quarta-feira, junho 08, 2011

APRESENTAÇÃO DO LIVRO "QUANDO TIMOR-LESTE FOI UMA CAUSA"de JOÃO MANUEL ROCHA - EDIÇÕES MINERVACOIMBRA [ DIA 21 DE JUNHO, 19H00] na Livraria Almedina Atrium Saldanha, em Lisboa


                                                           Foto da capa: Daniel Rocha
CONVITE

As Edições MinervaCoimbra, o Director da Colecção Comunicação, Mário Mesquita,
o Autor e a Livraria Almedina Atrium Saldanha
têm o prazer de convidar para o lançamento do livro

QUANDO TIMOR-LESTE FOI UMA CAUSA
de João Manuel Rocha

A apresentação será feita pelo Prof. Doutor José Manuel Paquete de Oliveira.

A sessão realiza-se no próximo dia 21 de Junho, pelas 19H00,
na Livraria Almedina Atrium Saldanha (2º Piso, Loja 71),  em Lisboa.

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Este livro constitui o nr 56 da Colecção Comunicação (Ed. MinervaCoimbra) dirigida por Mário Mesquita.


QUANDO TIMOR-LESTE FOI UMA CAUSA
Este livro propõe pistas de reflexão sobre a intensa cobertura jornalística do referendo de 1999 em que os timorenses votaram pela independência, bem como sobre os contornos que assumiu, particularmente na fase de maior violência. Timor-Leste tornou-se um “monotema” da informação nos media portugueses, quase eclipsando a outra actualidade e contaminando, ou até ocultando, a campanha para as eleições legislativas em Portugal.

A hipótese aqui trabalhada é a de os jornais Diário de Notícias e Público terem procurado sintonizar-se com o sentimento emotivo de solidariedade para com Timor-Leste – uma opção facilitada pelo facto de as notícias se terem inscrito numa “esfera de consenso”, em que os órgãos de informação tenderiam a relativizar um distanciamento que pretendem legitimador da sua actividade. Os indícios de adesão à causa foram visíveis não apenas nos editoriais, expressão jornalística do seu posicionamento institucional, mas também na visibilidade conferida ao tema nas primeiras páginas, nas soluções de títulos e no tipo de fontes a que recorreram.

Timor ofereceu aos “media” uma oportunidade de identificação com um sentir colectivo, o que ajuda a compreender que o fluxo jornalístico se tenha alimentado não apenas de ocorrências, mas também de iniciativas do próprio campo mediático – o apelo a que os cidadãos se vestissem de branco foi talvez o exemplo mais visível. Esta constatação leva a admitir que, em quadros de consenso, os “media” possam não apenas dizer-nos “sobre o que pensar” e “como pensar”, mas propor-nos “o que fazer” e “como agir”, o que remete para uma reflexão, também aqui ensaiada, sobre a natureza do seu poder.



João Manuel Rocha
é jornalista desde 1984, ano em que começou a trabalhar como estagiário na agência Anop. Tinha pressa de chegar às redacções e relegou para segundo plano o curso de Comunicação Social, que iniciara na Universidade Nova de Lisboa e só mais tarde veio a concluir. Com a extinção da Anop transitou, em 1986, para a Lusa. Em 1989 deixou a agência para integrar a equipa que lançou o jornal Público, onde trabalha desde então. Entre 2000 e 2006 editou a secção de media. Pertenceu aos corpos gerentes do Sindicato dos Jornalistas, entre 1989 e 1993, e foi formador do Cenjor. Em 1999, a necessidade de pensar o jornalismo e a comunicação levou-o a uma pós-graduação organizada pelo ISCTE e pela Escola Superior de Comunicação Social. E ao reencontro com a universidade. Fez o mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação no ISCTE e é também, desde 2000, professor da Universidade Autónoma de Lisboa.


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