sexta-feira, fevereiro 25, 2022

" MISCELÂNIA POÉTICA" DE AMÉLIA JANNY . RECOLHA E ORGANIZAÇÃO DE MANOEL ZOLINO DA SILVA FIGUEIREDO. MINERVACOIMBRA, 2003

 



Assinalam-se a 25 de Fevereiro os 180 anos de Amélia Janny.
Em 2003 as Edições MinervaCoimbra publicaram "Miscelânia Poética" de Amélia Janny, com recolha e organização do Dr. Maoel Zolino da Silva Figueiredo, numa edição que resultou de uma homenagem que a Câmara Municipal de Coimbra e o Grupo de Salatinas levou então a efeito. Este livro encontra-se disponível e pode ser aqduirido através do site https://www.minervacoimbra.pt/ ou por mail: minervacoimbra@gmail.com

Neste ano, a 25 de Fevereiro de 2022, a Câmara Municipal de Coimbra vai «homenagear a mulher que se tornou um símbolo da cidade, através da realização de uma exposição de fotografia e de uma conferência evocativa, na Casa da Escrita, a partir das 18h00.»

A sessão evocativa do nascimento de Amélia Janny, na próxima sexta-feira, decorre a partir das 18h00, com a inauguração da exposição “Amélia Janny e os Seus Amigos”. A exposição, de entrada livre, estará patente na Casa da Escrita até 3 de junho, de segunda a sexta-feira (das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 18h00). A mostra dará a conhecer registos fotográficos que evidenciam a evolução do aspeto físico de Amélia Janny, num tempo em que a fotografia dava os primeiros passos. A organização da exposição resultou de uma investigação levada a cabo por Alexandre Ramires, nome incontornável da história da fotografia.

 

Para além de fotografias da homenageada estarão também presentes fotografias de alguns poetas e escritores com quem Amélia Janny cultivou uma vida cultural e académica, como Antero de Quental, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão ou Camilo Castelo Branco, entre outros protagonistas da Geração de 70.

 

José Ribeiro Ferreira, professor catedrático jubilado da Universidade de Coimbra, irá proferir a conferência sob o tema “Evocação dos 180 Anos do Nascimento da Poeta Amélia Janny”.

 

Depois de inaugurada a exposição e antes da conferência, haverá lugar para um apontamento musical, a cargo de Magali Alvadia (percussionista) e Klaudia van Eenbergen (pianista), na qual serão apresentados originais da dupla de instrumentistas, que representam o percurso musical feito em conjunto pelas duas professoras de música a lecionar em Coimbra.

 

Com esta iniciativa, a CM de Coimbra pretende homenagear uma mulher singular, natural de Coimbra, que desde muito jovem demonstrou uma invulgar tendência e vocação para a poesia, tendo participado ativamente em saraus literários, tertúlias, cerimónias, festas e comemorações, na sua casa, na Couraça de Lisboa.

 

Amélia Janny cultivou amizades com António Feliciano Castilho, Antero de Quental, Guerra Junqueiro, João Penha, João de Deus, Camilo Castelo Branco, Manuel Pinheiro Chagas, José Ramalho Ortigão, António Cândido, Emília das Neves, entre outros.

"VERSOS CRUS" DE MOUSSETTE BRAGA [APRESENTAÇÃO EM COIMBRA] 26 DE FEVEREIRO. CASA MUNICIPAL DA CULTURA

 



Convite. Versos Crus" de Moussette Braga.
Apresentação por Maria Manuela Gouveia Delille.
Sábado, 26 de Fevereiro, 16h30, Sala Sá de Miranda, Casa Municipal da Cultura, em Coimbra.

In “Prolusão” por Isabel Segorbe: “[…] Ao longo das páginas, a verdade é que sentimos que qualquer coisa se suaviza, se pacifica; acabámos de sentir num trágico abalo dos dois últimos anos pandémicos uma disrupção do quotidiano e é como se esta voz nos chamasse a descobrir o perene. Não é difícil na leitura, como num pequeno truque de magia, sentirmo-nos convidados a juntar as nossas leituras criativas contra o distúrbio. Estruturas lineares e perspectivas autorais são, elas próprias, disruptivas nestes versos e, em verdade, tropeça-se em cada página numa escrita múltipla e muito livre!

