quinta-feira, maio 20, 2010

QUASE POESIA QUASE de Paulino Mota Tavares



José Manuel, Milú Mourão, Isabel de Carvalho Garcia, Regina Rocha e Paulino Mota Tavares

Milú Mourão e José Manuel


Com mais de uma centena de admiradores e amigos


decorreu no passado Sábado, na Galeria da Livraria Minerva em Coimbra o lançamento do livro
"Quase poesia Quase"de Paulino Mota Tavares com ilustrações de Valdemar Peixoto
e chancela da MinervaCoimbra.
A potente voz de Milú Mourão, acompanhada à viola, com mestria,  por José Manuel, deu início à sessão, seguindo-se a apresentação do autor, e uma breve alocução ao seu percurso literário e cultural, por Isabel Garcia que enalteceu as suas qualidades como humanista, investigador e cultor de Inês de Castro.
A apresentação do livro  foi feita por Regina Rocha com leitura de poemas (do autor) por José Machado Lopes.

Paulino Mota Tavares terminou agradecendo aos que o têm acompanhado no seu percurso, e quiseram estar com ele neste fim de tarde, em Coimbra, lendo um poema inédito também de sua autoria que dedicou a todos.
De entre os presentes destacam-se:
Pedro Machado (Presidente da Turismo do Centro de Portugal), José Manuel Antunes (ex-presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho) e Mário Nunes (ex-vereador da cultura de Coimbra), entre outros. 
O Autor foi surpreendido, a meio da sessão, pela oferta de Vasco Berardo de um quadro (óleo s/
tela) alusivo a Inês de Castro e de autoria deste consagrado artista.

                                                                


"A Poesia do Dr. Paulino Mota Tavares"

"Paulino Mota Tavares,  natural da Nazaré, adoptado por Coimbra, fundador do Centro de Estudos Inesianos em Montemor-o-Velho e autor de diversos artigos e obras na área da História de Portugal e da Literatura Portuguesa, publica agora o seu segundo livro de Poesia.
Num texto introdutório a que deu o título de «Faça-se luz», em intertextualidade com a locução latina por meio da qual se evocam as palavras do início do Génesis – No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo (...) Deus disse: «Faça-se a luz.» –, considera o poeta que a poesia viverá sempre por entre a interrogação e o poder quase divino do silêncio e do abstracto.
E esta poesia – palavras que lhe foram sugeridas no mistério do tempo – é inaugurada com um poema dedicado a Inês de Castro, figura paradigmática do amor, sentimento este que perpassa ao longo da obra com um subtil toque de erotismo, princípio e fim do conhecimento, considerado como urgente, mas com uma urgência mais ampla do que a evocada, por exemplo, na poesia de Eugénio de Andrade: temos em Paulino Mota Tavares um novo e profundo poeta do Amor.
Esta vertente da obra surge em conjugação com a da reflexão, da interrogação, do desejo do conhecimento que, embora associado lucidamente à percepção clara de que terá (de que se tem, pois a poesia alcança em diversos momentos a universalidade) um princípio que é nada e um fim igual a nada também, faz com que o momento presente seja, para o poeta, sempre o de um começo.

A Poesia, afirma o seu prefaciador e fiel aedo, José Machado Lopes, habita este poeta, que possui um domínio absoluto da escrita, num desenvolvimento imagístico, metafórico, profético, com um tom enfático, persuasivo, celebratório, fascinante.

E o poeta, naturalmente, assume o canto como a sua natureza: Meu canto é da terra sem fim/ onde repousa o sol posto / e é no luar de Janeiro / que me recordo de Agosto / o vento espera por mim / meu canto é da terra sem fim. / Meu canto é do fogo e do pão (...) / Meu canto é do ar que respiro (...)/ Meu canto é da água perdida...

Com uma belíssima capa e simbólicas ilustrações de Valdemar Peixoto, esta é obra de um poeta maior."
                                                                Regina Rocha

                                                                  

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