sexta-feira, julho 11, 2008
Norberto Canha lança livros de poesia
As Edições MinervaCoimbra apresentaram recentemente dois livros de poesia de Norberto Canha — “Voo adormecido” e “Momento, esperanças e certezas”, ambos com o subtítulo “Contas aos netos” — numa sessão que decorreu na Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, com uma sala pequena para as várias dezenas de amigos e familiares que quiseram marcar presença.
As obras foram apresentadas por Leonor Riscado e Luís Canavarro e a sessão contou também com a presença do vereador da Cultura, Mário Nunes.
Isabel de Carvalho Garcia abriu a sessão, em nome da editora, fazendo uma breve apresentação dos apresentadores e tecendo algumas considerações sobre o autor, enaltecendo, nomeadamente, as suas qualidades de humanista. “Justo, sensível, preocupado com o mundo que o rodeia, tentando encontrar soluções para os problemas da sociedade actual e da juventude em particular, benemérito, filantropo que tanto se dá com o mais simples como com o mais nobre”, assim classificou a editora Norberto Canha.
“Com rasgos de futurismo e de inteligência, vivo e perspicaz”, Isabel de Carvalho Garcia reconheceu ainda em Norberto Canha “uma enorme criatividade e produtividade já que tem em fase avançada um outro livro”.
Leonor Riscado apresentou então “Voo adormecido”, livro que considerou ser “fruto do labor apurado de um humanista e, como tal, um esteta”. Os que de mais perto privam com Norberto Canha, afirmou, “conhecem a sua grandeza de alma e a humildade da postura”.
Em “Voo adormecido”, “o poeta conjuga, da primeira à última página, o neológico verbo Poemar, definido pelo próprio como harmonia possível entre a palavra, o pensar e o sentimento”, referiu ainda Leonor Riscado. “Tempo e olhar, vida e morte são os binómios organizadores do metrónomo que comanda os ritmos desta obra, representativa da voz acordada de um poeta puro, que caldeia as memórias da infância com a simplicidade do menino que nasceu, cresceu e amou”.
Já Luís Canavarro considerou “Momentos, esperanças e certezas” um livro “breve” mas que “diz muito e obriga a pensar”. E a pensar naqueles assuntos a que a nossa acomodação, egoísmo, conveniência e indiferença, nos tenta subtrair.
Numa época em que “ouvir ou ler bom português, é cada vez mais difícil”, o livro de Norberto Canha é exactamente o oposto: “Está escrito numa linguagem clara, sem ornatos nem subterfúgios, pode ser lido por uma criança (aliás, uma criança entendê-lo-á mais facilmente do que um adulto desalentado), sem com isso perder uma formidável erudição”.
O que não se espera, confessou Luís Canavarro, “é que os seus escritos abranjam um tão vasto leque de conhecimentos e de interesses, revelem uma alma sã e bem formada, traduzam um humanismo raro e sentido e denotem um espírito plenamente jovem”. Características que fazem do autor um “homem de excepção”.
No final, Maria dos Prazeres Francisco, tesoureira da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos também usou da palavra, tendo a sessão sido enriquecida com a actuação do grupo Fadvocal, seguindo-se uma breve intervenção do autor e o encerramento por Mário Nunes.
A tarde terminou com um champanhe de honra e a actuação do Coro da Ordem dos Médicos dirigido por Virgílio Caseiro.
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