sexta-feira, julho 31, 2009
Minerva encerrou ciclo “O Dever de Educar”
Chegou esta semana ao fim o ciclo “O Dever de Educar” que ao longo do ano lectivo que agora finda animou as Terças-Feiras de Minerva, com sessões desde o início com um forte debate entre público e convidados, pensando juntos sobre o "dever de educar" no sentido que lhe é atribuído e no modo como é concretizado pelos especialistas das várias áreas educativas.
A convidada desta última sessão foi Maria Alexandra Azevedo, professora do Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas, do Porto. Uma professora que participa desde há alguns anos em competições europeias de Latim e Grego, onde tem contactado com outra realidade educativa.
Com Maria Alexandra Azevedo estiveram os dois alunos — Afonso Reis Cabral (Grego) e Ana Almeida (Latim) — que mais recentemente responderam ao desafio que essas competições representam. E foi precisamente o relato dessa experiência, dos dois jovens, que contribuiu para que o público presente na Livraria Minerva sentisse que a cultura clássica, considerada um dos pilares da educação, está em vias de extinção, por ser uma área desvalorizada no actual curriculum escolar português.
Refira-se, a título de exemplo, que enquanto em Portugal, no ano lectivo 2007/2008, havia oito alunos a estudar Grego no secundário, em Espanha eram 10.000 os estudantes desta matéria.
A sessão foi encerrada por Maria Helena Damião, João Boavida e Isabel de Carvalho Garcia, que fez um balanço do ciclo "O Dever de Educar", admitindo que ao lançar o desafio à Amiga e Autora Helena Damião, pedagoga e professora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, para a realização de um ciclo sobre educação não formal, estava longe de imaginar a diversidade de saberes e experiências tão vastas e enriquecedoras que pela Livraria Minerva foram passando ao longo destas sessões. Sempre magistralmente orientadas por Helena Damião as sessões decorreram em forma de entrevista, quinzenalmente desde 21 de Outubro de 2008, e nelas participaram professores, pais, estudantes e público em geral.
Organizado por Helena Damião, João Boavida, Isabel de Carvalho Garcia, Mónica Vieira e Aurora Viães este ciclo pretendeu discutir com os vários convidados como tem sido entendido o dever de educar. Como é, ou como deve ser, entendido na actualidade.
O ciclo iniciou-se com João Matos Boavida a quem foi dado o tema genérico. Seguiram-se Margarida Miranda com "O dever de educar para os Jesuítas", Delfim Leão com "O dever de educar para os Antigos", Francisco Sobral Henriques com "O dever de educar na Escola", Regina Rocha com "O dever de educar para o Professor", Rui Marques Veloso com "O dever de Formar para educar", Carlos Sousa Reis com "O dever de formar Com ou Contra a Sociedade", Maria Salomé Pinho com "O dever de educar a Memória", Maria Isabel Festas com "O dever de educar a Compreensão", Maria Paula Paixão com “O dever de educar a Motivação", Joaquim Pires Valentim com “Escola Igualdade e Diferença", Manuel Rocha com "O dever de educar para a Música", Natália Bebiano com "O dever de educar para a Matemática", Paulo Gama Mota com "O dever de educar para a Ciência" e João Gouveia Monteiro com "O dever de educar para a História".
As Terças-feiras de Minerva regressam a 22 de Setembro com uma sessão dedicada a um tema tão actual como preocupante — "A Nossa Saúde". Esta sessão, que contará com vários especialistas na matéria, terá como inspiração o livro "Farpas pela Nossa Saúde" de Carlos Costa Almeida, recentemente editado pelas Edições MinervaCoimbra.
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