sexta-feira, dezembro 15, 2006
A EUROPA E PORTUGAL NA IMPRENSA DESPORTIVA de FRANCISCO PINHEIRO
Decorreu na FNAC do Norteshopping (Porto), a sessão de lançamento do livro
“A Europa e Portugal na Imprensa Desportiva (1893-1945)”, da autoria do jornalista e historiador Francisco Pinheiro, publicado pela Edições MinervaCoimbra.
A apresentação correu a cargo do comentador desportivo Gabriel Alves, autor de um dos dois prefácios (o outro é da responsabilidade do historiador Alejandro Pizarroso Quintero, vice-reitor da Universidad Complutense de Madrid), que destacou a importância da obra para a compreensão da história da imprensa desportiva portuguesa.
“Este livro lança a luz sobre uma parte oculta da história do nosso jornalismo, numa área de especialização (desporto) sucessivamente esquecida, mas que tanto pode dizer sobre o que nós (portugueses e europeus) somos e como pensamos”, sublinhou Gabriel Alves. Num estilo muito próprio, que sempre o caracterizou, o jornalista da RTP fez um breve resumo da obra, saltitando de “estória” para “estória”, referindo vários episódios interessantes, como a morte do maratonista Francisco Lázaro, durante a maratona dos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912, vítima de insolação – a recém implantada I República fez de Lázaro o seu primeiro herói nacional.
Depois da eloquente apresentação de Gabriel Alves, foi a vez do autor Francisco Pinheiro falar um pouco sobre o livro, aproveitando a ocasião para apresentar diversas capas dos principais jornais desportivos que serviram de base ao seu trabalho. A primeira capa projectada foi a do número 1 do primeiro jornal desportivo português, O Velocipedista, de 1893. Em cada imagem projectada, o autor fazia alguma história deste género de imprensa e contava algumas “estórias” relacionadas com cada publicação. Cerca de uma dúzia de imagens permitiram a Francisco Pinheiro fazer uma viagem pela principal imprensa desportiva portuguesa entre o final do século XIX e o fim da Segunda Guerra Mundial, definindo uma espécie de “linha sentimental” que Portugal e a Europa traçaram durante esse período conturbado da sua história – linha essa que oscilou sempre entre os tempos de euforia e os de depressão.
Isabel de Carvalho Garcia referiu que esta obra está integrada na Colecção Comunicação das Edições MinervaCoimbra, coordenada por Mário Mesquita e que a obra “A Europa e Portugal na Imprensa Desportiva (1893-1945)” apresenta duas vertentes inovadoras: um estudo histórico aprofundado sobre uma área (imprensa desportiva) esquecida do jornalismo português e a possibilidade de se reflectir sobre Portugal e a Europa a partir de uma nova fonte de produção de pensamento (as páginas dos jornais desportivos).
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