sábado, novembro 04, 2006

Novidades MinervaCoimbra

HOSPITAL SOBRAL CID
Das origens ao cinquentenário

História . Imagens . Memórias

M. Manuela de Mendonça



“O fazer história não é uma tarefa específica dos historiadores, mas outrossim daqueles que usando o método histórico são capazes de uma reflexão viva e actuante nos tempos que correm, como o foram nos tempos que já correram. Parabéns pois à autora por este magnífico trabalho que tenho a hora de prefaciar”.

C. Amaral Dias
Psiquiatra e Psicanalista


”Obra notável, alicerçada em sólidas bases de reflexão e formação humanística e psiquiátrica...ergue, com inteligência e uma notável clareza e rigor, uma época com toda a sua dinâmica institucional (e assistencial), com todos os seus intervenientes, as suas virtudes e defeitos”.

M. L. Mercês de Mello
Psiquiatra e Poeta


“Obra que regista um momento grande de Coimbra e da Psiquiatria em Portugal”.

Mário Nunes
Historiador, Vereador da Cultura da CMC



Maria Manuela Ribeiro da Fonseca Esteves de Mendonça foi Directora do Hospital Sobral Cid a partir de 1984, durante quatro mandatos sucessivos.
É natural de Lisboa e possui a licenciatura em Medicina (FMUL), o Curso de Ciências Pedagógicas (FLUL) e o Internato Geral dos Hospitais Civis de Lisboa. É especialista em Psiquiatria e Pedopsiquiatria e possui competência em Gestão Hospitalar reconhecida pela Ordem dos Médicos. Exerceu a sua actividade clínica, de investigação, de formação de técnicos de saúde e de educação e de docência universitária em Lisboa e Coimbra. Psiquiatra de carreira hospitalar, nela desempenhou variados cargos de chefia e direcção, e, paralelamente, de organização e gestão no âmbito da Psiquiatria e Pedopsiquiatria nacionais.
Autora de investigações pioneiras, foi galardoada com prémios atribuídos pelas sociedades de Neurologia e Psiquiatria, Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa e Sociedade de História da Medicina da Bulgária. Tem publicadas algumas dezenas de trabalhos científicos em Portugal, noutros países europeus e Estados Unidos da América e Canadá.
Da sua colaboração com a Ordem dos Médicos destacam-se a presidência da Comissão da Especialidade de Pedopsiquiatria e a presidência da Direcção do respectivo Colégio de Especialistas. É membro honorário e membro fundador de Sociedades científicas nacionais e internacionais e possui Louvores do Hospital Júlio de Matos, da Direcção de Serviços de Saúde Mental e do Ministério da Saúde.
Tem várias participações com intervenção social em jornais diários, revistas de áreas diversas e na revista da Ordem dos Médicos. Em 2002 publicou nas Edições MinervaCoimbra o livro “Mais Vale Prevenir – Memórias de uma Época e de um Contributo para a Saúde Mental Infantil”.



CIGANOS. Histórias de vida.
Manuel Augusto Abrantes da Costa

A origem dos ciganos está ligada, desde sempre, a fantasiosas extrapolações. Aceites, tolerados ou hostilizados, os ciganos não deixam ninguém indiferente. De maneira geral, pouco se sabe sobre a sua cultura, a sua origem, a sua história e a razão de serem como são, a razão da sua unidade de grupo, a sua língua, a razão da sua presença em Portugal. São questões ainda em aberto.

A razão da diáspora dos ciganos ainda hoje não é de todo conhecida, restando, portanto, hipóteses diversas: umas que assentam no conhecimento da história das regiões pelas quais os ciganos foram passando, outras nos estudos linguísticos e outras ainda no conhecimento das características dos ciganos.

Nos princípios, devido à dificuldade de estabelecer a origem dos diversos grupos de ciganos que chegaram a Portugal, foram erradamente chamados de gregos ou egípcianos, porque se pensava que vinham da Grécia ou Egipto.

Não se conhece com exactidão a data da chegada dos ciganos a Portugal, mas a sua presença começa a ser assinalada no início do século XVI, de acordo com os primeiros testemunhos escritos que aparecem na literatura e na legislação, isto é, no Cancioneiro de 1510 e no “Auto das Ciganas” de Gil Vicente em 1521.

A chegada destes grupos nómadas, com uma língua incompreensível, que se diziam cristãos mas que apresentavam práticas misteriosas e profundamente pagãs e estranhas como, por exemplo, adivinhar o futuro, acampar e vestir roupas diferentes, não podiam deixar de causar o pasmo das populações fortemente marcadas pelo espírito medieval da época.

Por esta razão, desde logo começaram a tomar forma as leis especificamente relativas a ciganos, levando a quatrocentos e trinta e um anos de perseguição legislativa e, consequentemente, policial, o que é bem demonstrativo da segregação e mesmo do racismo a que estiveram sujeitos e cujos efeitos se fazem sentir ainda hoje.

Este livro é o resultado da dissertação de Doutoramento em Antropologia, especialidade de Antropologia Social e Cultural, apresentada pelo autor à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, no Departamento de Antropologia, sob a orientação dos Professores Doutores Manuel Laranjeira Rodrigues de Areia e Margarida Pedroso de Lima, em 31 de Março de 2004, tendo sido Aprovado com Distinção e Louvor.

A obra recebeu o 1.º Prémio de Jornalismo pela Tolerância, na área de Estudo Académico, em 2003, promovido pela Presidência do Conselho de Ministros, na pessoa do Alto Comissariado Para a Imigração e Minorias Étnicas.

O autor é professor do 1.º Ciclo do Ensino Básico, licenciado e Mestre em Ciências da Educação, Doutor em Antropologia Social e Cultural pela Universidade de Coimbra e é o Director Executivo do Centro de Estudos Ciganos.


"A interacção entre membros de diferentes grupos étnicos e de culturas é uma faceta comum da vida moderna portuguesa, que é necessário estudar e compreender para melhor prevenir situações de discriminação.

O objectivo deste livro, ao longo de 5 capítulos, escritos por um especialista de renome na matéria, é olhar de perto a cultura cigana em Portugal, as suas características, os seus problemas, os seus aspectos distintivos e fazer um balanço do que emerge quando pessoas de diferentes culturas se encontram.

Os estereótipos relacionados com os ciganos têm fundamento ou são um mito? Como vivem realmente os Ciganos em Portugal? A estas e outras questões responde Manuel Costa com base em histórias de vida".

Margarida Pedroso Lima
Professora Associada da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra

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