Emídio Guerreiro, Carlos Carranca, Eugénio Lisboa,
José d' Encarnação e Isabel de Carvalho Garcia
Decorreu no dia 7 de Novembro de 2012, no auditório do Centro Cultural de Cascais, o lançamento do livro «CASTICISMO EM UNAMUNO E TORGA», de Carlos Carranca.
Deixamos aqui a reportagem de 08 de Novembro, no Cyberjornal,
a quem agradecemos.
a quem agradecemos.
http://www.cyberjornal.net/ index.php?option=com_content& task=view&id=17342&Itemid=67
Quinta, 08 Novembro 2012 | |
Fotos: Guilherme Cardoso
O auditório do Centro Cultural de
Cascais registou ontem,
dia 7, uma verdadeira enchente para a apresentação do livro de Carlos Carranca, Casticismo em Unamuno e Torga, livro que constituiu a sua tese de doutoramento em Línguas e Literaturas Modernas, especialidade de Língua, Cultura e Literatura Portuguesas, defendida a 1 de Junho de 2010, na Universidade Autónoma de Lisboa.
Além de
muitos amigos e admiradores do intenso
trabalho de dinamização cultural que o
autor
tem desenvolvido quer em Cascais quer em
Coimbra, fizeram questão de
marcar presença
estudantes seus, quer da Escola Profissional de
Teatro de
Cascais – que inclusive intervieram
na interpretação de alguns poemas ditos a
propósito – quer da Escola Superior de
Educação Almeida Garrett.
Abriu a sessão, em nome de Edições MinervaCoimbra
(a
editora), Dra. Isabel Garcia, que pôs em relevo,
entre outros,o aspecto gráfico que quisera dar à obra, designadamente as cores adoptadas na capa e no corpo por as considerar bem adaptadas ao pensamento de amor à terra manifestado pelos dois pensadores em análise. José d’Encarnação (que fora arguente da tese)
começou
por evocar a memória de dois vultos
da Cultura Portuguesa, recentemente desaparecidos e intimamente ligados ao autor: Luiz Goes e o Prof. Justino Mendes de Almeida, (que presidira ao júri de doutoramento). Traçou depois o percurso biográfico do autor, salientando de modo especial o dinamismo em que o Professor Carlos Carranca tem sido exemplar, unindo, através da reflexão e da intervenção cultural, a Escola à Comunidade.
O
Professor Eugénio Lisboa, orientador que fora
do trabalho académico em apreço,
sintetizou
a importância da análise que Carlos Carranca
fizera do pensamento
destes dois poetas peninsulares,
ambos de nome Miguel, de referência a um
terceiro,
o Cervantes do Dom Quixote, mostrando como
a noção de
casticismo, autenticidade, implica
também o dever de ser interveniente no
livre
exercício de uma cidadania que se quer permanente,
crítica e
humanista.
Emídio
Guerreiro, actual responsável pelo Museu Académico
de Coimbra e ligado, também por isso, às homenagens que têm sido prestadas a Miguel Torga, teceu igualmente considerações acerca do trabalho desenvolvido por Carlos Carranca nesta sua grande ligação à Lusa Atenas. Finalmente, o autor – interrompido logo a princípio por um aluno que saltou para o palco a dizer
(portentosamente!) o
Manifesto Anti-Dantas,
de Almada Negreiros, que
arrancou fartos aplausos
da assistência – Carlos Carranca falou longamente dos autores que estudara,
de cujas obras chegou a ler significativos
extractos e da
ideologia que ao pensamento de
ambos estava subjacente.
Devido a
inesperado contratempo de última hora,
a sessão não foi presidida pela vereadora
da Cultura,
Dra. Ana Clara Justino, como estava previsto
(inclusive porque a
edição contou também com o apoio
da Câmara Municipal de Cascais), de modo que
José d’Encarnação encerrou formalmente esta
primeira parte da sessão,
agradecendo a presença
de todos e salientando, mais uma vez,
a densidade de
conteúdo cultural dos momentos
que ali se haviam acabado de viver.
A finalizar, o grupo de
intérpretes da
canção de Coimbra que normalmente acompanha Carlos Carranca brindou (e deliciou!) a assistência com um breve espectáculo, em que, como era natural, também Luiz Goes não foi esquecido. |
***
Sem comentários:
Enviar um comentário