segunda-feira, dezembro 12, 2005

Escravos no Paraíso

Lançamento

Dia 14
18h00 - Fórum Telecom, Av. Fontes Pereira de Melo 38 C, Lisboa
Apresentação pela professora e escritora santomense Dra. Olinda Beja
Actuação do Grupo de Danças "FITCHIM FLÔGO" (Ilusão da Vida )

Dia 15

18h00 - Associação Comercial do Porto, Palácio da Bolsa, Porto
Apresentação a cargo do jornalista e escritor Leonel Cosme



“Escravos do Paraíso”
é uma viagem profunda à intimidade dos afectos e da paixão pelas Ilhas de S. Tomé e do Príncipe, inventadas por Deus e abençoadas pela natureza africana. Dos que viveram e daqueles que ainda permanecem no coração das “Ilhas do Meio do Mundo”, são-nos também revelados sentimentos de desilusão e de mágoa pelas dificuldades surgidas nos caminhos da afirmação da Independência e, simultaneamente, de uma eterna esperança no futuro do novo País, agora que o “ciclo do petróleo” ocupa posição cimeira no leque de prioridades das novas gerações, não retirando a preocupação do Presidente da República Fradique Bandeira Melo de Menezes.
“Deus é grande, amanhã logo se vê”, versão mais completa e transparente da expressão “leve-leve”, em língua forra de S. Tomé, não faz esquecer o passado (um longo e complexo passado) tal como não retira ao presente a responsabilidade de se encontrar um rumo adequado e socialmente justo para todos os santomenses.
"Escravos do Paraíso" percorre parte do trajecto da violência da Escravatura e dos serviçais contratados para as roças, ora no “ciclo da cana do açúcar” ora no “ciclo do cacau”, permitindo enquadrar episódios reais e testemunhos na “primeira pessoa”, do tempo mais recente do longo “ciclo da colonização portuguesa” nessas Ilhas Encantadas do Golfo da Guiné.















António Bondoso
nasceu em Moimenta da Beira mas viveu durante 21 anos em S. Tomé, até Outubro de 1974. No Rádio Clube de S. Tomé iniciou a sua carreira radiofónica em 1967, passando para a ex-E.N. em 1973. Nos anos 80 e 90 foi colaborador da RTP na área do Jornalimo Desportivo. Na RDP e na TDM-Rádio Macau exerceu cargos de Chefia e de Direcção. “Em Macau por Acaso” (1999) foi o seu primeiro livro de poesia, seguindo-se “Tons Dispersos” em 2003 e “A Cidade e a Paixão-Poemas de Azul e Branco” em 2004.



O que os outros dizem do livro:

O investigador e político santomense Carlos Neves, diz que “falar em escravos do paraíso” talvez possa ter algum sentido, na medida em que S. Tomé e o Príncipe são de facto um paraíso e, por outro lado, uma pessoa é um pouco escrava do modo de ser, de estar e de viver neste paraíso”.

A escritora e política Alda do Espírito Santo, que acredita na unidade de todos os santomenses com vista a um futuro melhor, diz que “... a minha paixão por S. Tomé não é só paixão pela minha terra, mas também pela África toda”.

Dulce Gomes, médica, empresária e antiga ministra da saúde, expressa a ideia de que S. Tomé tem particularidades especiais e é uma paixão... e diz que “infelizmente, tudo foi muito mal feito no período da transição da era colonial para a independência, pois não se soube aproveitar muitas coisas boas”.

Albertino Neto, decano das Forças Armadas de STP, já aposentado, recorda que “ainda jovem, ouvia conversas de grandes patriotas que falavam da independência e diziam até que devíamos criar uma Nação que desse algum exemplo a esta zona de África”.

Leonel D’Alva, Primeiro Ministro no Governo de Transição e, posteriormente, Presidente da Assembleia Nacional, para quem a saída dos portugueses foi muito brusca e poderia ter sido feita de outra forma, afirma que “na primeira fase da independência era inevitável o regime de partido único mas, depois de cinco ou seis anos, deveria ter-se caminhado para um regime pluripartidário”.

Victor Frutuoso, residente em S. Tomé desde 1951 e o primeiro português a obter a nacionalidade santomense, afirma que S. Tomé é um paraíso, apesar dos tempos difíceis :- “após a independência houve uma altura em que não tínhamos um fósforo, uma vela nem pão, mas agora não nos falta nada”.

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