terça-feira, setembro 17, 2013

MANUEL ALEGRE POETA CONVIDADO DA 7ª SESSÃO DE "ANDAM PELA TERRA OS POETAS" [CASINO FIGUEIRA]




Manuel Alegre dizendo o poema "Letra Desconhecida" do seu livro "Nada está escrito", Ed. Dom Quixote, no Casino Figueira, na 7ª sessão de "andam pela terra os poetas" (org. Casino Figueira/MinervaCoimbra) 

"andam pela terra os poetas" regressou ao Casino Figueira, para se cumprir a 7ª sessão deste ciclo que iniciado em Janeiro de 2013, constitui uma parceria Casino Figueira/MinervaCoimbra,
em que a entrada é livre e ao longo da noite se assiste a sessões plenas de cultura artística: crítica e análise literária, poesia, arte de dizer e musica, e pontualmente dança. Este ciclo iniciado em Janeiro, com interrupção em Julho e Agosto, contou com os poetas: Arnaldo Silva, Albano Martins, António Vilhena, Ribeiro Ferreira, Carlos Carranca, António Arnaut e agora, Manuel Alegre.
Esta sessão iniciada pelo Director do Casino, Domingos Silva teve como intervenientes
José Ribeiro Ferreira (Professor Catedrático Jubilado da FLUC) que abordou a obra poética do autor, com um eloquente e belíssimo texto intitulado " Toda a vida à procura de Ítaca".
A a presentação e moderação foi feita por Nicolau Santos (Jornalista e Director-Adjunto do Jornal Expresso) e Vasco Pereira da Costa (escritor, professor aposentado do ensino secundário e superior e ex-Director do Departamento de Cultura e Turismo de Coimbra e ex-Director Regional da Cultura dos Açores).
A poesia dita por Manuel Alegre, Nicolau Santos e Vasco Pereira da Costa encantou todos os presentes arrebatando inúmeros aplausos.

 Joana Alegre cantou  e encantou acompanhada por Miguel Picciochi (guitarra). 

A sessão decorreu no Salão Caffé, Casino da Figueira da Foz.

Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu em Águeda, em 1936Em 1956  entra na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.Pouco depois entra nos grupos de oposição de estudantes ao Salazarismo participando activamente na vida política do país.E foi como membro da Comissão da Academia que deu apoio a candidatura de Humberto Delgado à Presidência da República, em 1958. Contribuiu para o cenário cultural, participando na fundação do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra e também como actor do Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra. Extremamente versátil, dirigiu o jornal “A Briosa”, foi redactor da revista “Vértice” e colaborador de “Via Latina”. Foi chamado para o regime militar, em 1961. No ano seguinte, é enviado para Angola, onde foi o líder de uma tentativa de revolta militar. Ficou preso por seis meses e foi na cadeia que conheceu escritores angolanos como Luandino Vieira, Antonio Jacinto e Antonio Cardoso. Em 1964, foi para o exílio em Argel, onde foi dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional. Nessa época, publicou dois livros, “Praça da Canção”, em 1965 e “O Canto e as Armas”, em 1967, ambos foram apreendidos pela censura. Mas os livros foram repassados por cópias clandestinas, manuscritas ou dactilografadas. Muitos de seus poemas foram interpretados por cantores como Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira e foram considerados bandeiras da luta pela liberdade. Voltou para Portugal em 1974, quando se filiou ao Partido Socialista. Foi responsável por mobilizações populares que permitiram a consolidação da democracia e a aprovação da Constituição de 1976, sendo o redactor de seu preâmbulo. Foi ainda deputado por Coimbra em todas as eleições, de 1975 até 2002 e por Lisboa a partir de 2002; em 2004, candidato a Secretário Geral do PS e no ano seguinte, concorreu à presidência da República , tendo sido candidato independente, sendo apoiado pelos cidadãos. Alcançou a marca de mais de 1 milhão de votos e ficou em segundo lugar, derrotando, inclusive, o candidato oficial do PS. Apesar da vida política, Manuel não descurou a literatura. Foi eleito sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências, em 2005. Foi candidato a Presidente da República. 

Com vasta obra publicada “ Nada está escrito”, é o seu mais recente livro de poesia.



Joana Alegre - vocalista de Jazz/ Gospel/ Soul, cantautora letrista e guitarrista de "Joan&The White Harts", estudou na Escola de Jazz Luís Villas Boas do Hot Club de Portugal, em representação da qual cantou na Aula Magna na ocasião do dia Mundial da Voz em 2009, e em 2010 no Festival de Jazz de Valado dos Frades, nos Dias da Música no CCB, bem como na Festa do Jazz no Teatro S.Luiz integrando o melhor combo premiado. Realizou a summer school da New School for Jazz and Contemporary Music, e mais recentemente viveu em Nova Iorque onde veio a ser influenciada pela arte multiperformativa de Meredith Monk, e pela abordagem improvisacional de Theo Bleckmann. 
 Num curto percurso  2009-2013 conta já uma série de participações com grupos e músicos prestigiados (Quinteto de Carlos Martins, Miguel Angelo, The Poppers, Tributo a Nina Simone, Messias and The Hot Tones), e integra enquanto solista formações como os Gospel Collective e The Pulse. Ocasionalmente actua em dueto acompanhada por artistas de renome (guitarrista Pedro Madaleno, a pianista Paula Sousa, ou ainda pianista/teclista Diogo Santos).

Miguel Picciochi - guitarrista e compositor, iniciou os seus estudos na Escola de Jazz Luís Villas Boas do Hot Club de Portugal, completou recentemente a licenciatura de Jazz e música moderna, com excelência, na Universidade Lusíada . Já premiado com uma menção honrosa na Festa do Jazz no Teatro S.Luiz em 2010, foi também convidado a representar a Universidade Lusíada em 2011 no Meeting da International Association of Schools of Jazz, em Haia, Holanda. Sempre se interessou tanto por Jazz como por música para cinema e dá asas a esse impulso em projectos como os Airbag, ou os Intwo.

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