIVRE, tem início marcado para as 21h30 horas, na Livraria Minerva (Rua de Macau 52, ao Bairro Norton de Matos), em Coimbra.
ESTÓRIAS que fazem a história DE UMA FARMÁCIA
Manuela Sinde Filipe (à direita) mostra a Maria Aparecida Ribeiro algumas das histórias curiosas que compõem o seu livro
Lançamento dia 18
"ESTÓRIAS que fazem a história DE UMA FARMÁCIA"
Manuela Sinde Filipe
16h00, Casa da Cultura, Rua Pedro Monteiro, Coimbra
Apresentação pelos Drs. Paula Inês Dinis e Paulo Monteiro
"ESTÓRIAS que fazem a história DE UMA FARMÁCIA"
Manuela Sinde Filipe
16h00, Casa da Cultura, Rua Pedro Monteiro, Coimbra
Apresentação pelos Drs. Paula Inês Dinis e Paulo Monteiro
«Esta obra retrata de forma exemplar a dificuldade de estar ao balcão de uma Farmácia, pela diversidade de público com que se contacta diariamente. Julgo ficar a Farmácia de Oficina enriquecida com um livro de valor etnográfico, que reflecte palavras, pensamentos e modos de estar que com o evoluir da sociedade vão desaparecendo.» - Paula Inês Dinis, Farmacêutica
«Para além da originalidade do tema e da forma como é tratado, a Autora, também nos “ensina”, as várias utilizações do óleo de rícino e que até as galinhas têm piolhos! Que as bolas de naftalina podem matar as toupeiras e o que é o “batocar” dos pipos! Revela-nos como se destilava a água e o que são e para que servem “escamas de peixe”!» - Ana Maria Botelho
Manuela Sinde Filipe nasceu em Barril de Alva, Arganil, no ano de 1957.
Num momento de impasse do seu percurso de estudante, a autora foi surpreendida com uma proposta para ocupar as suas férias de verão numa farmácia. É aqui que este livro começa. São 28 anos de vivência num lugar que muitos ainda desconhecem.
Estas “Estórias” de tão longas “férias” terminaram no final de 2001, momento em que Manuela Sinde Filipe rumou a Coimbra, onde continuou a exercer o lugar de Técnica Farmacêutica, durante mais 3 anos, desta feita numa farmácia bem citadina, com fortes contrastes, com o que até então conhecera.
Aqui as “Estórias” são bem diferentes mas completam o conjunto que a autora se dispôs a partilhar com os leitores.
“Com o desejo de perpetuar no presente estórias que, talvez, possam vir a ter algum valor etnográfico, ilustrando os usos e costumes, o espírito e a cor do nosso povo”, Manuela Sinde Filipe mostra-nos, com todo o carinho, uma outra faceta das farmácias.
«Para além da originalidade do tema e da forma como é tratado, a Autora, também nos “ensina”, as várias utilizações do óleo de rícino e que até as galinhas têm piolhos! Que as bolas de naftalina podem matar as toupeiras e o que é o “batocar” dos pipos! Revela-nos como se destilava a água e o que são e para que servem “escamas de peixe”!» - Ana Maria Botelho
Manuela Sinde Filipe nasceu em Barril de Alva, Arganil, no ano de 1957.
Num momento de impasse do seu percurso de estudante, a autora foi surpreendida com uma proposta para ocupar as suas férias de verão numa farmácia. É aqui que este livro começa. São 28 anos de vivência num lugar que muitos ainda desconhecem.
Estas “Estórias” de tão longas “férias” terminaram no final de 2001, momento em que Manuela Sinde Filipe rumou a Coimbra, onde continuou a exercer o lugar de Técnica Farmacêutica, durante mais 3 anos, desta feita numa farmácia bem citadina, com fortes contrastes, com o que até então conhecera.
Aqui as “Estórias” são bem diferentes mas completam o conjunto que a autora se dispôs a partilhar com os leitores.
“Com o desejo de perpetuar no presente estórias que, talvez, possam vir a ter algum valor etnográfico, ilustrando os usos e costumes, o espírito e a cor do nosso povo”, Manuela Sinde Filipe mostra-nos, com todo o carinho, uma outra faceta das farmácias.
Saldos Privados
A Galeria Minerva convida para a inauguração da exposição de pintura de MARÍLIA ABREU - “Saldos Privados".
Dia 17 de Dezembro de 2005 (sábado), pelas 18 horas.
Galeria Minerva, Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos, Coimbra.
A exposição poderá ser visitada até ao próximo dia 17 de Janeiro de 2006, de segunda a sábado, das 10 às 13 horas e das 15 às 20 horas.
terça-feira, dezembro 13, 2005
Lançamento de livro de Vitor Gonçalves
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