quarta-feira, junho 21, 2006
Lançamento MinervaCoimbra
Miguel Barbosa nasceu a 23 de Novembro de 1925, em Lisboa.
Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras pela Universidade de Lisboa, é escritor, pintor, dramaturgo e poeta. Em 1955 edita o seu primeiro livro “Retalhos da Vida”, que numa boa parte é retalhado pela censura oficial então vigente, conforme despacho publicado no livro “A Política de Informação do Regime Fascista”, 2.º vol. (1980). Em 1962 a RTP (Radiotelevisão Portuguesa) apresenta as suas peças “Uma Semana em Madrid” com encenação de Artur Ramos e “Muro Alto” e “O Segredo dos Springfields” encenados por Pedro Martins que, em 1963, encena para a mesma RTP a peça “Xeque-Mate”, mais tarde publicada em livro. Em 1967 tentativas de representar “O Palheiro” no Teatro Experimental do Porto e no Teatro Nacional de D. Maria II são proibidas. Mais tarde “O Piquenique” é apresentado por teatros universitários com encenação de Jorge Listopad, Carmen Gonzalez e Mário Pinho. Em 1972 “O Palheiro”, com encenação de Fernando Muralha, é apresentado pelo grupo universitário Luís de Queiroz da Faculdade de Economia de Piracicaba, Brasil.
Neste mesmo ano obtém o 1.º Prémio do Festival do Teatro Maria Teresa Alves Viana nas comemorações da fundação da cidade de Penápolis (Brasil). Em 1973 “O Palheiro”, com o título de “Os Profetas da Palha”, é subsidiado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e apresentado pelo grupo Euclides da Cunha, de S. José de Rio de Piracuba, Analândia, também com encenação de Fernando Muralha. “O Insecticida”, apesar de proibido pela censura, é transmitido pela ex-Emissora Nacional em francês como mostra do moderno teatro português. Em 1974 o teatro de Miguel Barbosa serve de tese de licenciatura a Grace Bodhaine e Susan Castilho na Universidade de Los Angeles, UCLA, EUA. “O Piquenique” é apresentado por um grupo universitário de Alcazar de San Juan, em Ciudad Real e Madrid, com encenação de José Cerrato. O Taller de Teatro de Barcelona estreia “Los Profetas de la Paja” com encenação de Antonio Joven e Antonio Puigrós.
Em 1975 textos seus em inglês são utilizados por um pastor protestante, John Norbutt, na recuperação de drogados num gueto de Bronx, em Nova Iorque. Susan Shaffer apresenta a tese de licenciatura na Universidade de Los Angeles, California, UCLA, EUA, sobre o teatro de Miguel Barbosa. A peça “Os Carnívoros” é apresentada pelo grupo de A Tabaqueira e “O Insecticida” pelo TNT (Teatro do Nosso Tempo), ambas encenadas por Jacinto Ramos.
A representação de “O Insecticida” é proibida em Barcelona quando se encontrava nos ensaios preliminares. “O Insecticida” é representado na Alemanha em Frankfurt e Dusseldorf pelo grupo G.E.T.I.. “O Palheiro” é representado pelos grupos Sociedade Recreativa e Dramática Eborense, Casa do Povo de Cabrela, Grupo de Teatro Amador do Casino Afifense e pelo Grupo de Intervenção Teatral de Urca (Abrunheira), Sintra. Em 1976 é representado pelo Grupo Desportivo do Porto Santo, Grupo Dramático Musical Flôr de Infesta, Centro Cultural dos Bombeiros Voluntários (Vila Real de Santo António), GITU - Grupo de Teatro do Sobral da Ceira, TUCS - Teatro Universitário de Campos Sales, Brasil, com o apoio da Secretaria da Cultura de São Paulo, e VANTA - Vanguarda Teatral Apucarense, Apucarana, São Paulo.