Aprende-se, não apenas a olhar para as coisas nomeadas, mas particularmente para o que fica por dizer: os silêncios, os espaços em branco, a fuga pela página, a mudança de ângulo de visão, enfim, para tudo aquilo que subverte a autoridade centralizadora, escondida atrás da narradora. Sim, narração, pois descrevendo momentos/imagens contam-se as histórias que se querem... Penso ser aí que muitas vezes se descobrem os traços da poetisa (gosto da palavra!) no excluído imaginado!

A acutilância de cada frase mostra-se na constância da verbalização impressiva mas com uma leveza inesperada, como se nada fosse mais do que uma jarra de flores deixada fora do sítio, alheada, ... e, a partir dum certo momento, o jardim, lá fora, se preparasse para ela ser renovada e volte ao seu lugar, que ficou vago por distracção ou esquecimento.”


MOUSSETTE BRAGA (Martins Soares de Albuquerque Matos) nasceu no Porto. Vive em Coimbra onde fez o curso de Filologia Germânica, na Faculdade de Letras da Universidade desta cidade. Findos os seus estudos, ingressou na Escola Pública como professora das disciplinas de Inglês e Português durante cerca de 37 anos. Em simultâneo, foi também formadora de professores, tendo participado na Reforma do Sistema Educativo dos finais da década de 80. Formalizou um protocolo estabelecido entre a Direcção Regional de Educação do Centro, o Hospital Pediátrico de Coimbra e a escola Martim de Freitas, onde leccionava, no sentido de dar apoio docente nas várias disciplinas aos alunos ali internados. Foi coordenadora e professora nesse projecto.

Em 2004 publicou um livro de poesia "Marta e Maria".
Em 2020 participou no concurso de poesia, António Salvado, promovido pela C.M. de Castelo Branco, tendo o trabalho apresentado, Versos Crus, com o pseudónimo Matrioska, sido seleccionado entre os 13 melhores em língua portuguesa, numa participação de cerca de 1300 concorrentes (em conjunto os de língua portuguesa com os de língua castelhana concorrentes a outra obra nessa língua).
Terá sido este o principal impulso para a publicação deste livro.

quinta-feira, janeiro 20, 2022

"DISPERSOS E INÉDITOS" E "MEMÓRIAS DA CASA ALEMÃ" DE KARL HEINZ DELILLE [ APRESENTAÇÃO EM COIMBRA]

CONVITE. Apresentação dos livros 
"Dispersos e Inéditos" e "Memórias da Casa Alemã
de autoria do Prof. Doutor Karl Heinz Delille uma edição MinervaCoimbra/Fundação Marion Ehrhardt.

A apresentação de "Dispersos e Inéditos" será feita pela Prof. Doutora Maria de Fátima Gil e pelo Prof. Doutor João Nuno Corrêa-Cardoso e "Memórias da Casa Alemã" pelo Prof. Doutor Abílio Hernandez Cardoso

22 de Janeiro, 16h30, Hotel D. Inês em Coimbra. 

Karl Heinz Paul Delille (pelo lado materno van den Boom) passou a infância na cidade natal de Oberhausen e em Graz-Áustria. Curso liceal no Staatliches Humanistisches Altsprachliches Gymnasium mit Neusprachlichem Zweig oberhausen. Estudos Romanísticos, Anglísticos e Filosóficos em Munchen, Bonn, Madrid. 1963: Ershe Philologische Staatsprufung (Staatsexamen-Licenciatura); 1969: Doutoramento, ambos pela Universidade de Bonn. 

De 1963 a 2012 (com aposentação em 2004), nas funções de Leitor do DAAD (Anos lectivos 1963/64 - 1968/69), Professor Extraordinário (além do quadro) (1969-1981) e Professor Associado convidado (desde 1980), exerceu a docência em várias áreas: Ensino da Língua Alemã, Literatura do século XVIII ao século XX, História da Língua Alemã, Linguística Alemã e comparada, História/Teoria e crítíca da Tradução Literária, assim como na orientação de dissertações de licenciatura, de aptidão científica e pedagógica, de mestrado e de doutoramento, 1976-1007: direcção do Goethe-Institut de Coimbra "Casa Alemã". 

