quinta-feira, janeiro 31, 2008

Pequenas armadilhas da língua portuguesa



A Livraria Minerva promoveu mais uma sessão das Terças-Feiras de Minerva, desta vez com a presença de Maria Regina Rocha, professora da Escola Secundária José Falcão, com experiência de leccionação na Escola Superior de Educação de Coimbra, e que tem feito diversos estudos na área da didáctica da Língua Portuguesa.

Uma conversa animada à volta da nossa língua, do seu uso diário, das dúvidas que temos quando falamos ou escrevemos animou o fim de tarde na Livraria Minerva, numa sessão com o subtítulo “Pequenas armadilhas”.

“Faz falta em Portugal uma entidade reguladora da língua portuguesa”, afirmou Maria Regina Rocha, à semelhança do que acontece em Espanha ou no Brasil, porque “se há aspectos na língua que estão normalizados, estão referidos em gramáticas e há consenso, a verdade é que há outros domínios que são mais pantanosos”.

A professora de português falou de estrangeirismos, palavras que são “importadas” de outros idiomas por força da tecnologia, por exemplo, mas também de adaptações que são erradamente feitas à língua portuguesa. “Se há palavras em que não há correspondente em português, existem outras em que há alternativas possíveis”.

Entre outros exemplos, Maria Regina Rocha salientou a manutenção da palavra “site” para definir um “sítio” de internet, ou do uso corrente de “salvar” um documento quando o correcto será “gravar”. A convidada das Terças-feiras de Minerva apelou assim ao uso de palavras portuguesas em detrimento de “importações” desnecessárias.

Os acrónimos, as siglas e os substantivos compostos foram outras, entre as muitas, armadilhas abordadas por Maria Regina Rocha na sessão da Livraria Minerva.

Maria Regina Rocha é consultora do “Ciberdúvidas da Língua Portuguesa”, participa em emissões do programa “Páginas de Português”, da Antena 2, e é autora dos conteúdos linguísticos do programa “Cuidado com a Língua!”, transmitido na RTP.






Sem comentários: