A Leitura de poemas foi feita por Carina Fernandes, Daniela Pereira, Margarida Cardoso e Pedro Sobral da Associação Cultural Thíasos . Ao piano esteve José Rolim. A sessão foi aberta e encerrada pelo Director do Casino Dr. Domingos Silva.
Numa organização MinervaCoimbra em parceria com Casino Figueira.
Para José Augusto Cardoso Bernardes «a poesia corresponde a necessidades básicas da espécie humana. A poesia serve essencialmente para nos reconduzir à essência das "coisas"» .....e "a poesia ajuda-nos a alcançar a verdade escondida"».
Questionando como José Ribeiro Ferreira cumpre a sua função de poeta, responde: "Ribeiro Ferreira estabelece um diálogo com a poesia antiga por formação académica e estabelece igualmente com alguns poetas gregos um diálogo". Para além das palavras na poesia de Ribeiro Ferreira terem uma conotação grega, a sua poesia reflecte-se de uma forma generosa, à imagem do seu autor que é um homem generoso e filantropo. O poeta demonstra uma preocupação ambiental que é transversal nos seus poemas.
Entre outras perguntas João Luís Campos questionou o autor como, quando e porquê José Ribeiro Ferreira começou a escrever poesia dado que é um autor com mais de duas centenas de trabalhos publicados em Portugal e no estrangeiro entre livros, artigos em revistas e enciclopédias. A poesia saiu da gaveta em 1984 e este primeiro título intitulou-se Pesa o momento a eternidade. Seguiram-se mais nove títulos.
José Ribeiro Ferreira quando questionado por João Luís Campos sobre o que era afinal para ele a poesia respondeu:
«Para
mim, o poema é laboração, trabalho, feitura», em busca «da perfeição, natural
em todo o homem que nunca a encontra, mas não pode deixar de procurar».
Reproduzimos a seguir a notícia de autoria do jornalista Jot’Alves publicada no Jornal as Beiras:
«PRODUZIR POESIA PELO PRAZER DE
ESCREVER
O Poeta
Ribeiro Ferreira tem uma dezena de
livros (de poesia) publicados e outros “três
ou quatro na gaveta”. O Professor catedrático jubilado da UC foi o convidado do ciclo “ andam pela terra os
poetas”, que mensalmente enche o salão caffé do casino figueira. Com poesia,
música e declamações, numa parceria com a editora MinervaCoimbra.
Coube ao
Figueirense José Bernardes, professor catedrático e director da Biblioteca
Geral da Universidade de Coimbra, apresentar a obra do poeta convidado.
A primeira
fase da poesia de Ribeiro Ferreira é marcada pela “tentativa de desocultar as
coisas” e de “desfazer o fumo”, classificou. Ultimamente, porém, o poeta
nascido em santo Tirso, “ tem-se manifestado pelo despojamento”.
Por outro
lado, dá vida a uma “poesia a quatro”, na medida em que convoca amiúde o mar
como elemento central da sua escrita. A par dos afectos, sustentados pelas
dedicatórias que acompanham os seus poemas. Portanto, é, também, “uma poesia
generosa”. E uma poesia que o tempo amadureceu marcada pelos poetas da Grécia
clássica, que Ribeiro Ferreira tanto estudou e ensinou. “Clube” dos Poetas Vivos
Ribeiro
Ferreira continua a produzia “pelo prazer de escrever”, mas “muita fica na
gaveta”. E só sai de lá – se sair –
depois de “muito limada”. O poeta, que fez vida profissional em Coimbra e que
tem segunda habitação na Figueira da Foz, não gosta da fama. A propósito,
disse: “as luzes da ribalta ofuscam-me e não deixam que o pensamento flua”.
O citado
ciclo de poesia do Casino Figueira é um Clube de Poetas vivos, tendo em conta
que convida autores portugueses contemporâneos.
A sessão da noite de terça-feira teve direito à publicação de uma
antologia de Ribeiro ferreira, seleccionada pelo grupo Thíasos para “andam pela
terra os poetas”. João Luís Campos moderou a tertúlia e José Rolim acompanhou,
ao piano, a leitura de poesia.»
Jot’Alves In Jornal as Beiras, dia 28 de Março de
2013, pág 10 (essencial região Figueira
da Foz)
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