
O pensamento contemporâneo poderá caracterizar-se, entre outros atributos, por ser um pensamento que pensa a individuação, a singularidade e o acontecimento. Este texto mostrará com muita clareza como é possível pensar, numa perspectiva contemporânea, textos arcaicos, em que a génese do conceito emerge, como é o caso com Duns Escoto, por exemplo. Por esta via torna-se claro o desafio proposto pela ordem da escrita e do escrito que consiste na resistência do texto ao seu contexto original. Sem adulterar a leitura, que se quer até literal, a proposta de Luís Lima é a de iluminar essa escrita longínqua, torná-la legível na actualidade, tarefa que, executada com rigor, não é desafio fácil. Daí que o conceito de hecceidade / ecceidade seja cotejado desde o seu emprego pelo projenitor escocês até ao emprego que dele fazem Deleuze e Guattari que o reinvestiram no século passado.
Maria Augusta Babo (Prefácio)

Iniciou actividade no jornalismo profissional passando pelas redacções da TSF e TVI para se afirmar na imprensa escrita como editor da revista Volta ao Mundo e do suplemento de viagens semanal do Diário de Notícias. Desenvolve, desde 2002, uma carreira de jornalista e tradutor free-lancer, colaborando com publicações como a revista National Geographic ou o programa Imagens de Marca da SIC Notícias e editoras como a Antígona ou A Esfera dos Livros. Foi ainda docente universitário na Escola Superior de Jornalismo do Porto.
Actualmente a redigir a sua tese de doutoramento, conta com o apoio de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para a investigação repartida em co-tutela entre o departamento de Literatura da Universidade Paris IV Sorbonne, sob orientação do professor Antoine Compagnon, e o departamento de Filosofia da UNL, sob a orientação do professor José Gil.