A Galeria Minerva
e Margarida Maria Duarte Henriques da Silva Pereira
têm o gosto de convidar para a inauguração da exposição de pintura
e Margarida Maria Duarte Henriques da Silva Pereira
têm o gosto de convidar para a inauguração da exposição de pintura
Luz e Sombras
em
SILVA DUARTE
em
SILVA DUARTE
No próximo dia 17 de Março pelas 17 horas.
Momento de poesia por Rui Jorge.
Momento musical.
A exposição estará patente até 12 de Abril de 2007,
de segunda a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 20h00.
Galeria Minerva: Rua de Macau, 52 - Bairro Norton de Matos, Coimbra.
Momento de poesia por Rui Jorge.
Momento musical.
A exposição estará patente até 12 de Abril de 2007,
de segunda a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 20h00.
Galeria Minerva: Rua de Macau, 52 - Bairro Norton de Matos, Coimbra.
Silva Duarte
Margarida Maria Duarte Henriques da Silva Pereira
Nasceu em 1944 na Beira Alta. Licenciou-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, cidade onde vive actualmente.
Ao frequentar, na Faculdade de Letras, a cadeira de História da Arte, o Professor Reis Santos deu-lhe um grande incentivo na investigação dessas matérias. Colheu ensinamentos, entre outros do Professor António Vitorino.
Colaborou na secção" Artes e Letras" do Jornal de Coimbra e visitou frequência, como elemento da redacção, a ARCO em Madrid. Tem visitado inúmeros Museus na Europa E.U.A, Canadá e Brasil, assim como contactou também com a arte oriental na China, Coreia, Macau e Hong-Kong.
Fundou as galerias de arte Vandelli e Graal-Arte em Coimbra respectivamente em 1989 e 1983.
Em 1992 frequentou o curso de "Gestão de Espaços Culturais,
promovido pela Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.
Tem realizado exposições individuais de pintura e participado em diversas colectivas. Elaborou vários trabalhos em tapeçaria nomeadamente uma para o B.E.S. em Coimbra.
É sócia da Cooperativa Árvore com o número 3950, desde 1993.
Tem realizado exposições individuais e participado em colectivas, das quais destacamos, nos últimos anos, as seguintes:
1988 - Colectiva Natal - Galeria Cris-Shop - Coimbra
1989 - Individual - Galeria Cris-Shop - Coimbra
- Coimbra Colectiva Verão "Homenagem a Jean Cocteau" - Coimbra
1990 - Colectiva - 10 salão de artes plásticas - Brasil! Portugal - S. Paulo
- Colectiva Páscoa - Galeria Graal-Arte - Coimbra
- Salão Nobre do Município - Santa Comba Dão
- Colectiva Verão - Galeria Graal-Arte - Coimbra
- Auditório H.U.C. - Homenagem ao Presidente da Republica Dr. Mário Soares - Coimbra
- Colectiva LAHUC - Auditório H.U.C.
1991 - Individual - Galeria do Casino - Figueira da Foz – Individual - Galeria Graal- Arte - Coimbra
- Colectiva Verão - Galeria Graal-Arte – Coimbra
- Individual - Auditório Mirita Casimiro - Viseu
- Colectiva "Natal por Timor" - Galeria Edif. Chiado - Coimbra
1992 - Academia de Belas Artes de Sant'Ana - São Paulo - Brasil
- Colectiva Natal - Galeria Vandelli – Coimbra
- Colectiva Páscoa - Galeria Cris-Shop) - Coimbra
- Individual - Galeria Graal-Arte - Coimbra
- Colectiva Galeria de Artes da Casa de Portugal - São Paulo Brasil
1993 - Colectiva Natal, Páscoa e Verão - Galeria Graal-Arte - Coimbra
- Colectiva Natal ,Páscoa e Verão - Galeria Vandelli - Coimbra
1994 - Individual - Galeria Vandelli - Coimbra
- Colectiva Hotel Palácio -Águeda
1995 - XIV Exposição Colectiva dos Sócios da Galeria Árvore - Porto
1996 - Individual - Galeria Graal-Arte - Coimbra
1997 - Colectiva Natal e Verão - Graal-Arte - Coimbra
- Colectiva - Galeria 1001 - Viana do Castelo
1998 - Individual-Galeria Graal-Arte - Coimbra
1999 - Individual - Galeria Graal-Arte - Coimbra
- Individual Galeria Hotel Monte-Belo - Viseu
2001 - Individual - Inauguração da Galeria Alcáçova - Montemor-o-Velho
2002 - Individual - Galeria Séc. XVII - Leiria
2002 - XIX Exposição Colectiva - Cooperativa Árvore - Porto
2007 - Galeria Minerva - Coimbra
Tem elaborado diversos trabalhos em tapeçaria, nomeadamente para o Banco Espirito Santo em Coimbra.
É sócia da Cooperativa Árvore sediada no Porto com o n.º 3950, desde 1993.