Sócio honorário da Associação Portuguesa de Estudos Germanísticos, do Centro de Estudos Ferreira de Castro, do Rotary Club de Coimbra. Co-fundador do Rotary-Club de Coimbra-Olivais. Medalha de Vermeil da cidade de Coimbra. Casado com Maria Manuela Nobre Gouveia Delille; tem três filhos, cinco netos e um bisneto.

quinta-feira, dezembro 02, 2021

A LIÇÃO DE PINTURA DE CRISTINA ROBALO CORDEIRO. APRESENTAÇÃO EM COIMBRA NA CASA DA ESCRITA [04 DEZEMBRO, 16H00]

CONVITE O Senhor Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, e a Senhora Editora da MinervaCoimbra, Isabel de Carvalho Garcia, têm o gosto de convidar V. Ex.ª para o lançamento do livro "A Lição de Pintura", de Cristina Robalo Cordeiro. A apresentação será feita por Clara Almeida Santos. A sessão terá lugar na Casa da Escrita, R. João Jacinto 8, em Coimbra, no dia 4 de Dezembro, pelas 16h00.

segunda-feira, maio 24, 2021

DISPERSOS E INÉDITOS DE KARL HEINZ DELILLE. EDIÇÃO MINERVACOIMBRA/FUNDAÇÃO MARION EHRHARDT [APRESENTAÇÃO HOJE] BIBLIOTECA MUNICIPAL FERREIRA DE CASTRO


Apresentação do livro "Dispersos e Inéditos"
de Karl Heinz Delille.
Inserido no programa de Comemorações do Aniversário
de Nascimento de Ferreira de Castro.

Biblioteca Municipal Ferreira de Castro,
Oliveira de Azeméis,
24 de Maio, 19h00.

***

O presente volume reúne uma série de dispersos e inéditos, escritos ao longo de meio século de acção docente e de investigação, assim como de intervenção científico-cultural, no âmbito da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, textos relacionados com questões quer da Linguística (em sentido lato e específico, incluindo a docência e aquisição de línguas), quer da Literatura, da História, Teoria e Crítica da Tradução Literária e da Cultura em geral, tocantes à relação entre os dois países, Portugal (não esquecendo o Brasil) e a Alemanha ou, melhor dizendo, o espaço da Língua Alemã; em 520 páginas, textos em português e alemão. Uma edição MinervaCoimbra/Fundação Marion Ehrhardt minervacoimbra@gmail.com www.minervacoimbra.pt https://www.facebook.com/minervacoimbraed/

Karl Heinz Paul Delille, pelo lado materno van den Boom, 83 anos, infância passada na cidade natal de Oberhausen e em Graz-Áustria. Curso liceal (9 anos) no Staatliches Humanistisches Altsprachliches Gymnasium mit Neusprachlichem Zweig oberhausen. Estudos Romanísticos, Anglísticos e Filosóficos em Munchen, Bonn, Madrid. 1963: Ershe Philologische Staatsprufung (Staatsexamen-Licenciatura); 1969: Doutoramento, ambos pela Universidade de Bonn. De 1963 a 2012 (com aposentação em 2004), nas funções de Leitor do DAAD (Anos lectivos 1963/64 -1968/69), Professor Extraordinário (além do quadro) (1969-1981) e Professor Associado convidado (desde 1980), exerceu a docência em várias áreas: Ensino da Língua Alemã, Literatura do século XVIII ao século XX, História da Língua Alemã, Linguística Alemã e comparada, História/Teoria e crítíca da Tradução Literária, assim como na orientação de dissertações de licenciatura, de aptidão científica e pedagógica, de mestrado e de doutoramento, 1976-1007: direcção do Goethe-Institut de Coimbra "Casa Alemã". Sócio honorário da Associação Portuguesa de Estudos Germanísticos, do Centro de Estudos Ferreira de Castro, do Rotary Club de Coimbra. Co-fundador do Rotary-Club de Coimbra-Olivais. Medalha de Vermeil da cidade de Coimbra. Casado com Maria Manuela Nobre Gouveia Delille; tem três filhos, cinco netos e um bisneto.

DISPERSOS E INÉDITOS DE KARL HEINZ DELILLE. APRESENTAÇÃO BIBLIOTECA MUNICIPAL FERREIRA DE CASTRO. EDIÇÃO MINERVACOIMBRA/FUNDAÇÃO MARION EHRHARDT [24 DE MAIO, 19H00]

Apresentação do livro "Dispersos e Inéditos"
de Karl Heinz Delille
Inserido no programa de Comemorações do Aniversário
de Nascimento de Ferreira de Castro


[acontece]

