quinta-feira, abril 06, 2006

As coisas não têm paz



Decorreu na Livraria Minerva, no âmbito das Terças-feiras de Minerva, mais uma sessão da primeira parte do Ciclo da Arte, co-organizado com a Escola Universitária das Artes de Coimbra.
O convidado foi Lucio Magri, professor da EUAC, que falou sobre design sob o título “As coisas não têm paz”. Partindo de uma cadeira, Lucio Magri usou sobretudo imagens para falar das “coisas”, e fazer uma breve história do design industrial.


Do conjunto de experiências a que se chama design industrial, pode dizer-se que ainda não tem história própria. Uma carência que pode ser explicada de várias maneiras, todas reconduzíveis numa postura ideológica em relação ao estudo de uma matéria que depende quase exclusivamente da força das coisas.


“O design é, simplesmente, a força das coisas”, referiu Lucio Magri. Aliás, continuou, uma das polémicas entre a arquitectura e o design, reside no facto de que a história de ambos está permanentemente ligada, embora os arquitectos considerem o design uma parte menor da história da arquitectura. Mas para Lucio Magri, “sempre que a arquitectura deixou as casas, foi um fracasso, enquanto o design não”.
No entanto, não se sabe muito bem quando é começa a história do design, mas poderá considerar-se que começa quando o homem começa a fazer máquinas e utensílios, usando para isso outras máquinas e utensílios, o que reporta à pré-história.


A apresentação do palestrante foi feita por Paula Trigueiros. Lucio Magri é licenciado em Design pelo Instituto Politécnico de Milão e tem o doutoramento em arquitectura de interiores. Está ligado ainda aquele instituto como docente, e em Portugal, exerceu funções de docente na Universidade Lusófona, estando actualmente na EUAC.
Carlos Sá Furtado, presidente da EUAC, congratulou-se pelo sucesso desta primeira parte do Ciclo da Arte, que oportunamente continuará com mais sessões.

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