sábado, dezembro 20, 2008

Fernão de Magalhães visto por Stefan Zweig




As Edições MinervaCoimbra e o Centro Interuniversitário de Estudos Germanísticos (CIEG)lançaram mais um volume da colecção Minerva/CIEG — “Uma Biografia «Moderna» dos Anos 30 - ‘Magellan. Der Mann und seine Tat’ de Stefan Zweig” (‘Magalhães, o homem e o seu feito’), da autoria de Maria de Fátima Gil.

Apresentada por Gabriela Fragoso, docente da Universidade Nova de Lisboa, a obra, referiu, “culmina vários anos de investigação e entrega da autora” que, ao longo desse tempo criou uma “grande empatia com Stefan Zweig.
Isabel de Carvalho Garcia, Gabriela Fragoso,
Maria de Fátima Gil e Maria Manuela Gouveia DelilleDe facto, a descrição da vida e obra do escritor austríaco, bem com da época e da sociedade em que este viveu, “surge de forma clara e escorreita” no livro de Maria de Fátima Gil, que Gabriela Fragoso, também ela especialista em Zweig, considera de “uma grande humildade científica”.

Maria Manuela Gouveia Delille, directora da colecção em que a obra se insere, referiu por sua vez que este tipo de trabalhos “merecem e devem ultrapassar as fronteiras da universidade”. Os textos que constituem os volumes da colecção Minerva/CIEG são, afirmou, “fruto de reflexão conjunta sobre as relações literárias e culturais luso-alemãs”.

O trabalho agora publicado e que se baseou na tese de doutoramento de Maria de Fátima Gil, analisa a obra Magalhães à luz da série literária em que se insere, estudando a relação dialógica desta biografia com a situação histórica e cultural dos anos 30 e mostrando que o texto afirmava a fé na eficácia da acção individual, exortava à tolerância e à coexistência entre os povos, defendia os valores humanistas da civilização europeia e sustentava que mesmo as épocas mais conturbadas podiam ser conjunções de mudança e oportunidades de avanço para a Humanidade.

Maria de Fátima Gil é professora auxiliar da Universidade de Coimbra e investigadora do CIEG.

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