quarta-feira, maio 08, 2013

«JORNALISMO E DIREITOS DA CRIANÇA - CONFLITOS E OPORTUNIDADES EM PORTUGAL E NO BRASIL» DE LÍDIA MARÔPO [LANÇAMENTO DIA 10 DE MAIO, PAVILHÃO DO CONHECIMENTO] PARQUE DAS NAÇÕES, LISBOA







«JORNALISMO E DIREITOS DA CRIANÇA
CONFLITOS E OPORTUNIDADES EM PORTUGAL E NO BRASIL»

                   de Lídia Marôpo 

(nº 61 da Colecção Comunicação dirigida por Mário Mesquita).

                   Apresentação por Prof. Doutora Cristina Ponte.

A sessão de lançamento realiza-se no próximo dia 10 de Maio de 2013 (sexta-feira), no Pavilhão do Conhecimento, Parque das Nações (Lisboa), 
a partir das 16h15, durante uma pausa para café aberta a todos os participantes inscritos no " 2º Congresso Literacia, Media e Cidadania", uma iniciativa da responsabilidade do Grupo de Trabalho Informal sobre Literacia para os Media (GILM).

A autora do livro, Lidia Marôpo, é professora na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) e investigadora no Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ)/Universidade Nova de Lisboa (UNL). É doutorada em Ciências da Comunicação pela UNL e dedica-se especialmente a estudar e a promover os direitos da criança nos media, tendo publicado diversos artigos e capítulos de livros e atuado internacionalmente como formadora para jornalistas e fontes de informação sobre a temática.

Do GILM fazem parte a Comissão Nacional da UNESCO, o Conselho Nacional de Educação, a Direção Geral de Educação, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social, a Fundação para a Ciência e Tecnologia, o Gabinete para os Meios de Comunicação Social, a Rádio e Televisão de Portugal e a Universidade do Minho. 
Para inscrever-se e aceder a outras informações sobre o 2º Congresso Literacia, Media e Cidadania, consulte http://literaciamediatica.pt/congresso/.


****

«JORNALISMO E DIREITOS DA CRIANÇA
CONFLITOS E OPORTUNIDADES EM PORTUGAL E NO BRASIL»

Nas últimas décadas o jornalismo tem dedicado uma atenção crescente às temáticas e problemas que afetam diretamente crianças e jovens. Temas como educação, maus-tratos, abusos sexuais e trabalho infantil ganharam visibilidade mediática, possibilitando um maior reconhecimento público destas questões e estimulando a denúncia em caso de desrespeito aos direitos de crianças e jovens. Por outro lado, o próprio jornalismo frequentemente viola esses mesmos direitos, consagrados em diplomas legais nacionais e internacionais. Nas notícias, crianças e jovens continuam a ser identificados em situações prejudiciais ao seu desenvolvimento, são também frequentemente representados de forma estigmatizante quando vivem em situação de vulnerabilidade social ou quando fazem parte de grupos minoritários e o seu ponto de vista é silenciado ou aparece apenas como registo curioso ou engraçado. As prioridades comerciais dos media, as dificuldades diárias da produção jornalística (escassez de tempo, espaço e investimento), bem como o próprio estatuto minoritário das crianças na sociedade (que na verdade não são uma minoria em termos quantitativos, já que as pessoas com idade até 18 anos somam aproximadamente 37% da população mundial) são constrangimentos para enquadramentos noticiosos que protejam e promovam os direitos infantojuvenis. Nesta perspetiva, partimos da ideia central de que as notícias são uma construção social, reflexo das forças sociais, económicas e culturais preponderantes em cada sociedade para refletir sobre o jornalismo português e brasileiro. Com base num vasto trabalho de campo, que inclui análise de documentos, entrevistas com jornalistas e fontes de informação dos dois países e análise dos jornais Público (Portugal) e O Globo (Brasil), concluímos que o jornalismo predominantemente reproduz uma imagem da infância e da juventude como objetos de provisão e proteção (ou repressão, conforme o caso), o que remete para uma cidadania passiva na qual os adultos sobrepõem os seus pontos de vista, enquanto crianças e jovens são silenciados como sujeitos de interesse político e social. Este livro constitui o nr. 61 da Colecção Comunicação.



Lidia Marôpo nasceu no Brasil e vive em Portugal desde 2004. É professora na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) e investigadora de pós-doutoramento no Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ)/Universidade Nova de Lisboa (UNL). 
É doutorada em Ciências da Comunicação pela UNL e dedica-se especialmente a estudar e promover os direitos da criança nos media, tendo publicado diversos artigos científicos e capítulos de livros sobre o tema.
É autora do livro “A Construção da Agenda Mediática da Infância” (Livros Horizonte, 2008). Actuou como jornalista profissional no Brasil e como jornalista colaboradora em Portugal.
Foi também assessora de comunicação do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca) no Brasil. Tem sido convidada para ministrar formação para jornalistas e fontes de informação sobre a temática em Portugal (Cenjor), Brasil (Cedeca/Unicef), Moçambique (Unicef) e Irlanda (Unicef/Dublin Institute of Technology, para jornalistas da Europa de Leste e da Ásia).

Sem comentários: