quarta-feira, julho 16, 2008

Terças-Feiras de Minerva assinalaram bicentenário das Invasões Francesas

José Carlos Seabra Pereira, Helena Rainha Coelho,
Isabel Nobre Vargues e Isabel de Carvalho Garcia



Com uma sessão intitulada “As Taças da Ira — As Invasões Francesas: Coimbra e o Baixo Mondego”, as Terças-Feiras de Minerva assinalaram o bicentenário das Invasões Francesas, numa tertúlia que contou com as presenças de Helena Rainha Coelho, autora do livro “As Taças da Ira”, da historiadora Isabel Nobre Vargues e do linguista José Carlos Seabra Pereira.

“As Taças da Ira”, com chancela das Edições MinervaCoimbra, é um romance histórico cuja acção decorre durante as invasões napoleónicas. Durante a sessão foi feito o enquadramento histórico do romance por Isabel Nobre Vargues e uma incursão literária por José Carlos Seabra Pereira.

Isabel de Carvalho Garcia, por sua vez, realçou o facto de a Autora ter feito uma pesquisa séria e cuidada sobre as invasões napoleónicas, chamando a atenção para o livro onde, no final, está anexada a "Notícia da sessão solene realizada na Sala Grande dos Actos da Universidade, para em nome do Príncipe Regente serem dados ao Corpo Militar Académico os devidos louvores e agradecimentos".

Finalmente Helena Rainha Coelho explicou como construiu a trama.

A acção decorre entre 1799 e 1817, em Coimbra e na Figueira da Foz. Desde a tomada do forte de Santa Catarina aos franceses, por um grupo de voluntários que saiu de Coimbra chefiado pelo estudante Zagalo, engrossando-se o grupo em Montemor-o-Velho e depois na Figueira, não mais as milícias de paisanos e o Corpo Voluntário dos Académicos — o famoso batalhão Académico — deixaram de ter um papel relevante durante as três invasões francesas. Lentes e estudantes trocaram os trajes académicos, os fatos talares, pela farda de soldados e oficiais, tornando-se valorosos militares.

A invasão e o saque de Coimbra pelos soldados franceses, o desembarque das tropas inglesas em Lavos, a peste que, entretanto, grassou por toda a região, com especial incidência na Figueira da Foz, onde os empestados se refugiaram em demanda de auxílio, são episódios reais que se vão entrelaçando na trama do destino das personagens criadas por Helena Rainha Coleho. Os tempos cruciais em que estas vivem acabam por influenciar os seus destinos dramáticos e as suas paixões desmedidas.

Embora sejam obras autónomas, este romance, “As Taças da Ira”, completa a saga iniciada com “O Tutor”, ambos com chancela das Edições MinervaCoimbra.







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