quarta-feira, novembro 14, 2012

«JORNALISTAS ESCRITORES - A NECESSIDADE DA PALAVRA» DE FÁTIMA LOPES CARDOSO [APRESENTADO NO CASINO FIGUEIRA] POR MÁRIO ZAMBUJAL


Decorreu no Casino da Figueira a apresentação do livro 
«JORNALISTAS-ESCRITORES: A NECESSIDADE DA PALAVRA» de FÁTIMA LOPES CARDOSO.
Com o apoio do Casino Figueira, coube ao Dr. Domingos Silva, a abertura da sessão.
Seguiram-se as intervenções de Isabel de Carvalho Garcia, em nome das Edições MinervaCoimbra, de Mário Zambujal, que apresentou a obra, e de Fátima Lopes Cardoso. Com uma sessão muito participada pelos presentes, que questionaram a autora e o apresentador sobre a profissão de jornalista, hoje, para além do que levou a autora a escolher este tema. 
Fátima Lopes Cardoso através de entrevista a doze jornalistas – e também escritores – de diferentes gerações,António Alçada BaptistaAgustina Bessa-Luís, Urbano Tavares Rodrigues, Baptista-BastosFernando Dacosta,Mário ZambujalFrancisco José ViegasInês Pedrosa,Miguel Sousa TavaresCatarina FonsecaCláudia Galhós e Pedro Rosa Mendes, este livro pretende mostrar as vontades e intenções que levam um jornalista a escrever romances. E anula qualquer preconceito e receios de quem nunca soube compreender o jornalismo.
A seguir passamos o registo da noticia publicada pelo jornal "O Figueirense", de autoria de Andreia Gouveia, a propósito da apresentação do livro de Fátima Lopes Cardoso, no Casino Figueira, a quem agradecemos.




Deixamos aqui o registo da noticia publicada pelo jornal "O Figueirense", de autoria de Andreia Gouveia, a propósito da apresentação do livro de Fátima Lopes Cardoso, no Casino Figueira. os nossos agradecimentos. 


           O FIGUEIRENSE                                                        FIGUEIRA DA FOZ    11
sexta feira, 16 de novembro de 2012         LIVROS
     LIVRO «JORNALISTAS ESCRITORES»  APRESENTADO NO CASINO FIGUEIRA

           “EXISTE CENSURA, CLARO QUE SIM”          

"Começou por ser uma tese de mestrado da jornalista, crítica de cinema e docente universitária Fátima Lopes Cardoso, mas rapidamente se percebeu que o tema interessava a um universo maior. Com o patrocínio do Gabinete para os Meios de Comunicação Social e edição da Minerva Coimbra, a tese foi adaptada e atualizada, dando origem ao livro «Jornalistas-Escritores A Necessidade da Palavra, que esta quarta feira foi apresentado no Casino Figueira. A obra reúne, sem se limitar a isso, 12 entrevistas a jornalistas- escritores, selecionados por critérios de representatividade sociológica (idade, género, notoriedade, etc.), incluindo Mário Zambujal, a quem coube a apresentação do livro. É um trabalho brilhante e de uma argúcia extrema, que se insere num rol de livros interessantes sobre comunicação social mas o se confunde com nhum outro, garantiu o jornalista-escritor. A abordagem de Fátima Lopes Cardoso começa pela caraterização da profissão, acompanhando a sua evolução com base em diferentes estudos sobre aspe- tos o diversos como as habilitações académicas, o género, o acesso a funções de chefia ou os sentimentos de frustração dos jornalistas. A ideia de que o jornalismo  é uma missão, à qual se exige todos os sacrifícios, contribui para a degradação das condições laborais, na medida em que, por entrega à profissão, muitos profissionais nunca recusam um trabalho fora de horas, exemplifica a autora no livro. 
Mas o serão apenas nem maioritariamente as frustações laborais a «empurrar» os jornalistas para a ficção.
Há uma verdadeira necessidade da palavra, defendeu Fátima Lopes Cardoso. A crónica ainda é dos poucos espaços do jornal onde o jornalista se pode sentir liberto da condição de escravo dos acontecimentos, da agenda, e fazer algo mais pessoal, defendeu também Mário Zambujal. Mas é na ficção, “muitas vezes inspirada na realidade com que se confrontam no exercício da sua prosfissão, que os jornalistas podem, garante Mário Zambujal, “transgredir,  fugir às regras tanto do jornalismo  - refém da ditadura dos factos - como dos próprios cânones da literatura  O estado da imprensa em Portugal também foi abordado na apresentação. A transformação do jornalismo  num  negócio deu mau resultado, escravizou-o às vendas com uma pressão violenta, defendeu Mário Zambujal. E censura, ainda há?, perguntaram da plateia. “Existe censura, claro que sim, diz a autora. “Os jornalistas o escrevem o que querem nem como querem, corroborou Mário Zambujal. Há diferenças em relação ao «lápis azul» de outros tempos? A censura de hoje é económica e de interesses que o o os dos valores-notícia, concluiu Fátima Lopes 
Cardoso."

v Andreia  Gouveia 


«JORNALISTAS-ESCRITORES: A NECESSIDADE DA PALAVRA»
FÁTIMA LOPES CARDOSO, através de entrevista a doze jornalistas – e também escritores – de diferentes gerações,António Alçada BaptistaAgustina Bessa-Luís, Urbano Tavares Rodrigues, Baptista-BastosFernando Dacosta,Mário ZambujalFrancisco José ViegasInês Pedrosa,Miguel Sousa TavaresCatarina FonsecaCláudia Galhós e Pedro Rosa Mendes, este livro pretende mostrar as vontades e intenções que levam um jornalista a escrever romances. E anula qualquer preconceito e receios de quem nunca soube compreender o jornalismo.

Este livro é o número 59 da Colecção Comunicação dirigida por Mário Mesquita.

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