📚Apresentação do livro "Dispersos e Inéditos" de Karl Heinz Delille📚
24 maio 2021 | 19h00 | BMFC
Inserido no programa de Comemorações do Aniversário de Nascimento de Ferreira de Castro, 24 de maio de 1898, a biblioteca municipal recebe a apresentação do livro "Dispersos e Inéditos" de Karl Heinz Delille (da Universidade de Coimbra).

quarta-feira, maio 20, 2020

"OS MICROFONES DA RÁDIO: DO PORTUENSE À DELÍRIO" DE ROGÉRIO SANTOS [JÁ DISPONÍVEL]




Já disponível: 
"Os Microfones da Rádio: do Portuense à Delírio" de Rogério Santos

A apresentação foi adiada devido à pandemia. Confirmaremos nova data. Para já podem fazer as vossas encomenda para: minervacoimbra@gmail.com //www.minervacoimbra.pt

O preço de lançamento tem um desconto de 10% e os portes são por conta da editora. Este livro é o nr. 7 da Coleção Comunicação História e Memória dirigida pela Prof. Doutora Isabel Nobre Vargues.



O livro traça uma história da rádio no Porto, a abranger o período compreendido entre a década de 1930, início humilde das estações no momento da implantação do Estado Novo, e o final da década de 1980, quando legalizado o movimento das rádios livres, já em pleno regime democrático. O autor reconhece a sua dívida ao Porto, cidade onde começou a ouvir rádio, e presta homenagem a estações como Portuense Rádio Clube, Rádio Clube Lusitânia, Rádio Caos e Rádio Delírio. Apesar de desaparecidas no tempo, a sua grandecriatividade dignificou muito a cidade. A assunção de uma cultura própria (portuense, do Norte), a incluir concursos de cantadeiras, produtores de teatro, empresas discográficas e crítica jornalística, funcionaria como suporte a conjunto fértil de atividades em volta da indústria da rádio.




Rogério Santos foi professor associado e coordenador científico da área de Ciências da Comunicação na Universidade Católica Portuguesa (agora aposentado). Lecionou, entre outras matérias, Teorias da Comunicação, Públicos e Audiências, Sociologia do Jornalismo e História dos Media. No presente, é investigador em ciênciassociais e humanas no Centro de Estudos de Comunicação e Cultura, onde trabalha no projeto Broadcasting in the Portuguese Empire: Nationalism, Colonialism, Identity (BiPE), financiado pela FCT e FEDER.
Publicou livros sobre história da rádio e das telecomunicações, jornalismo e media. Títulos recentes: Estudos da Rádio em Portugal (2017), A Emissora Nacional e as Mudanças Políticas, 1968-1975 (2017), e Sintonias da Rádio em Lisboa, 1924-1975 (2018).

quarta-feira, fevereiro 19, 2020

AQUILINO RIBEIRO NA DITADURA MILITAR E NO ESTADO NOVO DE SALAZAR (1926-1963) [APRESENTAÇÃO EM COIMBRA, 21 DE FEVEREIRO, 18H00] CASA MUNICIPAL DA CULTURA


Convite

As Edições MinervaCoimbra, o Director da Colecção 
Minerva-História e o Autor
têm o prazer de convidar para o lançamento de 

Aquilino Ribeiro na Ditadura Militar 
e no Estado Novo de Salazar (1926-1963) 

de Renato Nunes

A apresentação será feita pelo por Prof. Doutor Luís Reis Torgal e a sessão realiza-se no próximo dia 21 de Fevereiro, sexta-feira, pelas 18h00
na Casa Municipal da Cultura, Rua Pedro Monteiro, Coimbra. 

                                                         ***

Neste livro, que resulta de um projecto amadurecido ao longo de 12 anos, analisa-se o percurso sui generis de um homem que teve como programa de vida (o grande sentido da sua existência) ser escritor profissional, num país pouco povoado, marcado por elevadas taxas de analfabetismo e onde os direitos de autor eram quase uma miragem. Numa época (Ditadura Militar e Estado Novo) marcada pela censura e pela repressão. A representação do autor, desse percurso de Aquilino Ribeiro, pretende afirmar se como mais um contributo para desvendar a vida de um mestre lido, admirado e recomendado, até mesmo por António de Oliveira Salazar, como de resto se comprova pelas palavras que o ditador proferiu ao jornalista francês Frédéric Lefèvre: “Comece o seu inquérito por Aquilino. É um inimigo do regime. Dir-lhe-á mal de mim, mas não me importa: é um grande escritor”.

