quinta-feira, junho 11, 2009

Asas versus Aspas: a poesia de Paulo Ilharco

Alda Belo, Manuel Bontempo, Maria Clara Murteira,
Paulo Ilharco, Isabel Jardim e Isabel de Carvalho Garcia



Num fim de tarde cheio de emoções, a Livraria Minerva acolheu o lançamento do sétimo livro de poesia de Paulo Ilharco. Intitulada “Asas versus Aspas (Poema de força na cedilha)”, a obra, um poema em nove cantos, foi apresentada por Maria Clara Murteira, também autora do prefácio, numa sessão que encheu por completo o espaço da Minerva com amigos, colegas e familiares do autor.

Intercalando com apontamentos musicais ao piano por João Nogueira e com poesia declamada por Paulo Ilharco, a sessão incluiu também intervenções da editora Isabel de Carvalho Garcia, do crítico e poeta Manuel Bontempo, a poeta Alda Belo e de Isabel Jardim, ministra da Ordem Terceira de São Francisco.

Na sua apresentação, Maria Clara Murteira assinalou a dimensão transpessoal presente no clamor do poeta. “Porque ao exprimir a sua aflição singular, o poeta exprime a aflição de todo o homem que no curso existencial ousa olhar de frente a sua verdade mais íntima”, referiu. Na essência esta obra poética “testemunha a difícil demanda do verdadeiro rosto do homem — rosto inteiro, feito de luz e de sombras — e a coragem de o revelar".

Para Maria Clara Murteira, Paulo Ilharco, “como Ícaro, que aprisionado no labirinto se evade da prisão com asas de cera, tenta olhar do alto a própria vida. A imagem do “voo”, metáfora do distanciamento do mundo e de si mesmo, exprime a ânsia de libertação do peso da terra e de reencontro da alma despojada do corpo. É símbolo também do desejo de sublimação, do anseio de regeneração, da tentativa de superar o abismo existencial”.

Isabel de Carvalho Garcia, Isabel Jardim, Manuel Bontempo e Alda Belo realçaram a admiração e apreço que têm pelo autor, testemunhando a amizade que os une ao poeta.

No final da sessão, depois de, num momento de grande emoção, homenagear família, amigos e colegas, Paulo Ilharco brindou os presentes com a interpretação de algumas músicas, acompanhado ao piano por João Nogueira.

Paulo Ilharco nasceu a 26 de Maio de 1961, na freguesia de S. Bartolomeu, em Coimbra. Ainda muito jovem, concluiu o curso superior de Línguas e Literaturas Modernas, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo-lhe sido atribuídas bolsas de estudos pelos governos britânico e espanhol. Desde então, tem vindo a exercer as funções docentes, como professor de português e inglês, em diversas escolas do país.

Tem publicados os livros Sonetos Imperfeitos (1991), Chão Sagrado - Sonetos-Mais-Que-Imperfeitos (1992), Paranóia - Sonetos do Reencontro (1995), Transgressão - Poemas ao Ocaso (1997), E Nu Sente - Sonetos (E)ternos (2002) e Ideias... E Dei-as! - Quadras doídas sem acento no ' i ' (2004).
















1 comentário:

tina disse...

ola Paulo,com dois anos de atraso mas valeu a pena esperar. Sem dúvida está "chevere". Paula Cristina.Aveiro.