domingo, agosto 31, 2008

Livros Escolares na Livraria Minerva

A Livraria Minerva está a aceitar encomendas de LIVROS ESCOLARES.

Os pedidos podem ser feitos presencialmente na loja —
rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos —, via telefone 239 701117 ou através do e-mail minervacoimbra@gmail.com.

quarta-feira, agosto 27, 2008

"Até o Diabo tem as malas feitas" na Figueira da Foz

O Presidente do Rotary Club da Figueira da Foz, Carlos Vieira, as Edições MinervaCoimbra e o Autor têm a honra de convidar V. Exa. para a apresentação do livro

"ATÉ O DIABO TEM AS MALAS FEITAS"

de Henrique Pinto.

A apresentação do Autor será feita por Dores Escada (Rotary Club de Leiria) e a apresentação do livro por Isabel de Carvalho Garcia (Rotary Club de Coimbra).

A sessão realiza-se no próximo dia 28 de Agosto, pelas 21h30, no Hotel Mercure, Figueira da Foz.

Esta sessão aberta é promovida pelo Rotary Club da Figueira da Foz e insere-se na reunião semanal do Clube.



Henrique Pinto tem-se destacado a nível humanitário de Rotary International, da Fundação Rotária Internacional ou da Comunidade laica de Santo Egídeo, em Moçambique, ou, a nível cultural, enquanto criador do Orfeão de Leiria.

"Até o Diabo tem as malas feitas" é composto por um conjunto de textos publicados na imprensa por Henrique Pinto, embebidos, segundo o próprio, "no interesse por tudo o que é humano e no empenho no bem-estar alheio".

As viagens como consultor internacional e enquanto voluntário de causas humanitárias, deram a Henrique Pinto "a oportunidade de construir este conjunto de histórias em torno da luta para apear um dos grandes males do mundo, de forma que pode e está a ser matricial para a solução doutros estrangulamentos mor da humanidade, a poliomielite".

Pelo meio da trama, salienta, "há o humor possível que adoça todos os enredos. Seja o colaborador da Organização Mundial de Saúde que não usava preservativo com receio que a mulher o trocasse por outro. Ou as ameaças de prisão por passar em frente da esquadra de polícia. Ou até o padre que empurrava até fazer doer numa bicha anómala dum aeroporto interno, algures, e alguém lhe pergunta se ele está com pressa de chegar ao céu".



Henrique Pinto nasceu em Corredora, Sesimbra, no ano de 1949. Estudou na Escola Salesiana de Santo António do Estoril e no Liceu Nacional de Oeiras. Licenciou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra. É diplomado em Saúde Pública, disciplina em que é especialista, pela Escola Nacional de Saúde Pública/ Universidade Nova de Lisboa e Mestre em Saúde Pública pela mesma universidade.

Nos anos oitenta foi bolseiro em Londres da Organização Mundial de Saúde. Tem várias pós graduações na área da Administração de Saúde.
É Consultor da Organização Mundial de Saúde, da UNICEF e do Centers for Disease Control and Prevention dos EUA, depois de ter exercido funções dirigentes na Saúde a todos os níveis, local, regional e nacional. O seu trabalho estende-se da investigação ao ensino e à administração, sem abdicar duma praxis eminentemente médica.

Membro do Rotary Club de Leiria desde 1984 foi Governador 2002-03 de Rotary International. É Advocacy Advisor for Polio Eradication, Training Leader mundial e Coordenador para a Zona 10 (Europa e África) desta organização Internacional. É ainda director das instituições Fellowship Association for Literacy e Hands Across the Sea para os Recursos Hídricos, ambas nos EUA.

Desde a adolescência está ligado ao associativismo cultural, desportivo, recreativo, académico, científico e profissional. Já na Universidade foi membro do Coral dos Estudantes de Letras da Universidade de Coimbra e seu director de 1973 a 1976. Foi Director do Jornal de Leiria. A partir de 1983 preside ao Orfeão de Leiria, paradigma do associativismo cultural. Preside ainda à Comissão Executiva do Festival Música em Leiria e é Director do Conservatório de Artes/Escola de Música e Dança de Leiria, instituições que criou.

