quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Coimbra deve apostar na indústria cultural



Desafiado por Isabel de Carvalho Garcia a falar da indústria cultural João Gouveia Monteiro afirmou:“A cultura é uma plataforma fundamental para o desenvolvimento e crescimento de Coimbra”, afirmou o pró-reitor para a Cultura da Universidade de Coimbra, João Gouveia Monteiro. “Uma das coisas que a cidade pode e deve fazer melhor é explorar uma indústria de cultura”. Mas uma indústria de cultura que seja “exemplar”, desafiou. “Que não utilize a cultura e que não a transforme de uma forma excessivamente empresarial que acabe por a descaracterizar”. Dirigindo-se, nomeadamente, ao presidente da Região de Turismo do Centro, Pedro Machado, presente na sessão, o pró-reitor recordou que a indústria cultural está em ascensão registando já um índice de crescimento superior ao da indústria automóvel.




João Gouveia Monteiro falava durante uma palestra denominada “D. João III e Júlio Henriques na história da Universidade de Coimbra”, que encerrou o ciclo “Coimbra - uma candidatura a património mundial”, promovido pelo Rotary Club de Coimbra Santa Clara em conjunto com a Livraria Minerva.




O pró-reitor para a Cultura recordou duas figuras históricas fundamentais, ao seu tempo, para o desenvolvimento da universidade — D. João III que a transferiu definitivamente para Coimbra e Júlio Henriques que foi um dos mais importantes directores do Jardim Botânico, no tempo da reforma Pombalina, período também muito marcante para Universidade de Coimbra.




Também presente na sessão, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação, considerou o projecto do Museu da Ciência da UC “uma aposta de enorme dimensão” e “um dos projectos mais significativos dos últimos anos” na cidade. A gestão do museu irá ser feita por uma fundação constituída pela Câmara Municipal e pela Universidade de Coimbra. Inicialmente constituída pela autarquia, a Fundação D. Pedro deverá ser transformada numa aposta conjunta entre as duas instituições e levará consigo mais de um milhão de euros para gerir o projecto. O autarca garantiu ainda que a câmara “vai ter que se responsabilizar pela sua quota parte nas despesas anuais de manutenção” de todo o equipamento.




Luís Ribeiro, presidente do Rotary Club de Coimbra Santa Clara, e Isabel de Carvalho Garcia, da Livraria Minerva, responsáveis pelo ciclo “Coimbra - uma candidatura a património mundial”, prometeram uma segunda parte, devido ao sucesso atingido. “Quisemos apelar ao exercício da cidadania e combater a habitual apatia dos conimbricenses”, afirmaram, “chamando a atenção para o riquíssimo património da universidade e da academia”.




A sessão contou também com as presenças de Paulo Gama Mota, director do Museu da Ciência da UC, Carlos Fiolhais, director da Biblioteca Geral da UC, João Rebelo, vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, e João Paulo Craveiro, presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana “Coimbra Viva”, também eles, em sessões anteriores, convidados do ciclo.

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