Renato Nunes nasceu em Lille, França (3/7/1980), mas passou grande parte da sua infância e adolescência em Vila Franca da Beira, no concelho de Oliveira do Hospital. Licenciou-se em História, Ramo de Formação Educacional, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2003), especializou-se em Educação Especial, pelo ISCE, em 2011 (domínio Cognitivo e Motor) e concluiu o doutoramento em História, na especialidade “Representações, poderes e práticas culturais”, pela Universidade Aberta (2019).

Em 2007, deu à estampa o livro Miguel Torga e a PIDE. A repressão e os escritores no Estado Novo, integrado na colecção Minerva-História. Publicou também as seguintes obras literárias Construir sentidos (2012) e Pedra após pedra. A palavra (2019), que assinou com o pseudónimo de Fernando Alva.
Entre 2003 e 2012, leccionou a disciplina de História (3.º ciclo e Ensino Secundário), em Portugal continental e na Região Autónoma dos Açores (Terceira, São Jorge e Pico). Actualmente, é professor de Educação Especial e colaborador do Centro de Estudos Interdisciplinares do século XX da Universidade de Coimbra (CEIS/20).

sexta-feira, fevereiro 07, 2020

MUNDANDAR DE ANTÓNIO AUGUSTO MENANO [APRESENTAÇÃO 14 DE FEVEREIRO, 18 H30, BIBLIOTECA MUNICIPAL] FIGUEIRA DA FOZ



Convite


Lançamento do livro "Mundandar" de António Augusto Menano
Apresentação por António Pedro Pita, Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. 

Biblioteca Municipal Santos Rocha, R. Calouste Gulbenkian 70.

Capa de autoria de Rebeca Lacerda Quinteiro.


Sobre o livro:


“INSTANTES PERENES”
«Mundandar», este mais recente livro de António Augusto Menano, é uma obra que, de certa maneira, estava prometida aos seus leitores.
Desde a publicação, em «Tempo vivo» (1963), de um breve ciclo intitulado “Viagens”, a temática instalou-se no centro deste itinerário poético. Desenvolveu-se, depois, num duplo registo: a viagem que existe em mim, uma viagem que eu sou,o trabalho que o indivíduo precisa de fazer sobre si próprio para se tornar, finalmente, o que é; e uma outra viagem que precisa (ou requer) que essa construção de subjetividade ocorra pela mediação efetiva das diferenças (geográficas, culturais, sociais) que só o direto conhecimento do mundo pode proporcionar.
Com a sua fixação em Macau, onde viveu entre 1988 e 1992, e de onde de certo modo nunca regressou, António Augusto Menano alargou extensamente a sua geografia afetiva. Disso foi dando conta na poesia de
«Poemas do Oriente», 1991, «Poemas de Macau», 2007 e «Poemas da Roxa Aurora», 2009 e, na ficção, em «Inominável Segredo», 1993, «Qual o Começo de Tudo Isto?», 1996 e «A Guardiã», 2000. Sem esquecer “Sinais da Cultura Portuguesa no Oriente”, publicado em 2017, uma longa e informada, fragmentada e apaixonada revisão dos modos de presença da história e da cultura portuguesas no Oriente, revisão pelo recurso a “sinais”, que, para cintilarem expressivamente, necessitam mais do olhar do poeta que da atenção do historiador ou do antropólogo.
«Mundandar» é o atlas poético-afetivo do percurso de António Augusto Menano. Sem dúvida, naquele sentido em que assinala lugares de eleição, percursos, aventuras, cumplicidades em muitas latitudes e longitudes os lugares que os viajantes gostam de dizer que conhecem. Mas, acima de tudo, nesse outro sentido concentrado na epígrafe de Paul Valéry: “Há em nós algo de semelhante ao que nos ultrapassa”.
Nos seus melhores momentos – e há nesta obra poemas particularmente belos, intensos, comoventes –, «Mundandar” é o atlas ou a crónica ou fulguração do que, em certas circunstâncias (que se tornam “instantes perenes”), revela o que em cada um de semelhante ao que o ultrapassa. Essa revelação não seria possível sem a viagem.
Por isso, desde os seus inícios obsessivamente sintonizado com várias modalidades da viagem, isto é: da alteridade, o percurso literário de António Augusto Menano há muito trazia em si, como possibilidade iminente, o livro agora editado.
Poemas de viagens ou de viagem? Certamente. Mas, sobretudo, fragmentos (porque só há fragmentos), iluminações dessa funda experiência existencial que é viver (n)aquilo mesmo que nos ultrapassa.
ANTÓNIO PEDRO PITA





ANTÓNIO AUGUSTO MENANO

Personalidade incontornável da Figueira da Foz, de Portugal e  mesmo além fronteiras, António Augusto Menano,  tem uma vasta intervenção cultural, cívica, social e política. Entre outros,  foi distinguido com a Medalha de Prata Dourada da Cultura da Câmara Municipal da Figueira da Foz (2011) e a Medalha de Mérito da Cruz Vermelha.



António Augusto Menano nasceu em Coimbra em 6 de Maio 1937. Viveu em Macau durante alguns anos, tendo visitado grande parte dos países do Oriente. Reside actualmente na Figueira da Foz, onde passou a maior parte da sua vida. Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra até ao 4º ano, inclusive. Teve várias profissões: agente de seguros, agente transitário, delegadogeral de Publicações Imbondeiro de Angola, leitor e encarregado de
publicidade de Publicações Europa-América, escreveu para a rádio o programa “O Casal Caeiro, conversa acerca de literatura”. Esteve ligado à gestão, nomeadamente hospitalar, à vida política activa (foi vereador da Câmara Municipal da Figueira da Foz, entre 1982 e 1988, ocupando-se de vários pelouros, com destaque para os da cultura, acção-social, acção cooperativa, habitação, cemitérios, transportes e trânsito. Colaborou na generalidade da imprensa cultural portuguesa, revistas e suplementos de cultura e arte, entre os quais, a de A Capital, O Século, Diário de Lisboa, O Primeiro de Janeiro, O Diário, Vida Mundial (crítica de poesia) e Jornal de Notícias onde organizou os
suplementos de homenagem a Ferreira de Castro, e o primeiro, na imprensa portuguesa, dedicado à ficção científica. Escreveu sobre cinema nas revistas: Via Latina, Vértice, Imagem e Celulóide. Dirigiu suplementos literários na imprensa regional cujos primeiros e terceiros encontros co-organizou. Colaborou também na imprensa portuguesa de Macau (Comércio de Macau e Revista de Macau) tem poesia sua traduzida e publicada em mandarim e inglês.
Foram-lhe atribuídos os seguintes prémios: “Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama”, “Prémio Nacional de Poesia Fânzeres”, “Prémio Nacional de Poesia Oliva Guerra”. Menções honrosas nos prémios: “Fernando Pessoa”, “Bocage” e Universitária Editora; Segundo prémio de conto, no concurso “90 anos do Banco Nacional Ultramarino de Macau” em 1992. “Cunca das Artes 2009” da Associação de Amizade e Arte Galego- Portuguesa, de que é sócio honorário.
Dedica-se desde 1985 à pintura tendo exposto em Portugal, Espanha,
França, Estados Unidos e Macau.

quinta-feira, janeiro 23, 2020

CONVITE "AQUILINO RIBEIRO NA DITADURA MILITAR E NO ESTADO NOVO DE SALAZAR" DE RENATO NUNES [LANÇAMENTO NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DO HOSPITAL [24 DE JANEIRO, 18H00]




Lançamento do livro “Aquilino Ribeiro na Ditadura Militar e no Estado Novo de Salazar (1926‑1963)” 
de autoria de Renato Nunes

No ano em que se assinalam os 135 anos do nascimento de Aquilino Ribeiro (nasceu a 13 de setembro de 1885) o Município do Carregal do Sal e as Edições MinervaCoimbra promovem na próxima sexta feira, dia 24 de janeiro, pelas 18h00, na Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital o lançamento do mais recente livro de autoria do professor Renato Nunes,
Aquilino Ribeiro na Ditadura Militar e no Estado Novo de Salazar (1926-1963)”,
que resulta da tese de doutoramento do autor, defendida em Maio, tendo obtido a classificação de 19 valores.  
A apresentação será feita pelo Professor Doutor Luís Filipe Torgal.
Renato Nunes tem as suas origens associadas ao concelho de Oliveira de Hospital, onde estudou e ao qual continua a estar ligado por laços afectivos e familiares. 