É autor dos livros "Crónicas da Vida e da Saúde", 1997, "O Que a Vida Esconde", 2001, e "O Século do Bem Estar", 2002, sendo também co-autor de "Rumos, Dez Anos de Viagens", 2001, "Missão de Rotary International em Angola", 2003, e da segunda versão de "Frank Talk", de 2004, com Frank Devlyn.

Preside à Mesa da Assembleia-Geral da Liga dos Amigos do Hospital de Stº André e do seu Corpo de Voluntariado. É membro do Conselho Consultivo da Escola Superior de Educação de Leiria e da Escola Superior de Dança de Lisboa e do Conselho Cultural da Associação Industrial Portuguesa.

Foi pessoalmente agraciado pelo Governo com a Medalha de Mérito Cultural. É habitualmente Prelector convidado de várias instituições universitárias para a área da Saúde tendo vindo a leccionar na Universidade Católica Portuguesa.

domingo, agosto 17, 2008

Edições MinervaCoimbra mantêm colecção de Poesia desde 1992


As Edições MinervaCoimbra mantêm desde 1992, e sem interrupção, uma colecção de Poesia que vai já no seu 53.º volume. Com direcção de José Ribeiro Ferreira, a Colecção Poesia Minerva pretende dar a conhecer textos de vários países e épocas. Textos que se estendam da Antiguidade clássica aos nossos dias, sem esquecer as obras inéditas e a revelação de novos poetas.

À pergunta sobre se se trata, ou não, de um projecto ambicioso a resposta dos editores é clara: “A poesia é vida e tem que passar o sonho para lá da margem que o delimita”.

O último volume lançado recentemente é da autoria de Maria José Lopes e intitula-se “Barras de Código”. A colecção integra autores consagrados como José Ribeiro Ferreira, Cristina Mello, José Jorge Letria, Vasco Pereira da Costa, José Viale Moutinho, Maria Lucília Mercês de Mello, Delfim Ferreira Leão, Lucian Blaga, José Augusto Seabra, Léopold Sédar Senghor, Catulo, Horácio, John Everaerts, Sólon ou Miguel Barbosa, entre muitos outros.

À margem desta colecção, as Edições MinervaCoimbra editam ainda, na área da Poesia, a Colecção Ítaca desde 1994, assim como vários volumes Fora de Colecção que incluem, entre outros, nomes como António Augusto Menano, Paulo Ilharco, Júlio Correia, Maria Helena Teixeira, Amélia Janny, Carlos Carranca, Telo de Morais, Amadeu Teles Marques, Afonso Romano, João Mendes Ribeiro ou António Vilhena.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Edições MinervaCoimbra lançam “Os Trautos de Miranda” de Edgard Panão



“Os Trautos de Miranda. Por trinta e tal contos. Ensaio em mnemocrónicas sobre os anos sofridos dos segundo e terceiro quartéis do séc. XX” é o título do mais recente livro de Edgard Panão, com chancela das Edições MinervaCoimbra.

Trata-se, segundo Rui Veloso, autor do prefácio, de um “breve ensaio” que “adopta um modelo muito próximo das memórias, apresentando-se mais como uma sucessão de crónicas do que como um registo factual, onde impera o relato tendencialmente objectivo”.

O livro de Edgard Panão surge, refere ainda o docente da Escola Superior de Educação de Coimbra, no seio de uma “onda revivalista” que se encontra “um pouco por todo o lado” e que “traduz uma procura de um espaço e de um tempo a que associamos um estado de felicidade e de descoberta do mundo”.

“Os Trautos de Miranda”, de Edgard Panão, acrescenta ainda Rui Veloso, surgem num “tom quase coloquial” e são “escritas como se fossem crónicas de um quotidiano passado”, entroncando “neste nosso gosto tão característico de saber o que se passa no espaço em que estamos inseridos através das conversas à mesa do café ou em paragem acidental no passeio da rua”. Situações em que, “muitas vezes, um mero fait divers ilustra uma maneira de pensar, um juízo de valor ou uma opção de vida”.

