quarta-feira, abril 03, 2013

JOAQUIM SOUSA DINIS PROTAGONIZA SÁTIRA POLÍTICA COM O SEU MAIS RECENTE LIVRO «JOANINHA, AVÔ, AVÔ...»


Álvaro Laborinho Lúcio, Joaquim Sousa Dinis, 
Maria José Azevedo Santos, Isabel de Carvalho Garcia

Decorreu na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra, o lançamento do livro "Joaninha, avô, avô..." de autoria do Juiz conselheiro Joaquim Sousa Dinis. A apresentação esteve a cargo do Juiz Conselheiro Álvaro Laborinho Lúcio. 
A sessão foi iniciada por Isabel de Carvalho Garcia (editora MinervaCoimbra, seguindo-se a apresentação por Laborinho Lúcio e os agradecimentos protagonizados pelo Autor. Antes do encerramento concretizado por Maria José Azevedo Santos (Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coimbra), actuou ainda o grupo de fados "À Capella".


A sala Francisco Sá de Miranda da Casa da Cultura foi demasiado pequena para acolher todos os que quiseram participar na apresentação de mais um livro de autoria do Juiz Conselheiro Joaquim Sousa Dinis. Antigos professores e colegas da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, amigos que vieram dos vários pontos do país, colegas dos liceus de Leiria e Aveiro, colegas juristas com quem o autor trabalhou ao longo da sua vida profissional, juízes, magistrados do MP, advogados, e simples admiradores da sua obra publicada, marcaram presença.
O Juiz Conselheiro Álvaro Laborinho Lúcio  com verdadeira mestria desconstruiu a trama, percorrendo as 80 páginas desta sátira política, desde o espelho mágico até uma quinta gerida por animais. 
O avô conta histórias aos netos: Rita, Joana, Mariana e Gonçalo. Alice atravessa o espelho mágico (que funciona como uma porta de comunicação entre os dois mundos), para ir ter com Deolinda que está do outro lado do espelho. Os dois mundos "são desvairados": um apenas povoado por animais (onde está Deolinda) e outro por humanos .


«Joaninha, Avô, Avô...»
Com este título, este livro mais parece um livro para crianças. Poderá ser lido como tal, mas é uma sátira política.
O autor refere que um dia estava a ler o conto "A menina do mar" de Sophia de Mello Breyner a uma neta e reparou que a autora descrevia uma certa casa por fora. E como seria por dentro? Lembrou-se então do conto de Lewis Carroll "Alice do outro lado do espelho" e do mundo de fantasia onde a imaginação não tem limites. Daí até encontrar a quinta governada por animais foi um passo. 

"Lembrei-me de Torga e do seu livro 'Bichos', em que descreve o comportamento de humanos como verdadeiros animais. Ora do outro lado do espelho tudo se processa ao contrário. Apelei a Orwell e dei aos animais comportamentos humanos, com os seus atavismos, as suas idiossincrasias, os tiques autoritários, a infalibilidade de uns e o servilismo de outros...."
e acrescenta " É que há várias formas de exercermos o nosso direito de cidadania. Eu escolhi este, escrevendo este livro."

Neste seu quarto livro, o Juiz Conselheiro Sousa Dinis,  traça uma crítica mordaz na abordagem de alguns episódios que vão surgindo na interação dos animais, para, afinal, deixar duas mensagens: a de liberdade e a de cidadania.

Por vontade do autor os Direitos desta edição revertem a favor da
ACREDITAR, Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro - Núcleo Regional do Centro.
  
Joaquim José de  Sousa Dinis nasceu em Marrazes, Leiria, em 1942, tendo-se licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, cidade onde reside.
Abraçou a carreira da magistratura, tendo sido delegado do Procurador da República de 1967 até 1973, com interrupção de 1968 a 1970, para cumprir
o serviço militar, com mobilização para Angola.
Nomeado juiz de direito em 1973 e juiz desembargador em 1990, ascendeu ao supremo tribunal de justiça em 1998.
Foi vogal do Conselho Superior da Magistratura. Presentemente é Juiz conselheiro jubilado. É sócio fundador e actual vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores Juristas, fundador do Círculo Cultural do Supremo Tribunal de Justiça e membro correspondente das Academias Petropolitanas de Letras e de Letras jurídicas (Petropolis).
Ganhou o prémio "Eça de Queirós 1994" na modalidade de conto.
Para além de publicações em Portugal e no Brasil sobre temáticas jurídicas, publicou, na modalidade de ficção, Contos do Aquém, do Além e do Mar (esgotado), Varandas Para o Atlântico (romance) e Xeque ao Rei Capelo (MinervaCoimbra).

Sem comentários: