segunda-feira, dezembro 20, 2010

REPÚBLICAS EM PARALELO: PORTUGAL E ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Mário Mesquita, Fernando Catroga, Isabel de Carvalho Garcia, Paulo Zagalo e Melo


Associando-se às Comemorações do Centenário da República, a Fundação Luso-Americana publica

Repúblicas em Paralelo: Portugal e Estados Unidos da América
de autoria de Alexander Keyssar, António Reis, Horst Mewes,
Fernando Catroga e José Esteves Pereira.
Eta obra resulta de um colóquio realizado em Maio de 2010.

A apresentação, em Coimbra, foi feita na Livraria Minerva e o livro foi apresentado por Mário Mesquita (Administrador da FLAD) e Fernando Catroga (Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra).
Estiveram ainda presentes Paulo Zagalo e Melo (Director de Serviços de Educação, Ciência Tecnologia e Inovação da FLAD), e Paula Vicente (assessora) também da FLAD, entre outros.


Isabel C. Garcia abriu a sessão agradecendo a Mário Mesquita a possibilidade que deu à Livraria Minerva de se associar a este lançamento e seguidamente fez a evocação de Carlos Pinto Coelho recordando que "foi com o programa Acontece que a cultura em Portugal ganhou algum protagonismo. Com Carlos Pinto Coelho também as pequenas e médias editoras tiveram a possibilidade de ter visibilidade. Com o profissionalismo, o critério, a seriedade que o caracterizavam, Carlos Pinto Coelho fez a sua intervenção praticando um jornalismo cultural justo e de difusão. Foi com ele que a MinervaCoimbra ganhou também protagonismo a nivel nacional e além fronteiras. O seu enorme interesse pela lusofonia ficou-lhe certamente pela sua passagem por Lourenço Marques (actual Maputo), mas também aquelas paragens o influenciaram: no seu trato humano, fraterno e caloroso.
No seu olhar pairavam as cores quentes da "Mãe África" que ele tanto amava.
Era um Homem de coração grande e certamente, por isso mesmo, não aguentou....
A cultura em Portugal ficou bem mais pobre, seria uma injustiça enorme esquecer Carlos Pinto Coelho"...

Relativamente ao livro "Repúblicas em paralelo: Portugal e Estados Unidos da América" Mário Mesquita justificou o desafio lançado aos vários autores, historiadores portugueses e americanos, para ser feita uma análise comparada da Revolução Americana e da Revolução Portuguesa, uma vez que a FLAD é uma Instituição com a vocação de contribuir para o aprofundamento das relações entre Portugal e o Estados Unidos. Considerou igualmente que este foi um desafio inovador e um risco calculado dado que mais de um século separa a Revolução Americana da Portuguesa.

Fernando Catroga deixou bem demarcada a experiência americana e a respectiva génese histórica mostrando que os Estados Unidos da América "instauraram o primeiro sistema de separação com as Igrejas (1791), secularizando a instância política, num quadro de tolerância religiosa, não obstante a emergência de uma religião civil de cunho teísta, impulsionada pelo Estado."

Fernando Catroga referiu ainda "que entre republicanismo à americana e res-publicanismo à europeia a questão fundamental reside, afinal no papel fundador ou não fundador do religioso no que diz respeito à modernidade política".

Nos Estados Unidos, as religiões favoreceram a fundação de uma esfera pública autónoma, mas em certos países europeus, em especial, em França, Portugal, Espanha e Itália, foram encaradas como obstáculo à modernidade.

Autores: Alexander Keyssar (Universidade de Harvard), António Reis (UNL), Fernando Catroga (FLUC) e Horst Mewes (Universidade do Colorado, Boulder), seguidas da síntese conclusiva por José Esteves Pereira (UNL).
http://www.flad.pt/

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