O autor nasceu em Penela mas desde criança que vive em Miranda do Corvo. Foi professor liceal de Filosofia e História no Liceu José Estevão, em Aveiro, e no Liceu Nacional de Leiria, director e professor da Escola do Magistério Primário de Silva Porto, Angola (actual Kuito), responsável pelos Serviços de Educação em Dili, Timor, e director e professor da Escola do Magistério Primário de Aveiro.

Edgard Panão foi ainda vereador e presidente da Câmara Municipal de Estarreja.

Desde 1993, altura em que se reformou, que se dedica à investigação de índole histórica e a publicar alguns trabalhos, dos quais se destacam “O Moleiro Inteligente” (2000), “A reconstituição das famílias da freguesia de Salvador da vila de Miranda do Corvo” (2002), “Covseiro de Myranda” (2006) e, mais recentemente, “Cartas a Ana de Leonardo” (2007), estes dois últimos com chancela das Edições MinervaCoimbra.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Como leitura de Verão as Edições MinervaCoimbra sugerem:

O TUTOR
Helena Rainha Coelho
ROMANCE HISTÓRICO

Na trama histórica do ódio do Marquês de Pombal aos Jesuítas, perpassa o conflito de uma violenta paixão amorosa no limiar ténue do lícito e do ilícito incestuoso, em que os sentimentos e a consciência, a fé e a razão, o dever e o desejo se confrontam. De entre as personagens históricas da época, e outras que o não são com o mesmo rigor, destacam-se, construídas na ficção, um homem e uma mulher que numa luta dramática, procuram dirimir os obstáculos que impedem a sua união.
A acção decorre, em meados do século XVIII, em Coimbra, onde a Universidade parece desconhecer os efeitos do racionalismo iluminista a mudar a Europa.



AS TAÇAS DA IRA
Helena Rainha Coelho
ROMANCE HISTÓRICO

A acção decorre, sobretudo, durante as invasões napoleónicas. Coimbra e a, então, vila da Figueira da Foz voltam a ser cenário dos conflitos, quer ficcionados, quer históricos, nos quais participa, também, o Batalhão Académico de Coimbra (formado por lentes e estudantes), na defesa do Baixo-Mondego.
A invasão e o saque de Coimbra pelos soldados franceses, o desembarque das tropas inglesas em Lavos, a peste que, entretanto, grassou por toda a região, com especial incidência na Figueira da Foz, onde os empestados se refugiaram em demanda de auxílio, são episódios reais que se vão entrelaçando na trama do destino das personagens criadas. Os tempos cruciais emq ue estas vivem acabam por influenciar os seus destinos dramáticos e as suas paixões desmedidas.
Embora sejam obras autónomas, este romance completa a saga iniciada com O Tutor.



UMA LENDA DE COIMBRA
João Mendes Ferreira
ROMANCE HISTÓRICO

O entrecho cruza e deslinda histórias de amor. Passam-se estas em Coimbra, no seio de uma cidade sempre mágica, tal como a caracterizou para sempre Antero de Quental. É assim, guiado pela mão sábia (do autor), que o leitor poderá confiar-se à transfiguração retrospectiva de Coimbra eterna, mas agora volvida aos inícios do decénio de 70, ou seja, agora devolvida ao ambiente político e social da Regeneração, em pleno século XIX. João Mendes Ferreira teve de se dar a um esforço, plenamente alcançado, de investigação histórica. (...) O movimento literário, filosófico e ideológico da geração académica em que se movem alguns dos protagonistas surgem-nos ilustrados com a memória de Teófilo Braga, com as figuras presenciais de João Penha e Guerra Junqueiro, com as alusões a Gonçalves Crespo e a Sebastião de Magalhães Lima. A verdade é que o novelesco enredo se inicia na ilha açoreana de S. Miguel…