A sua obra está representada em colecções particulares e museus, em Portugal e no estrangeiro.
Música num Bar
Orgia de sons
Na semi-escuridão do bar…
Entre tons e semi-tons
Os dedos exímios do pianista
Deambulam, a acariciar
As teclas negras e brancas do piano…
O arco sobre as cordas do violoncelo
Sussurram notas vindas do coração…
Em despique, um clarinete afinado
salpica, num tom calmo e indolente
Toda aquela semi-escuridão. . .
Entre um ritmo mais apressado.
O corpo arde febril, arde quente...
É a febre do improviso, da Inspiração…
Orgia de sons
Na semi-escuridão de um bar…
Rui Jorge
Orgia de sons
Na semi-escuridão do bar…
Entre tons e semi-tons
Os dedos exímios do pianista
Deambulam, a acariciar
As teclas negras e brancas do piano…
O arco sobre as cordas do violoncelo
Sussurram notas vindas do coração…
Em despique, um clarinete afinado
salpica, num tom calmo e indolente
Toda aquela semi-escuridão. . .
Entre um ritmo mais apressado.
O corpo arde febril, arde quente...
É a febre do improviso, da Inspiração…
Orgia de sons
Na semi-escuridão de um bar…
Rui Jorge
Luz e Sombra em Silva Duarte
Saúda-se a volta de Silva Duarte. A artista plástica, natural da Beira Alta, regressa mais madura mas também mais poética. De tal forma que os quadros que integram a presente exposição serviram de mote para que Rui Jorge, os passasse para o preto e branco da escrita, em forma de poemas que, tão bem casam com as cores das telas.
Luz e Sombra traduzem o caminho da pintora, que ainda assim continua fiel a temas pictóricos tão do seu agrado como são as paisagens e as gentes do campo. Mas se a luz é bela, a sombra acaba por atrair pelo mistério. Aqui voltam os temas nocturnos de bares, misturados com música. “Luz e Sombra”, o poema de Rui Jorge, confirma esta recaída de Silva Duarte que nos tinha já brindado com a fase dos músicos, composição de imagens negras em movimento nos fundos de cores fortes e luminosas onde quase se podia ouvir o som dos instrumentos.
Volta ao tema da música, das grandes orquestras – Glenn Miller ou Duke Ellington, lembra Rui Jorge em “Ao Som da Orquestra” – aos músicos no palco em verdadeira harmonia com a dança de corpos envoltos no fumo e a voz melodiosa de mulher sob fundo rosa.
A melodia misteriosa de cores e formas sente-se ainda no conjunto de curvas e volumes que caracterizam os nus de mulher, motivadores de momentos de contemplação e sonho… a suscitarem uma catarse de sensações.
Valdemar Silva
A Figura e a Paisagem em Silva Duarte
As suas manchas caracterizam-se por uma dominante presença humana e da natureza, revestindo-se de tonalidades vivas, marcadas por uma força interior, que conjuga as duas componentes. As paisagens alardeiam um encantamento poético que ressalta nos seus quadros, enquanto a figura popular exibe as particularidades inerentes à criatividade expressa numa vivência humanizada, num campo de trabalho e sobrevivência.
O movimento, a luz e os volumes, enaltecem e dimensionam as superfícies pintadas, mostrando as perspectivas motivadoras cingidas a um cromatismo vincadamente enquadrado com o motivo. Desenha-se na pintura de Silva Duarte um processo de maturação, uma pesquisa acentuada da cor, um alicerce mental, que procura agarrar-e consegue- uma essência espiritual que transparece na matéria e a identifica com a realidade estudada e apreendida.
Mário Nunes
O encontro com a pintura de Silva Duarte, artista cuja criatividade se desenvolve numa determinante humanista e paisagística, é sem dúvida uma manifestação tendencial de prazer estético.
Com efeito, é fácil detectar em alguns dos seus trabalhos os aspectos criadores do conflito de sobrevivência que preocupa as comunidades e as gerações, mas tratados de uma forma construtiva através dos dados da experiência. Os seus camponeses assumem duas atitudes distintas: a religiosa e a laboral.
Na primeira, possibilita a canalização de toda a energia expectante, num sentimento misto de fé e de resignação, para o conjunto de personagens, que ultrapassa o obstáculo da angústia para se situar numa terapia ilusória e irreal, como é o caso das Ceifeiras, Silva Duarte espalha uma animação vital, movimentada e rítmica, que no plano artístico, perpetua o eterno vinculo do ser humano à natureza.
As modulações cromáticas na obra de Silva Duarte definem uma ampla objectividade, reportável ao quotidiano humanístico e paisagístico, como um espaço levitante das belezas intrínsecas, que fazem da natureza e realidade sugerida de pequenos universos que habitam na alma do homem como parte integrante da imagem de um universo mais sublime e perfeito.
Sérgio Mourão (Crítico de Arte)
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