quarta-feira, novembro 16, 2005

Desenhos e Guaches, de Pinho Dinis

A Galeria Minerva convida para a inauguração da exposição

DESENHOS E GUACHES

de Pinho Dinis,

no próximo sábado, dia 19, pelas 17h30.

(Galeria Minerva, Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos, Coimbra)

Na altura, haverá uma breve discussão sobre o desenho,
“O desenho porquê, o desenho para quê?”, por Paulino Mota Tavares,
seguindo-se leitura de poemas por Dalila Pinho Dinis
e Machado Lopes,
e a actuação do grupo musical Alamar, com Sara Travassos.



A Alegoria e o Desenho em Pinho Dinis
Pinho Dinis revela-se, neste lugar em que se cruzam a sabedoria e a imaginação criadora, como um singular artista da composição e do desenho.
E é, exactamente, para esta marca precisa do seu talento, que desejamos chamar a atenção daquele que olha, que contempla e, sobretudo daquele que insiste e se recreia no acto de ver.
O desenho está na base da escrita e da comunicação. Desde os fenícios, aos gregos e aos romanos que o desenho se agrega, magistralmente, ao Homem, à Natureza, ao conceito de Vida, à relação que mantemos com o Universo. “Designare” exprime, em muitos autores latinos, o acto de desenhar. Assim, Virgílio fala em desenhar com o arado o circuito de uma cidade, enquanto Tito Lívio lembra o desenho e lugar de um circo e Statius fala, curiosamente, em traçar um círculo nos ares.
Hoje, Pinho Dinis afirma-se a Coimbra e em Coimbra, como um mago do desenho: o homem e o artista que, na fuga de um traço, alcança, de facto, a poesia, o movimento e a maravilha do mundo.

Paulino Mota Tavares



Nasceu em Coimbra onde vive. Emigrou para o Brasil em 1957. Regressou em 1975.
1946-48 – Frequência de cursos nocturnos da Sociedade Nacional de Belas Artes, tendo como Mestre o pintor Domingos Rebelo.
1948-50 – Continuação dos estudos artísticos no círculo artístico Mário Augusto.
1950 – Faz viagem de estudo aos principais museus de Espanha, França e Itália.
1950-53 – Regressado a Portugal fixa-se em Coimbra e faz pesquisa de cerâmica em companhia do seu amigo Américo Dinis.
1954 – Fixa-se no Porto, encaminhado pela mão amiga de Luís Reis Santos, estuda o fresco com o pintor Dordio Gomes na Escola de Belas Artes do Porto.
Fixa-se no Brasil de 1957 a 1975 e viaja periodicamente à Europa a fim de contactar com os mais recentes movimentos da Arte Moderna.




Prémio monetário no Salão Anual de Arte Moderna no Rio de Janeiro, 1959.
Menção honrosa no Salão de Arte Moderna de Curitiba, 1960
Medalha de Bronze no Salão Paulista de Arte Moderna – São Paulo, 1961.
Medalha de Prata e isenção de júri no Salão Anual de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1963.
Favoráveis referências críticas dos jornais Diário Popular, Diário de Coimbra, Comércio do Porto, Primeiro de Janeiro, República, Jornal de Notícias, La Revue Moderne de Paris e diversos jornais brasileiros.
Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Coimbra, 2001.

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