XEQUE AO REI CAPELO
Sousa Dinis
ROMANCE HISTÓRICO

Porquê este livro sobre o quarto rei português?
Porque, desde muito novo, percebi que a história do rei Capelo estava mal contada. Ao contrário dos outros reis, a velhinha História de Portugal da minha 4.ª classe só lhe dedicava uma simples página, para dizer, em suma, que foi um rei fraco, deposto pelo papa por não saber governar e substituído pelo irmão. E que morreu em Toledo onde está sepultado.
No entanto, não foi um rei odiado pelo povo. E as cantigas de escárnio e mal dizer da época, da autoria de vários trovadores, visavam não o rei mas o alto clero, com a sua arma das excomunhões, e os alcaides que cedo se passaram para o lado do conde de Bolonha.
Depois de Afonso Henriques foi Sancho quem mais praças fortes conquistou. E esta verdade foi, durante séculos, escondida. Porquê?



INFÂNCIA EM TERRA PEQUENA
Luís Canavarro

O livro divide-se em 19 capítulos e percorre vários episódios da vida de Luís Canavarro, desde a idade do bibe azul até aos 18 anos.
“Nasci numa noite quente de Julho, não aos gritos de “Baleias, baleias”, como o meu querido amigo Vitorino Nemésio, mas aos brados ensopados de vinho tinto e de júbilo do Cento e Treze, polícia de giro, que por ter sido ordenança do meu avô, sintonizava as alegrias da família. E, filho, neto e sobrinho único, eu era sem contestação, o Messias daquela estirpe, que enfrentava a extinção.
O livro é um memorial das gentes e situações que tive a ventura de fruir. É deles que vou falar, daqui em diante. Eu serei, como o fui na realidade, apenas o pivot dos acontecimentos, a testemunha contrafeita e quase sempre passiva, o relator entusiasmado e agradecido”.
Não podendo relatar o que fiz, apropriando-me do poder decisório por não ser deliberado, ou por não ser verdadeiro, ciente da minha minúscula quota no evoluir dos acontecimentos serei, ao menos, um espectador participante. Por tal, obrigo-me a que, ainda que no meio da maior fantasia, uma estrutura de verdade fique subjacente”.



PASSAPORTE INCONFORMADO
Aida Baptista

“Passaporte Inconformado” é um conjunto de cinquenta crónicas aleatoriamente escolhidas de entre muitas das publicadas – mesmo quando parte de referências autobiográficas, pretende apenas dar voz a todos aqueles que passaram por este tipo de vivências ligadas ao abandono do espaço-berço. Essa aventura tanto pode ser descrita em histórias de sucesso, como remeter para o esquecimento os que se envergonham de não ter conseguido subir os degraus que conduzem ao miradouro do êxito. Resta a certeza de que, tanto num caso como no outro, todos se sentem unidos pelo mesmo documento, um passaporte inconformado, feito de tantas páginas quantas as entradas e saídas carimbadas pelo lacre que escorre do tempo.
O facto do livro ter 50 crónicas tem a ver com o simbolismo dos 50 anos da chegada oficial dos portugueses ao Canadá (a imigração lusa naquele país foi legalizada em 1953). Os textos são, essencialmente intimistas, viagens nas memórias, e debruçam-se sobre questões de identidade, das dificuldades na definição dos espaços e das relações das nacionalidades, no âmbito dos fenómenos da imigração.