O livro
“Aquilino Ribeiro na Ditadura Militar e no Estado Novo de Salazar (1926‑1963)”, de Renato Nunes, resulta de um projecto 
amadurecido ao longo de 12 anos. O autor analisa o percurso sui generis de um homem que teve como programa de vida
 (o grande sentido da sua existência) ser escritor profissional, num país pouco povoado, marcado por elevadas taxas de 
analfabetismo e onde os direitos de autor eram quase uma miragem. Numa época (Ditadura Militar e Estado Novo) marcada 
pela censura e pela repressão.
A representação, do autor, desse percurso de Aquilino Ribeiro pretende afirmar‑se como mais um contributo para desvendar a vida de um mestre lido, admirado e recomendado, até mesmo por António de Oliveira Salazar, como de resto se comprova pelas palavras que o ditador proferiu ao jornalista francês Frédéric Lefèvre: 
“Comece o seu inquérito por Aquilino. É um inimigo do regime. Dir-lhe-á mal de mim, mas não me importa: é um grande escritor”. 
Este livro é o n.º 30 da colecção Minerva-História, da MinervaCoimbra, dirigida pelo Prof. Doutor Luís Reis Torgal. Na mesma colecção,  Renato Nunes publicou em 2007, "Miguel Torga e a Pide – a repressão e os escritores no Estado Novo".

O Autor
Renato Nunes nasceu em Lille, França (3/7/1980), mas passou grande parte da sua infância e adolescência em Vila Franca da Beira, no concelho de Oliveira do Hospital. Licenciou-se em História, Ramo de Formação Educacional, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2003), especializou-se em Educação Especial, pelo ISCE, em 2011 (domínio Cognitivo e Motor) e concluiu o doutoramento em História, na especialidade “Representações, poderes e práticas culturais”, pela Universidade Aberta (2019).
Em 2007, deu à estampa o livro Miguel Torga e a PIDE. A repressão e os escritores no Estado Novo, integrado na colecção Minerva-História. Publicou também as seguintes obras literárias Construir sentidos (2012) e Pedra após pedra. A palavra (2019), que assinou com o pseudónimo de Fernando Alva.
Entre 2003 e 2012, leccionou a disciplina de História (3.º ciclo e Ensino Secundário), em Portugal continental e na Região Autónoma dos Açores (Terceira, São Jorge e Pico). Actualmente, é professor de Educação Especial e colaborador do Centro de Estudos Interdisciplinares do século XX da Universidade de Coimbra (CEIS/20).

terça-feira, maio 28, 2019

"RESGATE DA DIGNIDADE: A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS E OS 40 ANOS DO SNS" COORDENAÇÃO DE JOSÉ MARTINS NUNES [APRESENTAÇÃO EM COIMBRA, HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMAS] 3 DE JUNHO, SEGUNDA FEIRA, 18H00





CONVITE

As Edições MinervaCoimbra, o Coordenador da obra
José Martins Nunes e os seus autores 
Agostinho Branquinho, Ana Paula Martins, 
André Dias Pereira, Cláudia Monge, 
Fernando Araújo, Fernando Leal da Costa, 
João Carvalho das Neves, José Carlos Lopes Martins, 
José Martins Nunes, José Mendes Ribeiro, 
José Pedro Figueiredo, Luís de Almeida Sampaio, 
Óscar Gaspar e Paula Maia Fernandes 

convidam Vª Exª para a apresentação do livro 

Resgate da Dignidade: a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos e os 40 anos do SNS”.

Hotel Quinta das Lágrimas
no próximo dia 03 de Junho de 2019, pelas 18h00.

Prefácio do Dr. Álvaro Laborinho Lúcio e a apresentação
será feita pelo Prof. José Pedro Figueiredo, 
Prof. Adalberto Campos Fernandes,
e Prof. Vieira de Andrade.

As receitas do livro revertem a favor da “Associação
Dignitude”, Programa abem.
***

Assinalar quarenta anos do Serviço Nacional de Saúde sob a inspiração do septuagésimo aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos não pode constituir, nem constitui, a glosa de uma mera coincidência.”
“Desde logo, quando, na abordagem da evolução histórica do SNS, sem esquecer os seus antecedentes, se toma a protecção da saúde como Direito Fundamental e se aborda a questão da relação entre Direitos Humanos e Coesão Social, para tudo isso se buscando, também ao longo do tempo, o respaldo jurídico-político oferecido pelo texto Constitucional…”
“…a comemoração dos quarenta anos do Serviço Nacional de Saúde não pode também deixar de nos remeter para a análise crítica do «estado da arte» nos tempos complexos que atravessamos.”
            Álvaro Laborinho Lúcio