sexta-feira, maio 22, 2009

O dever de educar para a Matemática

Realiza-se no próximo dia 26 de Maio, pelas 18h15, a décima quarta sessão do ciclo “O dever de educar” com o título “O dever de educar para a Matemática”.

Depois de na última sessão, o ciclo promovido no âmbito das Terças-Feiras de Minerva se ter debruçado sobre o ensino da Ciência, centra-se agora no dever de educar para a Matemática, uma das prioridades dos sistemas educativos actuais. No entanto, alinham-se, quanto a este tema, algumas questões a necessitar de resposta: Esta prioridade tem sentido? Estaremos a assumi-la correctamente? O que podemos fazer para melhorar a educação das crianças e dos jovens nesta área?

A convidada da 14.ª sessão do ciclo “O dever de educar” é Natália Bebiano, docente do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra e responsável por diversas iniciativas de divulgação e educação da Matemática.

A sessão decorre na Livraria Minerva (rua de Macau, n.º 52 - Bairro Norton de Matos), em Coimbra. As sessões deste ciclo são quinzenais e estão abertas ao público (com certificado de presença).

A organização é de Helena Damião, João Boavida, Isabel de Carvalho Garcia, Mónica Vieira e Aurora Viães.



Isabel de Carvalho Garcia, Helena Damião e Paulo Gama Mota


Natália Bebiano segue-se a Paulo Gama Mota que na 13.ª sessão abordou “O dever de educar para a Ciência”. Para o director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, apesar de a ciência se apresentar como uma das prioridades dos sistemas educativos actuais e doutras instâncias sociais, esse objectivo está longe de ser cumprido.

“Deram-se passos importantes no sentido de um ensino da ciência, com a constituição de centros científicos e a criação do programa Ciência Viva”, salientou. Passos esses que “pareciam constituir uma alavanca para que o ensino das ciências nas escolas fosse mais experimental”. No entanto, “com o passar dos anos o ensino da ciência nas escolas é cada vez menos experimental”, lamentou Paulo Gama Mota.

“No ensino da ciência é fundamental uma forte componente experimental”, defendeu ainda. “Não para formar cientistas mas para ajudar as pessoas a pensar e para as formar na compreensão dos fenómenos da natureza”.

Na actual forma de ensino, “em larga medida as coisas são apresentadas como uma acumulação de factos, enquanto a outra parte da ciência, que tem a ver com interrogação e questionamento, recolha de dados, medição e quantificação, passa ao lado dos programas”.



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