CARTAS DE ANA A LEONARDO
Edgard Panão

Trata-se da “Saga do seminarista Leonardo” que persistiu, por demasiado tempo, na convicção pessoal de que tinha vocação, quando afinal não a tinha; foi o seu director espiritual que o aconselhou a abandonar, pacificamente, o Seminário Maior de Coimbra; assim o fez, Leonardo e, entretanto, passou à condição de Estudante de Coimbra.
Leonardo conseguiu, felizmente, “endireitar a vida”, mas, a princípio, teve de vencer vários acidentes de percurso no novo caminho de leigo: amores poligamoides de natureza platónica, a encher-lhe o coração quando vazio da solidão; questões apologéticas, novas e quase insólitas; “a vida airada”, meio desprepositada, sem satisfação plena; doenças, complexos, mitos, etc, etc..
Um dia chegou, porém, em que seu coração ficou, firmemente, ancorado num amor forte e ático de uma colega, o que originou estas mais de cem cartas amorosas. E com este amor venceu na vida! Não foi fácil, de tal modo que, ciclicamente, haveria de recorrer às reservas morais e académicas que o Seminário lhe permitiu, durante o Curso de Humanidades amealhar, generosamente, sobretudo nos tempos difíceis de Estudante de Coimbra onde Leonardo e Ana Rita concluíram o Curso de Direito nos meados do século XX.



CRÓNICAS DE UM ANTIGO ESTUDANTE DE COIMBRA
Jorge Rabaça Correia Cordeiro

O revisor anunciou Coimbra. Fixei os olhos na janela e, após alguns minutos, apercebi-me da cidade por entre o arvoredo que ladeava a linha. Depois, subitamente, surgiu sem as sombras da ramagem, banhada pela luz macia daquela manhã de Outono, o seu casario branco escorrendo pela colina, uma pequena pincelada de azul a quebrar-lhe a brancura.
O comboio atravessou a ponte sobre o Mondego e, quase logo, parou na Estação Velha. Eram onze horas e meia do dia onze de Novembro de mil novecentos e cinquenta. No cais, mulheres de tabuleiro à cabeça apregoavam:
– “Arrufadas de Coimbra e barricas de ovos-moles!”
Apeei-me ajoujado ao peso da mala. (…) Apanhei a ligação para a Estação Nova.
À chegada, porteiros de hotéis anunciavam-nos:
– “Coiiimbr’ Hotel!”
– “Hotel Mondego!”
Um bagageiro precipitou-se para mim tirando-me a mala:
– “Eu levo, Sr. Dr.”
Embora soubesse que, em Coimbra, os estudantes eram tratados por Dr., olhei, instintivamente, a ver quem vinha atrás de mim. Não vi ninguém, era comigo! Fiquei entre o vaidoso e o envergonhado.
Saí da estação. Quedei-me a olhar: olhei o Mondego, olhei a cidade, o ar transparente, as sombras vincadas na luz outonal.
– “Quer táxi?”



DURA LEX
António Marinho e Pinto

O Direito é um conjunto de princípios e regras (legais e não só) que conformam a vida dos homens uns com os outros (em sociedade); que fazem com que os homens actuem (regulem os seus interesses) em conformidade (em respeito) uns com os outros.
O seu objectivo último é a paz social, a qual só se atingirá se resultar de soluções justas. Só a Justiça conduz à verdadeira paz, porque só ela gera conformidade e conformação. Porque só ela é capaz de gerar a paz individual.
A primeira exigência do Direito é o respeito absoluto pela pessoa humana. Não haverá Direito onde faltar ou estiver diminuído esse dever de respeito.
O Direito funda-se na liberdade e não na autoridade. Só os homens livres podem ser sujeitos e destinatários do Direito.



SEM MEIAS-TINTAS
Júlio Correia

Este livro é impróprio, sobretudo, para pessoas conformadas consigo mesmas, com os seus supostos e apregoados êxitos e os seus reais e mascarados fracassos. Conformadas com a mortalha em que se refugiam e lhes anestesia o espírito crítico. Conformadas com a voluntária abdicação do exercício da sua cidadania e com a globalização da incultura, cujas manifestações todos os dias lhes entram pelos olhos e pelos ouvidos com a prodigalidade e a benção das televisões, dos jornais e dos rádios. Conformadas com a abdicação do pensamento próprio (meditado e expresso) e com o cómodo e alienante conceito do “não vale a pena”... Não se pense, contudo, que os textos aqui reunidos, nomeadamente as Crónicas e as Sátiras, são do género “bota-abaixo” ou decorrentes de um gratuito e persecutório espírito de maldizer. Longe disso!