Em 1977 é publicada a versão teatral de “Irineu do Morro” pela Contra-Vento, com capa de Lud, e editada a peça “Como os Ratos Destruíram Nova Iorque” pela Univerisdade de Sacramento, Califórnia, EUA. Em 1984 tentativas de representar “O Insecticida” são frustradas pela censura no Brasil. Em 1986 o grupo de teatro Apucarense representa “O Palheiro” em Lisboa e Coimbra com encenação de João Jorge.
O teatro de Miguel Barbosa é tema da tese de licenciatura de Sebastiana Fadda, na Universidade de Milão, Itália. Em 1992 “O Insecticida” é apresentado num festival de teatro organizado pela Mairie de Paris na sala Matis, pelo J-3, com encenação de Serge Farkas. No mesmo ano o grupo Lambe-Lambe do Rio de Janeiro representa “O Palheiro” num festival de teatro no Paraná. A peça “Rusty Brown em Lisboa” é representada em Lisboa pelo grupo Os Sátiros, no Ritz Club, com encenação de Rudolfo Garcia e Ivan Cabral.
Ganhou o Prémio de Poesia “Moulin de L’Ecluse”, França, 1994, o Prémio Medalha Grand’Or da Société Le Mérite, Paris, 1995, a Coppa D’Argento “Abraham Lincoln” da Accademia Internazionale de Marzocco de Florença e o Prémio Sennato Della Republica Italana da Accademia Toscana “Il Machiavello”, 1995, o 2.º Prémio de Poesia Moderna “Paul Baudenon” dos VI Jogos Florais da Aquitânia, Bordéus, 1995, o Prémio Coppa Elite “Europa Duemila” da Accademia Italiana “Gli Etruschi”, Livorno, Itália, 1995, o Prémio Speciale do Prémio Nazionale di Poesia “Maria Cumani Quasímodo”, Itália, 1996, e o Prémio UBE – União Brasileira de Escritores, Rio de Janeiro, 2005, Internacional, pelo conjunto da sua obra.
Usa o pseudónimo de Rusty Brown nos vários romances policiais que faz sair. Julie Brooksbank, da Universidade de Birmingham, Inglaterra, faz tese de licenciatura sobra a sua literatura policial.
Usa também o pseudónimo de J. Penha Brava como romancista e novelista.
A sua biografia pode ser consultada em várias publicações, tais como: International Authors and Writers Whos’Who, 1976 e 1977, ed. Melrose Press, Inglaterra; Men of Achievement, 1976 e 1979, Ed. International Biographical Center, Cambrige, Inglaterra; Whos’Who in Europe, 1981, Ed. Servi-Tech, Bruxelas, Bélgica; Dictionary of International Biography, 1976/1979, Ed. Grand Rivers Book, Inglaterra; Who’s Who in the World, 1978 e 1979, Ed. Marquis Inc., Chicago, Illinois, USA; Para o Estudo do Teatro em Portugal, 1964, Ed. Fernando Mendonça, Assis, Brasil (1971); Mester (Revista do Departamento Português e Espanhol), Maio/1978, Ed. Universidade de Los Angeles, California, UCLA, USA; Espasa-Calpe, 1968/1979, Barcelona, Espanha; Grande Dicionário da Literatura e de Teorias Literárias (direcção de João José Cochofel), 1977, Ed. Dr. Luiz Francisco Rebello; La Côte des Arts, 1983, Ed. De la Côte de Arts, Marselha, França e L’Annuaire des Arts, 1984, Ed. Denoèl, Paris, França.
É membro e segundo secretário do Instituto de Sintra, da Academia de Lutèce (Paris) e de Honra dos Artistas de França (St. Étienne). É, ainda, membro correspondente do Grande Prémio da Europa de Artes e Letras do Conselho da Europa e da Société dês Poètes et Artistes de France e pertence como membro do Conselho Fiscal ao Grupo dos Amigos do Museu de Arqueologia de Lisboa. É também Membro Correspondente da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, Brasil.
levou consigo o mar
na algibeira remendada das calças
e uma vírgula de protesto
escorrendo sangue de óleo pela cara
afinal de que se queixava?
Miguel Barbosa
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