quarta-feira, julho 04, 2007

Sol, Farmácia e Publicidade


João Rui Pita foi o convidado de mais uma sessão das Terças-Feiras de Minerva dedicadas ao Sol, com o tema “Sol, Farmácia e Publicidade. Um pequeno trajecto pelo século XX”. A intervenção enquadrou-se num trabalho que João Rui Pita tem vindo a realizar sobre matéria histórico-farmacêutica, nomeadamente na área da publicidade promovida pela indústria, procurando assim caracterizar a evolução da sociedade, bem como dos produtos e sua divulgação, e do próprio conceito de beleza dos produtos cosméticos.

Entre as justificações históricas para a utilização de cosméticos contam-se razões tão variadas como as pinturas rituais mágicas das civilizações primitivas ou os agentes modernos de bem estar e o estatuto social.

Recordando o conceito da Organização Mundial de Saúde que refere que “saúde é não só ausência de doença ou enfermidade, mas um estado de completo bem estar físico, psíquico, mental e emocional”, João Rui Pita salientou a importância da imagem na auto-estima. Assim sendo, a cosmética pode ser uma forma de comunicação, além, claro, de uma moda.



A preocupação com a tonalidade da pele vem desde os egípcios, povo que já desenvolvia produtos para protecção do Sol. Também na Grécia e Roma antigas se dava muita importância aos cosméticos e na Idade Média surgiram mesmo algumas receitas para limpar a pele. Foram no entanto decisivas para o progresso da cosmética moderna as inovações científicas e tecnológicas, bem como o desenvolvimento industrial e as suas consequentes alterações sociais.

Mas até inícios do século XX, o conceito de beleza era de pele clara, modificando-se para pele bronzeada quando as férias de Verão se tornaram realidade para todas as classes trabalhadoras. A pele bronzeada passou então a ser um símbolo de vida moderna e próspera e nos finais dos anos 20 surgiram os primeiros bronzeadores e protectores solares.

A próxima sessão das Terças-Feiras de Minerva realiza-se a 17 Julho com Poesia dedicada ao sonho encenada pelo grupo Thíasos do Instituto de Estudos Clássicos da Universidade de Coimbra.

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