Convite
O Director da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra,
o Coordenador Científico do Centro de
Investigação em de Estudos Germanísticos (CIEG),
a Directora da Colecção Minerva/CIEG e
as Edições MinervaCoimbra
têm o gosto de convidar V. Exa. para o
lançamento do livro
FICÇÃO E HISTÓRIA
A Figura de Uriel da Costa
na Obra de Karl Gutzkow
de Rogério Paulo Madeira
A apresentação será feita pela
Profª. Doutora Fernanda Mota Alves.
A sessão realiza-se no dia 21 de Setembro,
pelas 17H00,
na Sala dos Conselhos da Faculdade
de Letras da Universidade de Coimbra.
Este livro é o nº 18 da Colecção
Minerva/CIEG dirigida por Maria Manuela Gouveia Delille.
Uma edição da MinervaCoimbra e do
Centro de Investigação em Estudos Germanísticos.
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O livro
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Intitulado "FICÇÃO E HISTÓRIA - A Figura de Uriel da Costa na Obra de Karl Gutzkow", este livro resulta da tese de doutoramento de Rogério Paulo Madeira e é o primeiro estudo abrangente sobre a figura de Uriel da Costa (de origem portuguesa) na literatura alemã.
O Autor
ROGÉRIO PAULO MADEIRA
Professor Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e actual Coordenador do Centro de Investigação em Estudos Germanísticos, licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Ingleses e Alemães) pela Universidade de Coimbra em 1990. Obteve o grau de Mestre em Literatura Alemã e Comparada pela mesma Universidade, em 1998, com um estudo publicado nesta colecção sob o título O Imaginário de Lisboa em Romances de Thomas Mann e de Hanns-Josef Ortheil (2002).
Professor Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e actual Coordenador do Centro de Investigação em Estudos Germanísticos, licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Ingleses e Alemães) pela Universidade de Coimbra em 1990. Obteve o grau de Mestre em Literatura Alemã e Comparada pela mesma Universidade, em 1998, com um estudo publicado nesta colecção sob o título O Imaginário de Lisboa em Romances de Thomas Mann e de Hanns-Josef Ortheil (2002).
Em 2009 doutorou-se em Literatura Alemã na Universidade de Coimbra, com a dissertação que se publica no presente volume.
A figura de estudo
Uriel da Costa (1583/84-1640)
Gabriel, aliás, Uriel da Costa (1583/84-1640) foi um livre-pensador de origem portuense, cuja contestação das ortodoxias cristã e judaica contribuiu de modo significativo para a libertação da consciência humana, através da afirmação de ideias racionalistas, expressas na obra Exame das Tradições Farisaicas (1624), e que terão influenciado o pensamento de Bento Espinosa. O luso-judeu, depois de ter escapado à Inquisição em Portugal, exilou-se em Hamburgo e em Amesterdão, onde manteve um prolongado conflito com a comunidade judaica, marcado por profundas divergências filosófico-religiosas. A preservação do nome de Uriel da Costa na memória colectiva deve-se, sobretudo, ao facto de ter escrito, em latim, a autobiografia Exemplar Humanae Vitae. O relato autobiográfico destaca, além das três excomunhões que atingiram o marrano portuense, a humilhante cerimónia pública de retractação e penitência de que foi alvo na sinagoga Talmude Tora de Amesterdão, a qual, em vez de proporcionar ao penitente a reintegração na comunidade sefardita, acaba por conduzi-lo ao suicídio, em Abril de 1640.
O livro
O presente estudo, de dimensão interdisciplinar, incide sobre o tratamento ficcional dado à figura histórica de Uriel da Costa na novela Der Sadducäer von Amsterdam (1834) e na tragédia Uriel Acosta (1846) de Karl Gutzkow. Após uma exposição teórica acerca da representação da História na obra de arte literária, o trabalho aborda a (re)construção historiográfica e literária da biografia do referido livre-pensador judeo-português, identificando e caracterizando as fontes de Gutzkow. Seguidamente, sem descurar a concepção político-literária e o modelo de ficção histórica perfilhados pelo autor da Jovem Alemanha e do Vormärz, centra-se na análise
aprofundada do corpus no que diz respeito à representação literária do histórico conflito que opôs o luso-judeu à ortodoxia judaica de Amesterdão. Além das semelhanças, são relevadas as diferenças na selecção e configuração literária das matérias
históricas na novela e na tragédia, devidas não apenas à especificidade genológica, mas também ao maior empenhamento político-ideológico evidenciado por Gutzkow nos anos 40 do século XIX.
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